ALOCAÇÃO DE ATIVOS NO CAPITAL DE GIRO DE UMA EMPRESA

ALOCAÇÃO DE ATIVOS NO CAPITAL DE GIRO DE UMA EMPRESA

Jessica Ariane Bertelli ^[1]

Jessica Marcondes Lulho ^[2]

                Marcelo Miguel ^[3]

                Claudio Juny Figueredo ^[4]

RESUMO: O presente artigo visa mostrar como realizar alocação de ativos de forma eficiente no capital de giro de uma empresa, quais os benefícios e riscos dessa gestão, mostrando as principais características dos investimentos na teoria e prática. Este trabalho tem como objetivo mostrar que uma empresa eficiente, procura eficiência também em seu fluxo de caixa, disciplina para registrar todas as movimentações financeiras, mantendo assim, um caixa saudável, unindo os conceitos sobre o perfil do investidor e principais tipos de investimentos (mostrando como investir e as principais taxas). Com isso, o investidor pode tomar suas decisões com mais conhecimento, com menos erros e, consequentemente menores perdas utilizando o índice Sharp. A metodologia aplicada no estudo é a pesquisa bibliográfica e estudo de caso. 

        

PALAVRA-CHAVE: Conscientização, custo de oportunidades, alocação de ativos, riscos calculados

1. INTRODUÇÃO

Segundo Cerbasi (2016) O capital de giro é o montante de que uma empresa precisa para movimentar as operações financeiras no dia-a-dia, a gestão desses recursos é crucial, tanto no momento de crise quanto no de bonança.

Uma empresa  busca eficiência em todos os processos, porem inúmeras vezes esquecem que o capital de giro pode ser uma importante fonte de recursos, visamos com o presente trabalho mostrar que uma empresa eficiente também procura eficiência em seu fluxo de caixa, analisando os custos de oportunidades, que é o que a pessoa deixa de ganhar por escolher entre duas ou mais opções, analisamos três cenários, para saber qual o mais rentável e encerramos com o índice Sharp, onde é possível fazer a análise do retorno e risco do investimento.

O objetivo desse artigo é mostrar como investir esse capital de giro através de uma mesa de operações e simulando determinados valores.

Conscientizando o empresário de que dinheiro parado em caixa é sinônimo de prejuízo, esclarecer quais os tipos de investimentos e o que se deve fazer com dinheiro em caixa e mostrar como se deve montar uma carteira de ativos eficaz de acordo com o valor disponível através do índice Sharp.

Muitos empresários não têm consciência da importância de aplicar o dinheiro parado em caixa, e do quanto estão perdendo por não investir esses recursos, passam por situações críticas em suas empresas e reduzem custos, fazem cortes de funcionários, trabalham com uma produção enxuta, porém não percebem os lucros que conseguiriam obter alocando esse capital. Nossa intenção é conscientizar o empresário e mostrar o quanto irá lucrar com essas oportunidades.

Foi utilizado como metodologia a pesquisa bibliográfica e pesquisa exploratória através de entrevista com gerente comercial da empresa COACAVO (Cooperativa de Agronegócio e Armazenagem de Votuporanga), Sr.  Osvaldo Carvalho

1. CONCEITOS E TIPOS DE INVESTIMENTOS

O objetivo de toda empresa é aumentar o valor do capital de seu proprietário de forma sustentável, sendo feito desenvolvimentos contínuos e fortalecer-se contra as ameaças de concorrentes. (CERBASI, 2016)

Segundo Cerbasi (2016) quanto maior for o retorno pretendido, maior será o risco assumido. Negócios são considerados investimentos com riscos mais elevados do que a maioria dos investimentos financeiros, pois quando se investe em uma empresa, todo capital investido pode ser perdido, já que o investimento em ações, fundos, títulos públicos, hedge cambial os riscos podem ser diluídos em vários tipos de investimentos.

Como verificamos na entrevista em anexo, Carvalho (2017) diz que as travas (possibilitam manter o valor de venda  que foi combinado para a venda futura) que existem no mercado futuro é uma garantia de preços futuros do mercado agrícola, possibilitando assim minimizar os riscos.

Cerbasi (2016, p. 17,18) diz que ”portanto, investir em negócios, ou seja, empreender, não é algo que deva ser evitado, muito pelo contrário. O fundamental é adquirir os conhecimentos necessários para minimizar os riscos e maximizar os lucros e a rentabilidade do empreendedorismo, o que engloba aqui ter os conhecimentos financeiros adequados. E principalmente, é preciso zelar para que os ganhos sejam significativamente maiores do que os que você teria ao investir com menos riscos. Seu suor tem um preço”

Os riscos devem ser administrados adquirindo conhecimentos financeiros adequados e pode-se investir um valor relativamente pequeno e ter um retorno grande, já o objetivo dos negócios são gerar um lucro muito maior do que se teria com investimentos conservadores. (CERBASI, 2016)

Segundo Cerbasi (2016) os tipos de investimentos são:

- Negócio informal: o empreendedor compra o item para a venda.

- Venda direta: sem capital o empreendedor vende para pessoas de seu relacionamento, recebendo comissão pelas vendas

- Marketing multinível: O empreendedor afilia-se a uma rede de vendas diretas de produtos e serviços sendo responsável não somente pelas vendas, mas também pela formação de rede de vendedores sob sua orientação.

- Franquias: Modelo de negócio em que seguindo os padrões e exigências de uma marca já estabelecida e reconhecida pelo público. Os riscos se reduzem consideravelmente pelo fato de haver orientações e ferramentas de gestão padronizadas pela franqueadora

- Marca própria: Quando o empreendedor assume totalmente todos os riscos

- Investimento em commodities, através de cooperativas de agronegócios. Segundo Carvalho (2017) que podem ser: plantio de milho, soja ou gado para exportações.

Uma empresa eficiente, procura eficiência também em seu fluxo de caixa, disciplina para registrar todas as movimentações financeiras, mantendo assim, um caixa saudável.

É através do fluxo de caixa que será possível a movimentação financeira ao longo do tempo e ter em mãos os dados necessários para tomar decisões assertivas em relação ao ganho. Por isso é necessário fazer uma boa avaliação de investimentos que resultem no cálculo de indicadores de rentabilidade que ajudem a entender com precisão o desempenho do investimento, podendo assim ser comparados com outras opções, sempre no sentido de limitar riscos. (CERBASI, 2016)