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Administração II

Por:   •  29/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.090 Palavras (13 Páginas)  •  225 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CAMPUS MOSSORÓ

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

EVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

MOSSORÓ – RN

MAIO/2015

MONALISA LIRA FERNANDES PAIVA

MARIA LUISA MENDES MOREIRA

PAULINO CAVALCANTE PINHEIRO SOBRINHO

PABLO EINSTEIN BATISTA

PAULO RICARDO DE OLIVEIRA QUIROZ

PEDRO BRUNO NOGUEIRA DA SILVA

NATHAN BEZERRA GURGEL

 

EVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Relatório apresentado à disciplina de Administração e Empreendedorismo, como requisito para a composição da nota parcial da U2, do Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia – Campus Mossoró.

Prof.º: Arthur

MOSSORÓ – RN

MAIO/2015        

DESENVOLVIMENTO

1. DEFINIÇÃO DE EMPREENDEDORISMO:

“Qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou novo empreendimento, como por exemplo, uma atividade autônoma, uma nova empresa ou a expansão de um empreendimento existente por um indivíduo, grupos de indivíduos ou por empresas já estabelecidas. ”

1.1 CONDIÇÕES QUE FAVORECEM E DIFICULTAM O EMPREENDEDORISMO:

        As condições para empreender no País abrangem os principais fatores que inibem e favorecem essa atividade. Essas condições estão relacionadas a diferentes naturezas, tais como: apoio financeiro; políticas e programas governamentais; força de trabalho, Educação e Capacitação; pesquisa e desenvolvimento; infraestrutura comercial, profissional e física; abertura de mercado; normas culturais e sociais; contexto político, institucional, social e econômico; e composição da população.

        Em relação às condições limitantes ao empreendedorismo no Brasil, se concentra em: Políticas Governamentais (26,7%), Apoio Financeiro (23,8%) e Educação e Capacitação (17,1%). As quatro condições tidas como mais favoráveis para as atividades empreendedoras no Brasil são: Clima Econômico (19,2%), Programas Governamentais (15,4%), Normas Culturais e Sociais (12,5%) e Capacidade Empreendedora (12,5%).

  • Políticas Governamentais: Trata da questão da regulamentação;
  • Apoio Financeiro: Avalia em que medida os novos empreendimentos são priorizados pelas políticas governamentais em geral;
  • Educação e Capacitação: Trata da educação e capacitação para o empreendedorismo no nível superior e de aperfeiçoamento profissional.

        Quando bem-sucedida, essa combinação conduz à geração de muitos novos negócios e, consequentemente, à inovação e competição no mercado, tendo como resultado final uma influência positiva no crescimento econômico nacional.

2. PANORAMA E EVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Os povos nativos do Brasil originalmente vivem culturas bastante tradicionais, em que os modos de produção são comunais, ou seja, as tarefas, comida, materiais etc são distribuídos entre todos da aldeia. Conceitos de empreendedorismo estudados aqui não se aplicam em sociedades tão diferentes. Com a colonização, eles foram vítima de genocídio e o racismo fez historicamente que tivessem menos acesso a oportunidades e sofressem desrespeito.

Enquanto era uma colônia de exploração as atividades econômicas desenvolvidas no Brasil eram basicamente a produção de commodities para exportação. O empreendedorismo era desincentivado em áreas que poderia haver competição com produtos portugueses. Existiam períodos de décadas a séculos em que certos produtos primários possuíam grande interesse internacional e eram muito lucrativos. Eles moviam grande parte da economia e recebiam muitos investimentos. Quando a febre sobre tais produtos acabavam, isso era seguido de decadência e crise econômica. Tais ciclos ocorrem até a época atual.

Durante a época de império, empreendedores deram início às primeiras indústrias brasileiras. Produtos brasileiros não competiam bem com produtos estrangeiros. As vilas e fazendas eram quase autossuficientes e havia pouca integração nacional, o que tornava o mercado interno fraco. Brasil ainda era essencialmente primário-exportador, algo que continua em parte até hoje. Os muitos imigrantes estrangeiros dos séculos XIX e XX trouxeram técnica e conhecimento para o Brasil, onde eles fizeram crescer e criaram empreendimentos. Porém grande parte da população tinha muito pouco acesso até mesmo ao trabalho ou educação, como os afro-brasileiros que desde 1888 estavam libertos mas eram cidadãos de segunda classe.

Investimentos em infraestrutura e outros incentivos de governos antes (principalmente nos governos Vargas e JK) e depois do golpe militar incentivou crescimento econômico e industrialização entre as décadas de 1950 e 1970, porém com dívida externa, concentração de renda, inflação, concentração no crescimento no eixo Rio-SP e outros problemas causados pelas estratégias usadas.

A crise do petróleo e problemas da época do milagre econômico desencadeou uma crise econômica e depois política e monetária. Várias reformas foram tentadas sem sucesso após a redemocratização. A década de 1980 ficou conhecida como a “década perdida”. A partir do governo Collor avançou o discurso de abertura da economia, e muitas empresas brasileiras faliram ou declinaram por não concorrer bem com produtos estrangeiros.

A crise monetária e inflacionária só melhorou após o Plano Real, e a estabilização e crescimento razoável da economia prosseguiu desde a década de 1990 até anos recentes. Houve diminuição de concentração de renda nesta época e mais pessoas que eram de classes muito pobres começaram a empreender. O fato de o Brasil ser criado e crescido baseado em imperialismo e racismo e em uma sociedade patriarcal fez com que grupos raciais oprimidos e as mulheres sofressem historicamente com desrespeito e falta de acesso a oportunidades. Muitas conquistas foram feitas por esses grupos e atualmente estas pessoas contam com espaço para empreender e crescer (segundo o SEBRAE, 50% dos novos empreendedores são afrodescendentes e 52% são mulheres, respectivamente), confrontando o ainda existente preconceito no Brasil. A partir da década de 1990 o empreendedorismo passa a ser forte no Brasil.

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