TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Análise Econômico-Financeira da Renner

Por:   •  13/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  678 Palavras (3 Páginas)  •  236 Visualizações

Página 1 de 3

INDICADORES LOJAS RENNER S.A.

31/12/16

31/12/15

Liquidez Imediata (Disponível / PC)

0,28

0,25

Liquidez Corrente (AC / PC)

1,20

1,39

Liquidez Seca [(AC – Estoque) / PC]

0,89

1,07

GDE

26%

23%

Liquidez Geral [(AC + RLP) / (PC + PNC)]

1,12

1,07

Endividamento Geral (C. Terceiros. / Ativo)

50%

52%

Composição da Dívida (PC / C. Terceiros.)

81%

67%

Grau de Imobilização (“AP” / PL)

0,88

0,93

Margem Bruta (LB / Receita Líquida)

58,5%

58%

Margem Operacional (LO / Receita Líquida)

14,7%

14,4%

Margem Líquida (LL / Receita Líquida)

10,9%

10,4%

ROI (LL / Ativo)

0,12

0,12

ROE (LL / PL)

0,24

0,25


RELATÓRIO LOJAS RENNER S.A.

Ao analisar a situação financeira das Lojas Renner, verifica-se uma ineficiente política de gestão de caixa, mantendo muito recurso em tesouraria. A empresa apresenta índices de 0,25 e 0,28, sendo que o considerado aceitável é de até 0,10. Isso significa que uma considerável importância do capital não está empregada no giro operacional do negócio.

Com relação à capacidade em honrar suas dívidas de curto prazo, apresenta, nos respectivos anos, folga financeira, o que revela sua capacidade de solvência. Cabe ressaltar que em 2016 houve queda de liquidez, no entanto, a empresa permanece solvente, tendo, para cada R$ 1,00 de dívidas no curto prazo, R$ 1,20 de capital de giro.

Em 2016, apresenta liquidez seca abaixo da unidade, o que significa que a empresa depende do giro de seu estoque para arcar com as dívidas de curto prazo. Apesar disso, o grau de dependência dos estoques está em níveis aceitáveis para o setor de comércio. No entanto, houve um aumento de 23% (2015) para 26% (2016), deixando a empresa próxima do limite satisfatório (30%). Caso o indicador aumente nos próximos anos, a empresa poderá ter problemas de solvência.

Em se tratando da capacidade em liquidar suas dívidas de curto e longo prazo, observa-se que os índices de liquidez corrente e liquidez geral ficaram bem próximos em 2016, ambos acima da unidade. Isto demonstra que boa parte do endividamento está concentrado no curto prazo.

No que concerne à análise de estrutura de capital, observa-se moderada dependência do capital de terceiros no financiamento do ativo. Além disso, o índice de endividamento geral apresenta-se em queda, o que ajuda a reduzir o risco de inadimplência.

Verifica-se ainda o aumento da dívida no curto prazo, gerando, assim, um custo mais oneroso do capital.

Quanto ao grau de imobilização do patrimônio líquido, nota-se que o capital próprio foi suficiente para financiar os investimentos efetuados no “ativo permanente” (investimentos, imobilizado e intangível), demonstrando, desta forma, adequada alocação de recursos.

No que diz respeito à análise econômica, a empresa apresenta elevada lucratividade sobre o produto comercializado, porém, consumida pelas despesas operacionais, em especial as despesas financeiras e comercias. Além disso, apresenta resultado financeiro negativo, em função da amortização de empréstimos.

Quanto à análise de rentabilidade, verifica-se cobertura do custo de oportunidade do capital aplicado pelos acionistas, evidenciada em função do ROE de 24%, bem superior à remuneração dos títulos públicos. Ademais, observa-se um período de recuperação do investimento total (5,2 bilhões) bastante satisfatório, gerando um payback de 8,3 anos.

CONCLUSÃO

Do ponto de vista de uma instituição financeira, concederia empréstimos à entidade, pois, apesar de apresentar ineficiente política de gestão de caixa, mostra-se com boa disponibilidade de recursos para honrar suas obrigações e com grau de dependência dos estoques aceitáveis para o setor de comércio.

Como investidor, aplicaria recursos na empresa devido à cobertura do custo de oportunidade do capital aplicado, e, principalmente, pelo ótimo índice de payback.

Como sugestão para melhoria do ponto crítico identificado, recomenda-se a redução do capital em tesouraria, com o intuito de aplica-lo no giro operacional do negócio.


ANEXO

BALANÇO PATRIMONIAL – LOJAS RENNER S.A.

31/12/16

31/12/15

ATIVO TOTAL

5.270,0

4.799,7

ATIVO CIRCULANTE

2.558,7

2.325,0

Caixa e Equivalentes a Caixa

711,2

593,5

Contas a Receber

1.061,8

1.116,2

Estoques

655,6

536,7

Tributos a Recuperar

122,4

72,0

Despesas Antecipadas

7,7

6,6

ATIVO NÃO CIRCULANTE

2.711,3

2.474,7

Realizável a Longo Prazo

380,5

328,2

Investimentos

504,4

449,5

Imobilizado

1.503,7

1.444,3

Intangível

322,7

252,7

PASSIVO TOTAL

5.270,0

4.799,7

PASSIVO CIRCULANTE

2.132,0

1.668,9

Obrigações Sociais e Trabalhistas

162,0

158,7

Fornecedores

596,2

483,1

Obrigações Fiscais

377,8

326,0

Empréstimos e Financiamentos

637,5

375,4

Outras Obrigações

325,9

296,3

Provisões

32,7

29,4

PASSIVO NÃO CIRCULANTE

501,2

819,9

Empréstimos e Financiamentos

462,4

780,9

Outras Obrigações

3,3

5,4

Provisões

35,5

33,7

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.636,8

2.310,9

Capital Social Realizado

1.178,4

1.136,1

Reservas de Capital

279,3

266,3

Reservas de Lucro

1.217,0

844,3

Ajustes de Avaliação Patrimonial

-37,7

64,2

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.7 Kb)   pdf (134.2 Kb)   docx (19.8 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com