Análise da primeira hora do jogo diagnóstica
Por: 171171vai • 13/5/2018 • Monografia • 1.414 Palavras (6 Páginas) • 725 Visualizações
Nome: Luciana Carneiro R.A: 166531-1
Thayná Souza R.A: 166301-5
Relatório Psicodiagnóstico
Análise da primeira hora do jogo diagnóstica:
Observamos que J.P na hora do jogo sinalizou sua fantasia de enfermidade, ao utilizar a técnica de construção de casas. Assim, comunicou-nos sua fantasia inconsciente de seu conflito com o pai, pois este ficou preso durante os primeiros anos de vida de J.P. e mesmo depois que saiu é ausente,por conta do trabalho. Sendo assim, J.P. demonstrou fantasiar a construção de um “lar”.
Quando alinhou as cavalos novamente demonstrou uma fantasia de enfermidade, pois de acordo com relatos das entrevistas, todos brigam muito, gritam e J.P. não se manifesta e chora. Podendo assim ele ser o cavalo de cabeça baixa diante dos outros imponentes.
Demonstra sua fantasia de cura quando solicitou que novamente o ajudássemos a construir uma casa, uma reconstrução da família, dos laços familiares. É o que ele deseja que ocorra, essa construção. Ter um lar sem brigas, mentiras e omissões o curaria.
J.P. realizou uma transferência positiva ao confiar em entrar na sala e brincar com as terapeutas, demonstrou apego ao contato quando corre para dar um abraço nas terapeutas antes de entrar na sala.
Atuaram contratransferencialmente com uma certa angústia, ao ver J.P. entediado e com vontade de ir embora. Sugeriram um jogo de boliche, no qual J.P. se entreteu e ficou bem até o final da sessão.
Nas escolhas de brinquedos e brincadeiras, observamos que a criança dirige a brinquedos estruturados e brinquedos representativos de diferentes modalidades de vínculos – oral, anal. Ele tentou “comer” os fantoches e tem uma organização dos brinquedos. Enquanto a escolha de brinquedos e brincadeiras de forma dubitativa pegava e largava os brinquedos sem dar continuidade a nenhuma brincadeira.
Aparentemente uma modalidade de brincadeira rígida, porém era a primeira vez na sala de ludoterapia. Quanto a personificação J.P. tentou brincar com os fantoches, porém se retraiu e logo encerrou a brincadeira. Apresentou uma certa dificuldade motricidade fina, observada quando tentou equilibra as peças no jogo de construção de casas e balança.
J.P apresenta uma baixa criatividade, não teve uma iniciativa em unir ou relacionar elementos dispersos num elemento novo e diferente, brincando de maneira rígida com os materiais.
Tem uma dificuldade na adequação da realidade temporal, essa situação pode ser vista na estruturação de brincadeiras que impedem uma finalização. Aparentemente tem uma tolerância à frustração, já que desejava a mãe ali com ele e encontrou elementos substitutivos com as brincadeiras, sinal de uma boa adaptação.
A sua capacidade simbólica foi pouco elaborada, pois não utilizou muitos elementos que expressasse seu mundo interno. Deve-se levar em consideração que foi a primeira hora de jogo e a criança pode não ter ficado à vontade para tais simbolizações.
Análise da segunda hora do jogo diagnóstica:
Observamos que J.P na hora do jogo sinalizou sua fantasia de enfermidade, ao querer brincar de esconde-esconde com carrinhos. Comunicou-nos a fantasia inconsciente em relação as mentiras na família, a mãe não contou sobre a prisão do pai.
A fantasia de cura foi retratada quando pegou uma caixa com lego e disse que ia fazer uma casa, demonstrou uma reconstrução familiar. É o que ele deseja que ocorra, essa construção. Ter um lar sem brigas, mentiras e omissões o curaria.
Nas escolhas de brinquedos e brincadeiras, observamos que a criança dirige a brinquedos estruturados e brinquedos representativos de diferentes modalidades de vínculos. Enquanto a escolha de brinquedos e brincadeiras de forma dubitativa pegava e largava os brinquedos sem dar continuidade a nenhuma brincadeira.
Aparentemente uma modalidade de brincadeira rígida, um brincar sequenciado. Notamos que não realizou em suas brincadeiras a personificação.
Apresentou uma baixa tolerância à frustração, quando não tem a paciência de encontrar o carrinho e muda para outra brincadeira. J.P apresenta uma baixa criatividade, não teve uma iniciativa em unir ou relacionar elementos dispersos num elemento novo e diferente, brincando de maneira rígida com os materiais.
Tem uma dificuldade na adequação da realidade temporal, essa situação pode ser vista na estruturação de brincadeiras que impedem uma finalização e também quando não tem uma precisão temporal partindo dos acontecimentos cotidianos.
J.P demonstrou dificuldade com a motricidade fina, em relacionar-se com os movimentos que exigem maior precisão, como a destreza para manipular as peças do lego. A sua capacidade simbólica foi pouco elaborada, mas significativo nos seus conflitos, quando escolhe o jogo de dominó de frases e apresenta uma dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas.
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