Atividade de Gerenciamento de Projetos

Atividade 1 – Curso de Gerenciamento

Na confecção desta atividade, principalmente por ser a maneira mais rápida de pesquisa e captação de informações, utilizei a internet na busca de modelos de gerenciamento de projetos em empresas. Durante a leitura encontrei algo que me surpreendeu positivamente. Falo do modelo de EGP criado pelo Governo do Rio de Janeiro em 2007. Extremamente claro, objetivo e bem documentado. Modelo que me fez então questionar: Se é tão bem estruturado e bem documentado, qual seria o motivo pelo qual, de forma geral, não percebemos bons resultados em projetos do Governo Estadual? Bem, esse seria objeto de outra atividade.

O Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo do Rio de Janeiro foi criado em agosto de 2007 e apresenta uma estratégia corporativa baseada numa estrutura matricial ora balanceada, ora forte, onde é essencial a autoridade do gerente de projetos, a disponibilidade de recursos e a definição de equipe administrativa dedicada.

Não o classificaria como um modelo de organização projetizada em função de nem sempre estar a frente dos projetos um profissional com status de gerente de projeto. Como veremos, algumas vezes as atividades são conduzidas por um coordenador.^[1] As demais características se assemelham as de uma organização projetizada, motivo pelo qual a classifico como matricial, ora moderada ora forte. Sem a característica fraca, bem distante da organização funcional.

EGP Rio é vinculado diretamente à estrutura da Secretaria de Estado da Casa Civil constituído por equipe multidisciplinar composta por 1 Secretário de Estado da Casa Civil, 1 Subsecretário Adjunto, 1 Assistente, 1 Superintendente de Convênios, 1 Superintendente de Projetos, 1 Assessor Especial, 1 Gestor de Programas, 9 Assessores de Projetos, 6 Assessores de Convênios, 11 Assessores de Desenvolvimento de Território e 1 Assessor de Comunicação. Dentre os diversos projetos e programas os destaques são os que envolvem os Jogos Olímpicos, a serem realizados na Cidade em 2016.

Segundo seu próprio site^[2], as ações do EGP RIO hoje são casos de sucesso na gestão pública de projetos, com premiações e visitas de outros EGPs para estudo sobre seu modelo, que está alinhado com ao PMBOK e ao conjunto de melhores práticas em gerenciamento de projetos orientado pelo PMI.

Como sabemos, normalmente os projetos estão contextualizados em grandes organizações e sofrem influência de diversos aspectos tais como grau de maturidade, região, aporte financeiro, etc. No caso do nosso estudo, o EGP RIO se utiliza de dos EGPs Setoriais que tem a função de desenvolver, profissionalizar e disseminar as técnicas e ferramentas de gerenciamento de projetos por todas as Secretarias de Estado e suas empresas vinculadas. Nesse modelo são acompanhados principalmente os projetos estratégicos no que tange o alcance do escopo, prazo, custo e utilização dos recursos previstos.

A estrutura organizacional dos EGPs Setoriais possui um Comitê de Projetos ligado à alta administração da Secretaria de Estado com status gerencial, o que fortalece ainda mais a gestão e a possibilidade de eficácia dos projetos, além de reafirmar o compromisso com o seu sucesso dentro do tempo, qualidade e custo pré-definidos. Ver figura a seguir: Figura 1^[3]

[pic 1]

        Diferente do modelo apresentado, nas organizações não baseadas em projetos (funcionais), que geralmente não possuem sistema de gerenciamento, os profissionais normalmente são reunidos por especialidade, como Vendas, Contabilidade, RH, Engenharia ou Manutenção. Ou seja, as atividades se sucedem de forma independente. Cada érea tem sua hierarquia definida e, muitas vezes, tal modelo organizacional pode denotar fragilidade quando analisamos projetos em uma visão macro, ou seja, reunindo as atividades desenvolvidas separadamente em uma visão projetizada. Segundo o material do curso de Gerenciamento de Projetos Ibmec do professor Ramiro Rodrigues: “Esta lacuna normalmente dificulta a realização de projetos”.^[4]