ANÁLISE DE CAPACIDADE PRODUTIVA PARA UMA DEMANDA FUTURA DE “CARRINHO DE COMPRAS SUSTENTÁVEL”

ANÁLISE DE CAPACIDADE PRODUTIVA PARA UMA DEMANDA FUTURA DE “CARRINHO DE COMPRAS SUSTENTÁVEL”

ANALYSIS OF PRODUCTIVE CAPACITY FOR A FUTURE DEMAND FOR "SUSTAINABLE SHOPPING CART"

Fabiano Costa

Samuel Fernandes

RESUMO

Palavras Chave:

ABSTRACT

Keywords:

1. INTRODUÇÃO

Diante dos problemas climáticos que se passa atualmente, impulsionados principalmente pelo consumo excessivo dos recursos naturais, é imprescindível procurar novas alternativas sustentáveis para degradar menos o planeta. Com o objetivo de minimizar os impactos ambientais dos resíduos poluentes gerados pela indústria e/ou sociedade. No ano de 2011 iniciou-se um debate sobre o fim do uso de sacolas de plástico nos supermercados perante seu alto índice de degradação á natureza, porém, esse assunto ainda causa preocupações nos dias atuais.

Perante este cenário a empresa estudada por este artigo, desenvolveu um produto denominado “carrinho de compras sustentável” com compartimento de armazenagem em material reciclado, ratificando o princípio sustentável atual, tendo sua capacidade de armazenamento de quarenta quilos, sendo de fácil manuseio, retrátil e com um custo máximo de quinze reais. Desta forma atendendo as expectativas do público alvo identificado na pesquisa de mercado e consequentemente gerando instintivamente uma conscientização ambiental. Perante pesquisa de mercado realizada pela empresa, se determinou uma demanda anual de 60.000 unidades.

O objetivo deste artigo é analisar a capacidade de produção para o atendimento dessa demanda e verificar a situação mais eficaz no que diz respeito à otimização de tempo e diminuição de custos nos processos produtivos, e com os resultados obtidos, auxiliar o gestor de produção na tomada de decisão.

A justificativa para a produção deste artigo é de viabilizar com mais clareza as tomadas de decisão para este caso especifico.

2. REVISÃO DA LITERATURA

        

2.1 Linha de produção

          Segundo Scholl et al., (2010), linhas de produção ou linhas de montagem são sistemas orientados para um fluxo que foram originalmente desenvolvidos para a produção industrial em série, ou seja, produção de grandes quantidades de produtos padronizados e que atualmente, tem sido considerados também para a produção de pequenos lotes de produtos customizados.

          Para Carnahan et al., (2001), linha de produção pode ser definida como uma série de locais de trabalho de produção manual ou automatizada, pelas quais um ou mais produtos são produzidos individualmente ou sequencialmente.

           Os produtos fabricados podem ser transportados manualmente para outras máquinas ou operações, e nas linhas de produção em série, são transportados em sequência por cada posto através de dispositivos de transporte específicos como, por exemplo, esteiras rolantes. (Boysen et al. 2008)

           Para Silva e Porto (2008), é fundamental melhorar a sincronia entre as atividades produtivas e a capacidade da linha, evitando dessa forma, os desperdícios na produção, principalmente o tempo de espera. Para isso é necessário nivelar a produção com a demanda, ajustando o tempo de ciclo da linha de acordo com a variação da demanda, e alterar o ritmo da produção, redistribuindo as tarefas entre os operadores e/ou incluindo ou retirando recursos. Esta atividade chama-se balanceamento de linha de produção.

2.2 Balanceamento de linha de produção

                 Atualmente, para conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes em um mercado cada vez mais competitivo, as organizações precisam produzir segundo Antunes (2007), com a maior eficiência possível, reduzindo os seus custos operacionais e aumentando a repitibilidade dos processos produtivos, para oferecer menores preços aos consumidores, e desta forma, conseguir maior vantagem competitiva diante de seus concorrentes. Neste contexto, é necessário obter uma sincronia entre os processos no ambiente de produção.

               Soares (2007), afirma que o balanceamento de uma linha de produção é uma das técnicas utilizadas para melhorar o processo e simplificar a gestão, e assim atingir uma melhor sincronia entre as atividades produtivas. Para Moreira (2004), a função do balanceamento de linha de produção, é atribuir tarefas para que os tempos de ciclo se tornem equivalentes entre os postos de trabalho, atingindo assim, a taxa de produção definida pela demanda.

               Segundo Martins e Laugeni (2006), o objetivo do balanceamento das linhas de produção é otimizar o tempo das máquinas e dos operadores em uma determinada linha. É também ajustar a linha às necessidades da demanda, buscando maximizar a utilização nos postos de trabalho, unificando o tempo das operações em todas as fases do processo. (Rocha e Oliveira 2007)

              Para Dembogurski et. al (2008), além dos diferentes tipos de linha de produção existentes, que direcionam para diferentes aplicações das técnicas de balanceamento, outro fator importante que deve ser levado em consideração é a mudança no ambiente de trabalho. De acordo com o autor, uma melhor distribuição dos funcionários dentro de uma linha de produção, pode levar a uma melhoria no trabalho em equipe, isso somado com outros fatores podem fazer com que uma equipe com menor número de colaboradores possa realizar as tarefas com mais qualidade e mais rápido do que com uma equipe maior.      

               De acordo com Tubino (2007), balancear uma linha de produção é manter o tempo de processamento nos postos de trabalho os mais próximos possíveis. Esse processo é utilizado com o objetivo de aumentar a eficiência da linha de produção e tem a finalidade de agrupar melhor os postos de trabalhos, aumentando o equilíbrio de carga entre eles, permitindo assim que haja um fluxo contínuo no processo produtivo.

2.3 Capacidade produtiva

Todas as organizações em desenvolvimento precisam algum dia decidir se é necessário ou não a realização de novos investimentos para atender uma demanda em crescimento. Para tomar essa decisão é extremamente importante saber se o processo existente tem capacidade de suprir a nova demanda. Entretanto, poucas empresas têm a percepção que os retrabalhos e os refugos consomem recursos da produção, e por isso, devem também ser considerados nos cálculos da capacidade de produção.