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A Teoria de Sistemas e as Organizações

Por:   •  8/9/2018  •  Resenha  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  187 Visualizações

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Teoria de Sistemas e as Organizações

Um conceito já bastante difundido sobre os sistemas é o que os define como um conjunto de partes interconectadas e interdependentes para se alcançar um objetivo. Uma outra abordagem considera sistema um conjunto de elementos interdependentes – ou um todo organizado ou partes – que interagem formando um todo unitário e complexo.

Já as organizações podem ser vistas como resultado da combinação de pessoas, equipamentos e outros recursos orientados a atingir um determinado propósito ou como um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar. São também definidas como uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Todas as organizações têm uma estrutura de gestão que determina as relações entre as suas diferentes atividades e os seus membros, que subdivide e atribui funções, responsabilidades e autoridade para realizar tarefas.

Entre as maneiras de se identificar um sistema está a verificação do objeto de análise, examinando se possui partes, se elas possuem funções e se estão integradas. Assim, é possível perceber semelhança entre as duas definições: da mesma forma que os sistemas, as organizações agregam componentes para alcançar um fim específico. Portanto, sem dificuldade conclui-se que as organizações podem ser tratadas como sistemas.

É possível, além disso, constatar que as organizações são sistemas abertos, pois estão em constante interação com o ambiente e atuam como variável independente e dependente, ou seja, afetam e são afetadas por esse ambiente. E ainda apresentam relações de troca de matéria e energia regularmente, por meio de entradas e de saídas, têm capacidade de crescimento, de mudança, de adaptação, até de autorreprodução sob certas circunstâncias ambientais e competem com outros sistemas. O seu estado atual, final ou futuro não está condicionado ao seu estado original ou inicial, pois elas têm como característica a reversibilidade. São todos traços de sistemas abertos.

Os parâmetros utilizados no estudo dos sistemas abertos, especificamente no seu modelo genérico, também são importantes para o entendimento de como funcionam as organizações. Existe uma entrada ou insumo ou input, representada pela força ou impulso de arranque ou partida do sistema, que fornece o material ou a informação para a operação do sistema. Então, ocorre o processamento ou transformacão ou throughput, que é o fenômeno que produz mudanças e é o mecanismo de conversão das entradas em saídas. Há a saída ou resultado ou output – a consequência da reunião de elementos e das relações do sistema – e a retroalimentação ou realimentação ou feedback – a reintrodução de uma saída sob a forma de informação –, além do ambiente – que é o meio que envolve externamente o sistema e que tem influência sobre ele.

A definição das características das organizações como sistemas abertos é outra contribuição para a sua compreensão. Merecem destaque o comportamento probabilístico e não determinístico – as organizações, como sistemas abertos, são afetadas por mudanças em suas variáveis externas desconhecidas e são incontroláveis em seu comportamento –, a interdependência das partes – as organizações são sistemas sociais com partes independentes, mas inter–relacionadas –, a homeostase ou estado firme – a organização alcança um estado de equilíbrio quando satisfaz os requisitos de unidirecionalidade, (os mesmos resultados são atingidos, apesar de mudanças na organização ou no ambiente) e de progresso –, as fronteiras ou limites – a linha que demarca e define o que está dentro e o que está fora do sistema ou subsistema –, a morfogênese – o sistema organizacional tem a capacidade de modificar a si próprio e a sua estrutura básica – e a resiliência – a capacidade de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo.

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