Análise do filme 1984

Filme 1984

1984 é um romance clássico do autor George Orwell. O filme mostra o cotidiano das pessoas que viviam em meio a um regime político totalitário e repressivo, onde o governo mantinha controle sobre a vida dos cidadãos, que não podiam nem pensar por conta própria. A principal crítica do filme é feita à ideia de um mundo igualitário que acaba se tornando totalitário. As pessoas eram vigiadas através de “teletelas”, e a todo momento frases como “O Grande Irmão está observando você” lembravam-nas disso.

O personagem principal do filme, Winston, trabalhava no Ministério da Verdade, e sua função era modificar e reescrever notícias antigas de uma maneira a ser útil no momento. A mesma informação poderia ser modificada algumas vezes, sendo sempre controladas a favor dos interesses do partido. Winston tinha o hábito de escrever escondido em seu diário, e até mesmo isso era visto como um “ataque” ao Big Brother (expressão usada por George Orwell para definir o controle exercido pelo regime totalitário). Também eram pregadas algumas ideias “inovadores”, explicando que conceitos do tipo “família” eram inúteis, de forma ao próprio amor, que surge entre Winston e Julia se tornar proibido. Também lançaram um novo idioma que era atualizado por meio de um dicionário. Winston demonstra dificuldade de se adaptar a ele. O casal é preso pela Polícia do Pensamento por serem criminosos de pensamento e o personagem é torturado até que volte a alienação.

Associando a história ao contexto visto em classe

Ao analisarmos o romance de George Orwell, podemos relacioná-lo com o conteúdo tratado na matéria de Pesquisa em Administração, pois os mecanismos de controle e comando vistos na imagem do “Grande Irmão”, assim como na forma da Teletela, deixam clara a manipulação das informações e a criação de um julgamento feito a partir de percepções individuais.

Citando as cenas em que Winston Smith (personagem principal), está em seu ambiente de trabalho, escrevendo e alterando textos, pode-se compreender que os discursos, livros e até mesmo do dicionário desenvolvido ao longo da trama, exemplificam o problema da omissão e não referência aos autores, que se estende a realidade do contexto acadêmico vivenciado por estudantes e pesquisadores.

O juízo de valor aplicado no contexto da pesquisa, como foi visto em sala, é encontrado tanto nos problemas mal formulados de trabalhos acadêmicos, quanto no desenvolvimento dos textos, uma vez que, muitos destes trabalhos são patrocinados e/ou manipulados por grandes empresas. Estes trabalhos são capazes então, de estimular a necessidade de uma busca bem estruturada por parte do leitor, incitando uma visão crítica dos conteúdos disponibilizados por revistas de publicações científicas e dos parâmetros de escolha e “filtros” para se encontrar o conhecimento que se precisa. Fundamenta-se então a inerência da busca e comparação de mais textos, praticamente excluindo a possibilidade de um pensamento ser alicerçado num único texto.

A visão “crua” do capitalismo captada no filme, no qual influência uma visão unidirecional dos fatos também ilustra, comparando com o universo das pesquisas, a contradição de trabalhos acadêmicos na medida que algo