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As Insulas Romanas

Por:   •  22/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  662 Visualizações

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As insulae eram edificações ou blocos de edifícios com, em média, seis pavimentos que serviam de habitação coletiva no período da Roma Imperial, se destacando na paisagem urbana, já que eram edificações de grande altura e chegavam a configurar quarteirões inteiros (Insula = ilha em latim). Elas eram construídas em tijolo, concreto e pedra, com os níveis superiores de madeira e barro (para alcançar maiores alturas) e se tornaram populares, no século IV a.C., a partir da necessidade de diminuir a largura das ruas e de desenvolver uma construção massificada, capaz de constituir células habitacionais, por causa do grande aumento da população urbana e impossibilidade de expansão da área.

Os patrícios moravam em edificações térreas chamadas Domus. Estas habitações eram muito introspectivas, possuindo fachadas sem aberturas para a rua e com as portas e janelas abertas para os pátios internos. Todos os outros habitantes romanos moravam nas insulae, que, ao contrário das domus, possuíam suas aberturas voltadas para a via e abrigavam pessoas de variados grupos sociais e diferentes situações financeiras. Quando havia um pátio interno, as insulas se abriam para ambos os lados, aumentando a ventilação e a luminosidade no interior dos apartamentos. Alguns cidadãos, com melhores condições de vida, alugavam todo o terreno das insulas mais luxuosas, possuindo residências com uma configuração espacial semelhante às domus e as pessoas mais pobres viviam nos últimos pavimentos dos prédios, onde alugavam quartos individuais e com valor de aluguel mais barato.

Alguns autores franceses do século XX consideravam que o termo domus seria equivalente aos blocos residenciais e que as insulae seriam os apartamentos. Carcopino afirma que Domus implica em uma propriedade hereditária, em que vivem apenas o proprietário e sua família, já a insula (ilha) seria um bloco isolado que possui vários apartamentos, que abrigavam pelo menos cinco moradores de uma ou mais famílias de inquilinos, responsáveis pela manutenção dos espaços, pela busca por locatários e pela harmonia entre eles, assim como pela coleta dos alugueis trimestrais, cujo lucro lhe beneficiavam.

O apartamento romano era chamado de Cenaculum (palavra usada para se referir a uma unidade habitacional, derivada da palavra latina cena – jantar) e era composto por três ambientes: o Medianum, a Exerdam e o Cubiculum.

O medianum pode ser considerado como a sala principal, o ambiente central do apartamento, frequentemente de forma retangular e tinha como principal função fornecer acesso a todos os outros cômodos. Era extremamente importante, pois era utilizado como sala comum a todos os moradores do apartamento. Também era o ambiente com mais aberturas e, devido à falta de cozinha na maioria dos apartamentos, era nele que os moradores faziam suas refeições com o auxilio de pequenas grelhas portáveis. A exadra seria uma sala de estar, sendo o ambiente de maior dimensão do apartamento romano, e possui algumas aberturas, porem em menor quantidade que o medianum. Também era o último espaço a ser alcançado durante o percurso dentro do apartamento. O cubiculum era equivalente a um quarto. Dessa forma, o cubiculum era a única área privativa dentro da habitação. O medianum e a exadra eram ambientes de uso coletivo, onde os locatários podiam interagir. É possível fazer uma relação entre alguns ambientes das

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