TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  3/4/2017  •  Resenha  •  1.971 Palavras (8 Páginas)  •  1.014 Visualizações

Página 1 de 8

[pic 1]

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (UEFS)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA (DCHF)

METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

CURSO: ADMINISTRAÇÃO

Prof. Dr. Isac P. Guimarães

Maria Victória Cabral de Albuquerque de Souza

RESENHA CRÍTICA

Temática Central:

UNIVERSIDADE E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

Atividade apresenta na disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, ministrada pelo Prof. Dr. Isac P. Guimarães, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

        

Feira de Santana/Bahia

2016

RESENHA CRÍTICA

[RIBEIRO DURHAM, Eunice. Pesquisa. As Universidades Públicas e a Pesquisa no Brasil. São Paulo, 1998, p. 1-28]

[VOLPATO LUIS, Gilson. Ciência Brasileira: a reforma necessária. São Paulo, 2015, p. 24-29]

1. CREDENCIAIS DOS AUTORES

Eunice Ribeiro Durham possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1954), mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1964) e doutorado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1967). Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Professora titular aposentada de Antropologia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana. Atuando principalmente nos seguintes temas: migração rural e urbana, movimentos sociais urbanos e organização familiar das classes populares. Nos últimos 18 anos, vem se dedicando a pesquisas na área de Ensino Superior. Foi Coordenadora do NUPES- Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior da USP (além de fundadora do mesmo) - 1989-2005.Pesquisadora e membro do Conselho do NUPPS- Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP - 2005 até presente data. Ex-membro do Conselho Nacional de Educação, Câmara de Ensino Superior - 1997 - 2001. Ex-presidente da Fundação CAPE - 1990 - 1991. Ex-Secretária Nacional de Educação Superior do Ministério de Educação- 1992. Ex-Secretária Nacional de Política Educacional do Ministério de Educação - 1995 - 1997. Membro do Conselho Estadual de Educação (2008 - 2012). Autora de diversos artigos e livros de Antropologia e sobre Ensino Superior.

2. BREVE SÍNTESE DA OBRA/ PERSPECTIVA TEÓRICA

 

A obra de Durham e Volpato  sob comento é produto atual de pesquisa dos autores na área acadêmica. Trata-se de uma crítica a diversas convicções referentes ao estado das universidades públicas com relação as produções cientificas brasileiras. A base de toda a argumentação de Durham e Volpato, respectivamente, para confrontar as indicações e previsões em voga no campo acadêmico, apontando para um esgotamento das qualidades das universidades públicas brasileiras e consequentemente um colapso nas produções cientificas  que garantem o progresso do país, é a análise estatística com fundamento em dados confiáveis e submetidos a um estudo pormenorizado que não se atenha somente aos números absolutos, mas leve em consideração fatores históricos, técnicos, políticos, econômicos etc.

Os dados estatísticos são analisados por Durham de forma crítica, de modo a evitar sua aceitação sem uma profunda reflexão contextual, nos moldes acima descritos. A obra é dividida em nove partes, nas quais são tratados assuntos referentes às mais atuais e polêmicas questões acadêmicas.

A parte 1 denominada de As universidades públicas e a institucionalização da pesquisa procura demonstrar que a partir da década de 60, na era da ditadura o modelo de instituições federais que antes eram autônomas se fortaleceu e modernizado devido a forte influência dos movimentos estudantis da época, portanto as pesquisas passaram a se estruturar da institucionalização da pós graduação incentivada pela CAPES e apoio financeiro pelo CNPq. Esse modelo não foi igualitário em todas as instituições, porém houve uma presença marcante de mestres e doutores e desenvolvimento das pesquisas houve uma elevação da qualidade de ensino e são os fatores para elevar as universidades em alto padrão acadêmico.

A parte 2 trata do começo da perda de prestígio das universidades públicas pois o ensino superior restringiu o número de vagas e resistiu a abertura de cursos noturno fazendo com que boa demanda da sociedade ficasse de fora e passassem a recorrer ao ensino superior privado criando assim uma imagem de que as universidades públicas utilizavam os recursos públicos para favorecer a uma minoria dominante. Também houve o fato de se gastar bastante com universidades públicas, principalmente em pesquisas cientificas que tem alto custo, fora as disputas de poder interna e sucessivas greves salariais que não mantinha como foco em atender as necessidades sociais. Juntando tudo isso, o Brasil vem perdendo o seu prestigio em instituições públicas.

A parte 3 e 4 ressalvam respectivamente, que as instituições privadas na sua maioria não institucionalizam a pesquisa pois depende para ser financiamento das mensalidades pagas pelos e não constituem a pesquisa como fonte de rendimento elas tem, portanto, uma ausência de autonomia da comunidade acadêmica. O desenvolvimento de pesquisas depende de investimentos elevados e continuados, depende também de pesquisadores competentes, onde podemos concluir que as instituições privadas não se preocupam com isso pois visa o lucro. Portanto deve-se valorizar as universidades públicas e para isso deve-se resolver o problema do financiamento, pois há uma grande escassez de verba e baixos salários do corpo docente. Há um sistema onde segundo Durhan “Chegamos assim à estranha conclusão de que conseguimos ter um sistema federal de ensino superior no qual se gasta muito e se paga muito pouco. ”

As partes 5 e 6 explicita que não se tem uma mudança nesse modelo simplesmente pela longuíssima tradição reforçado no período autoritária de centralismo burocrático. No caso da educação a força política e capacidade influir nas decisões são os que trabalham na área da educação como os ministros da educação e não aos que faz uso do sistema de ensino, o famoso clientelismo político e houve uma redução disso pois um novo ator político vem assumindo um papel político na orientação das políticas de ensino superior, os sindicatos docente e não docente. A democratização tanto no regime político quanto da sociedade é importante para implantar reformas sociais que a sociedade exigir. O modelo de financiamento do setor público de ensino superior era o de anualmente fornecia a universidade a manutenção do orçamento anterior acrescido de um percentual variável, o qual chegou a um momento que se tornou obsoleta pois o pais passava por um processo de crise econômica fora a disputa acirrada com outras áreas sociais por recursos cada vez mais escassos e se continuar assim as universidades podem ser extintas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (13.1 Kb)   pdf (179.4 Kb)   docx (23.7 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com