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Abordagem Sistêmica

Por:   •  5/7/2015  •  Seminário  •  1.568 Palavras (7 Páginas)  •  354 Visualizações

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IFNMG - INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS

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Bacharelado em Administração

 1º Período

   

AS MULHERES E AS ORGANIZAÇÕES

Tais Cristina Pinheiro dos Santos

Vanessa Rodrigues Buglio Magalhães

 Januária- MG 

Julho 2015

Tais Cristina Pinheiro dos Santos

Vanessa Rodrigues Buglio Magalhães

A MULHER E SUAS CONQUISTAS EM SUA JORNADA DUPLA

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Sociologia das Organizações e Sociedade, do curso Bacharelado em Administração, do IFNM- Campus Januária, ministrado pela professora Leila de Souza.

Januária- MG 

Julho 2015

“A mulher inteligente edifica a sua casa, mas, a insensata, com as próprias mãos a derruba.”

(Provérbio de Salomão)

RESUMO

Este ensaio tem como objetivo mostrar as conquistas da mulher e sua valorização como mulher na sociedade e nas organizações. Quantas dificuldades teve que enfrentar, e tem até hoje, mesmo com o avanço da informação e da tecnologia, muitas vezes ainda tem que impor-se para que seja aceita ou respeitada.

Com a introdução da mulher no mercado de trabalho, a mesma adquiriu novos espaços na sociedade, sendo levada a assumir muitas funções distintas, que são frutos de suas conquistas.

Escolhemos este tema por sermos mulheres e vivermos diariamente essa maratona de ser dona de casa, esposa, mãe, estudante e ainda estarmos inseridas no mercado de trabalho.

A MULHER E SUAS CONQUISTAS EM SUA JORNADA DUPLA

Com o passar dos anos, a mulher veio conquistando seu espaço, desde mulher como esposa, mãe, na política, nas organizações entre outros. A mulher foi se tornando peça fundamental em muitas circunstâncias, em alguns momentos tendo que impor suas ideologias, seus pontos de vista e se tornando um ser tão importante quanto o homem perante a sociedade e no mercado de trabalho.

Sabemos que não isso não foi fácil e não é, pois, até hoje a mulher sofrem discriminação, assédio, preconceito e sua participação na sociedade ainda é uma luta constante.

A mulher antes era vista apenas como aquela que só servia para cuidar dos afazeres da casa, do cuidar do marido e filhos, ela não tinha direito de pensar ou agir por conta própria, era totalmente submissa ao marido.

Historicamente a mulher conquistou muitos diretos importantes, mas a luta por igualdade ainda não acabou, ainda há muito a ser feito.

O caminho a ser percorrido é longo e possui grandes obstáculos. Conforme Giuzmán, (2000, p. 68).

(...) as resistências que dificultaram e dificultam ainda a construção social da equidade de gênero como princípio organizador da democracia têm várias causas. Algumas resultam da inércia dos sistemas cognitivos e de valores. Outras estão relacionadas à rejeição dos homens a ver afetados seus interesses pela concorrência das mulheres nos espaços públicos associadas ao medo gerado pelas mudanças de identidade do outro ao questionar a própria identidade e à incerteza quanto ao próprio sentido e consequências das transformações em curso. Em resumo, aceitar mudanças na representação do feminino e do masculino nos sistemas de relações e práticas comuns aos dois gêneros não somente altera a situação da mulher como coloca em questão os conteúdos atribuídos à masculinidade e às práticas sociais associadas a ela.

Com a industrialização, à prática cultural de submissão ao homem que até então, atendia às práticas sociais e ao imprescindível papel de mãe, esposa e dona de casa, a mulher começou a discutir seu lugar ocupado diante da sociedade, sua individualidade e sua suposta fragilidade.

Conforme Scott apud FRANÇA, SCHIMANSKI (2008), a entrada da mulher no mercado de trabalho tem sido de forma intensa e diferenciada, não apresentando decadência ainda com as crises econômicas. Inversamente, entende-se que a participação da mulher torna-se mais favorável a partir das crises econômicas.

De acordo Teixeira (2007), o:

[...] contínuo crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais. Primeiro, o avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva. A continuidade do processo de urbanização e a queda das taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade. Segundo, a rebelião feminina do final dos anos 60, nos Estados Unidos e Europa, chegou como uma onda nas nossas terras, em plenos anos de chumbo; apesar disso, produziu o ressurgimento do movimento feminista nacional fazendo crescer a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira.

Como consequência, a mulher passou a marcar presença na sociedade e nas organizações e conquistou alguns lugares que antes eram ocupados exclusivamente pelos homens. Mas para que isso ocorresse teve que haver algumas mudanças socioculturais onde alguns fatores contribuíram e foram decisivos, tais como: poder de controlar e decidir a quantidade de filhos, poder de voto, necessidade de complementar a renda familiar, a divulgação de leis protegendo a mulher trabalhadora, busca pela qualificação cultural e acadêmica, entre outros.

Apesar das dificuldades, as mulheres ingressam cada vez mais no mercado de trabalho e permanecem nele. A inserção da mulher no mercado de trabalho antes considerado predominantemente masculino fez com que a mulher assumisse tanto o trabalho fora de casa, como o trabalho doméstico, sobrecarregando-a com uma dupla jornada de trabalho.

Como destaca Perez (2001, p.52):

Responsáveis pela maioria das horas trabalhada sem todo o mundo, as mulheres, generosamente, cuidam das crianças, dos idosos, dos enfermos, desdobrando-se em múltiplos papeis. Esquecidas de si mesmas, acabam por postergar um debate que se faz urgente: a divisão desigual das responsabilidades da família, a injustiça de sozinha, ter de dar conta de um trabalho de que todos usufruem.

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