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APS ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS

Por:   •  31/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.668 Palavras (7 Páginas)  •  467 Visualizações

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ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS

        Estrutura Funcional

As principais características da estrutura funcional são:

  1. Autoridade Funcional: a autoridade funcional         se exerce pelo conhecimento especializado. Cada subordinado deve se reportar a muitos superiores, cada qual tratando de assuntos de sua especialidade. Isto contraria o preceito de unidade de comando;
  2. Comunicações Diretas:        as comunicações entre os órgãos são efetuadas diretamente, sem a intermediação de órgãos hierarquicamente superiores, aumentando a velocidade de interação;
  3. Descentralização das decisões: o poder de decisão provém da especialidade não da posição na hierarquia. Assim, as decisões são descentralizadas pela estrutura, ficando ao encargo dos órgãos mais capacitados, em cada situação especifica;
  4. Ênfase a especialização: esse tipo de organização separa as funções, em todos os níveis, de acordo com as especialidades envolvidas, sendo delimitadas as responsabilidades de acordo com esta especialização.

As organizações estruturadas funcionalmente apresentam tanto vantagens quanto desvantagens. Como vantagens podem ser citadas:

  1. Especialização: permite a cada órgão concentrar-se na sua função principal, desonerado de todas as tarefas acessórias, melhorando sua eficiência. Nota-se grande separação entre atividades de planejamento e de execução;
  2. Supervisão Técnica: para cada questão tratada a decisão pode ser tomada com auxílio do especialista naquele campo especifico;
  3. Rapidez de comunicações: possibilita o contato imediato entre os órgãos envolvidos em uma operação, criando canais diretos de comunicações e eliminando os intermediários formais e seus entraves.

Em termos   de desvantagens, alguns aspectos merecem ser apontados:

  1. Diluição de comando:  a inexistência da autoridade linear amplia consideravelmente a dificuldade dos órgãos superiores de controlar os órgãos inferiores;
  2. Subordinação múltipla:  há dificuldades de delimitar responsabilidades, quando o subordinado não tiver extrema clareza sobre a quem recorrer em cada assunto, principalmente em casos de superposição de funções;
  3. Perda de visão de conjunto: a ênfase nas especialidades pode afastar da organização a visão de conjunto, privilegiando visões parciais e incompletas;
  4. Tensão organizacional: ao concentrar-se apenas em seus próprios assuntos, tentando impor seus pontos de vista aos demais, os diversos grupos de especialistas podem se colocar em conflito uns contra os outros, criando um clima de concorrência prejudicial a organização.

CHIAVENATO (1998, P500) aponta duas situações em que a estrutura funcional é indicada:

  • Quando a organização, por ser pequena, se uma equipe de especialista bem entrosada, que se reporta a um dirigente eficaz e é orientada para objetivos comuns muito bem definidos e colocados;
  • Quando em determinas circunstancias, e tão-somente, a organização delegar, durante um curto período, autoridade funcional a algum órgão especializado sobre os demais órgãos, a fim de introduzir alguma rotina ou procedimento ou a fim de avaliar e controlar alguma atividade.

Por sua vez, HAMPTON (1981, P171) considera que a estrutura funcional é indicada nos casos em que a estratégia empresarial requer a elaboração de produtos de qualidade superior, em um ambiente estável; se o ambiente for instável e houver necessidade de forte cooperação interdepartamental esse tipo de estrutura é contraindicado.

ESTRUTURA MATRICIAL

A estrutura matricial é, na realidade, uma estrutura hibrida, que combina dois tipos de departamentalização na mesma estrutura organizacional. Trata-se de combinar uma estrutura com departamentos funcionais com outra cujo critério para departamentalizar seja por produtos ou projetos.

Com esse procedimento, surge o conceito de dupla subordinação, pois cada área passar a estar sob o comando simultâneo dos superiores funcionais e dos coordenadores de projetos

A estrutura matricial enfatiza, na verdade, a interdependência entre os departamentos que compõem a organização, no lugar de estabelecer fronteiras rígidas entre eles. Permite a superação das deficiências das estruturas departa mentalizadas por funções ou por produtos

 (ou projetos). A estrutura departa mentalizada por função enfatiza a especialização, propiciando alta qualidade técnica em questões especificas, mas traz uma dificuldade de visualização dos objetivos maiores do negócio: a estrutura departa mentalizada por produtos focaliza o negócio, em sua essência, deixando a desejar quando a especialização de funções, que podem ser exercidas sem a profundidade requerida, até mesmo, em duplicidade entre as divisões. A estruturação da organização na forma matricial permite sobrepor os gerentes de produtos (ou projetos) aos gerentes funcionais. Assim, os coordenadores de projetos administram, com olhos voltados para os interesses do negócio da organização, os recursos cedidos pelas áreas funcionais da empresa.

Trata-se de uma forma de estrutura mais flexível as mudanças ambientais e permeável ás inovações do que as anteriormente descritas.

Como entraves ao sucesso e gerenciamento da estrutura matricial, pode-se citar:

  1. Possibilidade de conflitos, devido a duplicidade de comando entre chefias de projetos e chefias funcionais;
  2. Necessidade de alteração profunda na cultura organizacional;
  3. Estrangulamento de decisões, que passam a envolver diversos setores da organização.

Essa forma de estrutura organizacional mostra-se indicada para conviver com a crescente complexidade interna das organizações, à medida que seu tamanho se expande.

Para TASMASKO, citado por MACHADO E SILVEIRA (1998, P.40), a estrutura matricial deve ser empregada quando da ocorrência simultânea das três seguintes condições: (1) em duas sou mais atividades críticas da empresa, há necessidade de uma tomada de decisão altamente coordenada; (2) o trabalho a ser feito é extremamente complexo e deve ser executado em meio a condições de grandes incertezas; (3) vários recursos vitalmente necessários para executar o trabalho são extremamente escassos.

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