ANALISE AMBIENTAL LABORATORIAL - ANALISE DE AGUA
Por: Thiago Iwamoto • 23/3/2017 • Relatório de pesquisa • 3.979 Palavras (16 Páginas) • 318 Visualizações
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ANÁLISE AMBIENTAL LABORATORIAL
ANÁLISE DE ÁGUA
Prof.: Vinícius Marques Gomes
Presidente Prudente – SP
2016
- INTRODUÇÃO
A água é um dos agentes ionizantes mais conhecidos. Como todas as substâncias são de alguma maneira, solúveis em água ela é conhecida como solvente universal. É o componente principal da matéria viva. Constitui de 50 a 90% da massa dos organismos vivos .
O suprimento mundial de água provém de 5 partes do ciclo hidrológico: oceanos (a maior parte), vapor na atmosfera, gelo (principalmente nos polos), água superficial e água subterrânea. Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos e apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície. Só uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios ou como umidade presente no solo, na atmosfera e como componente dos mais diversos organismos (MACÊDO, 2004).
O Brasil detém cerca 12% da reserva hídrica do Planeta, com disponibilidade de 182.633 m3/s, além de possuir os maiores recursos mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná) quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí, Maranhão). Todo esse potencial tem o reforço de chuvas abundantes em mais de 90 % do território, aliadas a formações geológicas que favoreceram a gênese de imensas reservas subterrâneas, como também possibilitaram a instalação de extensas redes de drenagem, gerando cursos d’água de grandes expressões (GOMES, 2009)
Todavia, esse potencial hídrico é distribuído de forma irregular pelo país. A Amazônia, por exemplo, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água (GOMES, 2009; MACÊDO, 2004).
A água limpa está cada vez mais rara e a água potável cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício que chega entre 50% e 70% nas cidades e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental, sobretudo em relação ao recurso água.
Toda a água a ser usada num suprimento público, ou privado, deve ser potável, assim, possuir características e substâncias que não oferecem riscos para os seres vivos que a consomem, como animais e homens. Desta forma, manter a água potável e constantemente disponível ao homem é uma das obrigações dos órgãos governamentais fiscalizadores. Mas, não é apenas responsabilidade pública e, sim, de toda a sociedade por se tratar de bem essencial (CASALI, 2008).
Para garantir uma água de boa qualidade deve-se empregar técnicas para tratamento e a realização do controle de qualidade, atendendo aos requisitos preconizados pela legislação. Para isso devem-se realizar ensaios físico-químicos e microbiológicos antes da utilização da água, assim podendo identificar possíveis contaminantes e fontes de poluição.
Sendo assim, o objetivo deste manual e fornecer subsídios para a realização dos principais ensaios físico-químicos e microbiológicos em águas superficiais e subterrâneas, bem como apresentar as técnicas de amostragem e preservação de amostras.
- REGRAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO
SEMPRE:
- Use óculos de segurança
- Use avental de proteção
- Saiba a localização e uso de todo o equipamento de segurança
- Use técnicas e procedimentos adequados
- Adicione ácido à água
- Seja bastante cuidadoso quando testar odores
- Use a capela quando houver vapores irritantes ou perigosos
- Descarte os resíduos adequadamente. Os técnicos responsáveis disponibilizarão recipientes adequados para o descarte de material.
- Informe em primeiro lugar os responsáveis pela disciplina sobre qualquer acidente, mesmo os menores.
Pense sobre o que está fazendo, em todos os momentos
- Esteja alerta, seja sério e responsável.
NUNCA
- Coma ou beba no laboratório
- Realize experimentos não autorizados
- Deixe sem supervisão qualquer coisa que esteja em aquecimento ou em reação rápida
- Aponte a abertura de um tubo de teste ou frasco a você ou a qualquer um outro
- Adicione água ao ácido
- Insira conta-gotas, pipetas ou outro equipamento de laboratório em reagentes engarrafados - este é um modo seguro de contaminar os conteúdos
- Retorne reagentes não usados ao frasco estoque
- Atravanque sua área de trabalho
- Assuma riscos desnecessários
- Entre na área de estocagem de soluções químicas
- PLANO DE AMOSTRAGEM
Esta parte inicial do trabalho é de extrema importância, pois os resultados e informações obtidas nas análises dependem do correto planejamento das atividades de campo.
A confiabilidade e a representatividade de qualquer programa de amostragem para avaliação de qualidade das águas dependem fundamentalmente da seleção criteriosa dos locais e da utilização correta de técnicas de coleta e preservação de amostras. A coleta de amostras de água pode parecer uma tarefa simples, entretanto, significa mais o que encher um frasco com água, não podendo ser executada por qualquer leigo.
Para que essa amostra seja representativa, as condições de manipulação devem ser controladas, de modo a não interferir no resultado. Devem ser selecionados pontos de coleta da maneira mais representativa possível, de forma a detectar influências de uma determinada descarga, ou buscar a evolução da qualidade da água por meio de uma sequência de pontos, para se obter um perfil sanitário. Assim, para assegurar a representatividade e confiabilidade dos resultados das amostras de água é indispensável que a coleta seja feita por profissionais adequadamente treinados.
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