ANÁLISE FINANCEIRA GUARANÁ ANTÁRCTICA
Por: Julia Saleh • 6/5/2020 • Trabalho acadêmico • 2.429 Palavras (10 Páginas) • 457 Visualizações
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA
JULIA VILLAS BÔAS SALEH
ANÁLISE FINANCEIRA GUARANÁ ANTÁRCTICA
São Paulo
2019
1. INTRODUÇÃO
O trabalho mostrado tem como objetivo analisar os relatórios financeiros da marca Guaraná Antarctica da empresa Ambev, assim como sua estrutura organizacional e o ambiente no qual ela está inserida (micro e macro).
A partir da análise de concorrência sobre o setor de refrigerantes no Brasil, dado e orientado pela disciplina de Marketing III, desenvolveremos neste trabalho relatórios financeiros, destacando, primordialmente, os resultados obtidos com o plano proposto para o ano de 2020.
2. EMPRESA: ANÁLISE ORGANIZACIONAL
A história da organização Ambev nasceu em 1999, da união entre as centenárias Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica. Porém, sua história começou muito antes, em 1853, com a fundação da Bohemia, primeira cervejaria do Brasil. Depois, em 1888, o suíço Joseph Villiger estabeleceu uma pequena oficina com o nome de Manufatura de Cerveja Brahma & Villeger & Companhia, na Rua Visconde de Sapucaí, Rio de Janeiro (RJ). Em 1894, ele associou-se com a Cervejaria Georg Mascke & Cia. A nova empresa aperfeiçoou a produção da cerveja, importou equipamentos e patrocinou bares, restaurantes, clubes e artistas. Em 1921 começou a produção e comercialização do Guaraná Champagne Antarctica. Em 1950, surge o “Caçulinha” ou Guaraná Caçula. Em tamanho menor, 185ml, o refrigerante torna-se popular entre as crianças. Em 1970, foi firmada a associação entre Brahma e a Fratelli Vita Indústria e Comércio S.A. marcando o início da produção de mais três marcas: Sukita, Guaraná Fratelli e Gasosa Limão. Em 1976, a Brahma lança os refrigerantes em embalagem de vidro de 1 litro. Em 1989 foram lançadas as versões diet dos refrigerantes Antarctica e do Guaraná Brahma. Já em 2001, o Guaraná Antarctica chega a Lisboa. Recentemente em 2015, a Cervejaria Wäls e Cervejaria Colorado passam a fazer parte da Ambev; a Cervejaria Adriática é relançada no mercado; a premiada cerveja de Chicago, a Goose Island, desembarca no Brasil. A visão da Ambev é inspirar pessoas a trabalharem juntas, unindo-as por um mundo melhor. Seus valores são selecionar e desenvolver pessoas melhores. Eles avaliam os líderes pela qualidade de suas equipes, e nunca estão completamente satisfeitos com seus resultados, portanto, estão sempre visando melhora. Eles buscam pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidades compatíveis com seu talento, sendo consideradas os ativos mais valiosos da Companhia. A Ambev se conecta com seus consumidores oferecendo experiências que têm um impacto significativo em suas vidas, sempre de forma responsável. Ela gerencia os custos rigorosamente, a fim de liberar mais recursos para suportar o seu crescimento no mercado de maneira sustentável e rentável. A liderança é o melhor guia para a cultura da empresa. Integridade, trabalho duro, consistência e responsabilidade são os pilares essenciais para a empresa.
Em relação à estrutura organizacional da empresa, ela é uma empresa de capital aberto no Brasil, sediada em São Paulo, mas com atuações em todo o Brasil e no continente. No total, operam em 16 países das Américas (Antígua, Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Dominica, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Saint Vincent e Uruguai). Hoje, são mais de 100 rótulos. O compromisso da Ambev é celebrar com seus clientes para continuar presente nos momentos mais especiais, compartilhando todas as conquistas pelos próximos cem anos.
A Ambev faz parte da Anheuser-Busch Inbev, conhecida como AB Inbev, que nasceu da união entre o espírito pioneiro da Ambev, com a qualidade belga da Interbrew e a tradição da Anheuser-Busch. Possui 30 cervejarias, maltarias, refrigeranterias, fábrica de rótulos, rolha e vinho, 100 centros de distribuição e mais de 30 mil colaboradores no Brasil.
3. ANÁLISE DO AMBIENTE MERCADOLÓGICO
Para a análise do ambiente mercadológico de Guaraná Antarctica, foram considerados seus principais pontos: análise do macroambiente, do microambiente, do setor, dos grupos estratégicos e da concorrência.
O macroambiente, é composto por ações que se apresentam como tendências de mudança no ambiente externo que tem relação com a empresa de algum modo e que podem afetar a categoria como um todo. Os mais relevantes para o contexto em que Guaraná Antarctica se insere são: o ambiente econômico, demográfico, político-legal e o sociocultural.
Para o ambiente econômico, sendo uma ameaça para a categoria de carbonates, o mercado de águas tem crescido a uma taxa de 10% ao ano no Brasil desde 2014 (acima da média mundial de 8%), atingindo quase 9 bilhões de litros e 12 bilhões de reais em vendas em 2018, segundo a revista Exame. Em contrapartida, as previsões relatam o crescimento do PIB em 2019; a queda do desemprego, primeira vez desde 2014; o aumento da taxa de juros e a redução da inflação.
No ambiente demográfico, segundo o jornal O Estado de São Paulo, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que, de 2005 a 2015, o número de pessoas que moram sozinhas aumentou no país de 10,4% para 14,6%, podendo isso ser uma oportunidade para as marcas de refrigerantes de oferecer outros tamanhos de embalagem. Além disso, segundo o Euromonitor, a proporção de obesos deve aumentar, de 22% em 2016 para 26% em 2022.
O ambiente político-legal aponta possibilidades para o ano de 2019: um projeto de lei que reduz a concentração de açúcar nas composições de alguns alimentos, como as bebidas açucaradas, até 2021; a aprovação de uma lei que proíbe a venda de refrigerantes em escolas; um projeto (PL 8541/17) que pretende transformar a recomendação da Organização Mundial da Saúde, de aumentar o impostos para bebidas açucaradas como medida para combater o crescimento nas taxas de sobrepeso e obesidade em todo o mundo, em lei – a proposta aumenta a alíquota do IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, que incide sobre a importação ou saída de bebidas não-alcóolicas que tenham açúcares adicionados.
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