Análise de mercado para readequação de estratégias organizacionais da Sakata Seed Corporation.

Análise de mercado para readequação de estratégias organizacionais da Sakata Seed Corporation.

Trabalho apresentado Projeto Integrador do quinto semestre do curso de Tecnologia de Gestão EAD

1. Introdução

Em tempos modernos, o mundo globalizado, o acesso ilimitado de informações, a procura por melhorias na qualidade de vida, tornou-se um objetivo de incansável desejo. A segurança alimentar, saúde e bem estar são buscas cada vez maiores entre a população, uma tendência que influencia o agronegócio. A exigência maior do público pressiona as empresas a reverem suas estratégias de competitividade. Para Toledo et al. (2007) há dois tipos de empresa: as que enfrentam o mercado com uma estratégia clara e deliberada alcançando a liderança, e as empresas que tentam sobreviver de forma defensiva aos desafios e ameaças do ambiente externo.

A Sakata é uma empresa centenária e líder mundial na criação e produção de sementes vegetais e ornamentais, estacas vegetativas, hortaliças e legumes cultivados de modo natural e saudável. Os criadores da Sakata em todo o mundo trabalham diligentemente para desenvolver variedades que ofereçam desempenho superior e estabeleçam novos padrões para o setor.

Este trabalho traz aos gestores da Sakata Seed Corporation sugestões de caminhos e soluções para que a organização mantenha-se na liderança de seu mercado, inclusive no Brasil. Através de uma metodologia exploratória e explicativa, pesquisas bibliográficas e abordagem qualitativa, esse projeto tem por objetivo apresentar ideias de oportunidades, inovação de produtos e alternativas para ampliar o mercado de atuação da Sakata e a visibilidade do negócio, conquistando assim, seus consumidores com maior potencial

2. Desenvolvimento

A inovação do modelo de negócios não necessariamente requer uma inovação tecnológica. De acordo com um artigo da Harvard Business Review (Girotra, 2014) as empresas que inovaram seus produtos, tomaram algumas atitudes cujos resultados foram de sucesso no mercado em que estavam inseridas, tais atitudes acabam dificultando o benchmarking. Podemos considerar algumas sugestões de inovação para que a Sakata Seed Corporation mantenha-se líder no seu ramo:

Vendas online e por aplicativos com entrega agendada - A exemplo de outros países, o comércio eletrônico pode ser uma importante ferramenta a ser adotada pelos agentes da cadeia produtiva de produtos hortífruticolas no Brasil. Para Lourenzani (2009) a Internet possibilita que os agentes da produção agrícola, atacado e varejo de pequeno e médio porte, possam vender seus produtos e se manter competitivos num setor tipicamente marcado pela concentração e comportamento adversarial. Covino e Porro (2000), relatam a utilização de comércio eletrônico como uma estratégia de vendas para produtos agrícolas diferenciados, com alto valor agregado como algumas cultivares de hortaliças ou frutas e suas embalagens.

O sistema produtivo/logístico da Sakata inclui 250 produtores integrados no Brasil, além de dez distribuidores, que são os agentes que respondem simultaneamente pela venda de sementes e pela assistência técnica aos produtores. A integração da rede possibilita novas formas de entrega, como por exemplo, um serviço de delivery de FLV por meio de e-commerce. A Sakata poderia criar um site e aplicativos para vendas online, com as entregas domiciliares para pessoas físicas aproveitando os dias de entregas aos seus clientes jurídicos, isso traria mais comodidade aos seus consumidores que são, em sua maioria, modernos, exigentes e da alta gastronomia, seria fácil a aceitação de realizar as compras através de sites e aplicativos. Agradaria a esses clientes a ideia de planejarem suas compras e a realizarem com comodidade, dispensando o deslocamento até uma loja ou revendedor físico, o qual gera muita insatisfação pelo fato de "enfrentar" o trânsito, estacionamentos e "perder" tempo. Os restaurantes e empresas não precisariam enviar funcionários para as compras, levando em consideração que tal ação leva a perda, por um determinado tempo, da mão de obra do funcionário e este ainda corre riscos de levar uma multa de trânsito, se acidentar, além de dispensar a parte burocrática financeira ao funcionário, liberação de dinheiro ou senha/cartão, prestação de contas etc. O lançamento de site e aplicativos de vendas utilizando mão de obra de empregados home office ou revendedores sem loja física seria uma boa aposta nessa sugestão, pois a Sakata poderia empregar vários colaboradores e remunerá-los através de horas trabalhadas e ou sobre o percentual às suas vendas, estimulando assim a propagação dos itens de seu portfólio, um marketing veloz e mais abrangente, a dedicação e a movimentação do mercado de trabalho home office e ainda a diminuição do pagamento de encargos trabalhistas.

Programas de fidelidade (compras online) - esses sistemas de premiações são cada vez mais atrativos. O lançamento do programa "Sakata Fidelidade" que funcionaria basicamente a partir de acúmulos de pontos a cada compra realizada pelo site ou aplicativo e esses por sua vez seriam utilizados em eventuais descontos ou ganhos de brinde o que acarretaria uma valorização aos consumidores assíduos, fidelização. Esses pontos seriam proporcionais ao valor da compra e a cada valor x de pontos, o cliente teria um desconto de 10 a 20% debitados automaticamente em seu carrinho virtual. Através desse método de pontuação, os clientes sentir-se-iam recompensados e valorizados.

Criação de novos produtos: sucos naturais - por mais que o cultivo e o preparo dos produtos para os revendedores e clientes sejam de alta qualidade e dedicação, como no caso feito pela Sakata, há vegetais e frutos que fogem do padrão, geralmente pela aparência ou dano ocorrido, e não são aceitos pelo mercado ocasionando perdas. A utilização desses vegetais e frutos classificados como "perdas" para o preparo de sucos, que são produtos altamente consumidos no Brasil devido ao clima quente, seria uma boa estratégia para a Sakata reverter esses produtos visando a oportunidade de se obter um novo item que comporia seu portfólio. Estudos realizados constatam que no Brasil os níveis médios de perdas pós-colheita são de até 40%, enquanto em outros países como nos Estados Unidos não passam de 10%. A significativa quantidade perdida seria suficiente para abastecer os 29,3% da população brasileira (53 milhões de habitantes) excluída do mercado de alimentos por insuficiência de renda (VILELA & MAKISHIMA,

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