Bibliografia de Empreendedores Os Lundgren

Os Lundgren

Origem: Herman Lundgren nascido no ano de 1832 na Suécia pertencia a uma família de comerciantes, industriais e navegadores.

Perfil: Herman era determinado, corajoso, tinha facilidade em realizar parcerias, de postura séria, era rigoroso, disciplinado, romântico, tinha iniciativa, atencioso e otimista.

Trajetória: Herman ao completar seus 20 anos de idade, numa família muito humilde, decide imigrar se de seu país de origem Suécia, para tentar uma vida melhor. Seu destino era ir para o Brasil, e ao adentrar no país sofre alguns ferimentos pela forte tempestade que os pegara na embarcação. Seus primeiros 20 dias de estadia foram num leito de hospital na cidade do Rio de Janeiro, após mais um mês e meio decide seguir viagem indo de encontro a salvador onde passavam por uma crise de febre amarela. Após algum tempo decide seguir viagem para Recife, onde se findaria até sua morte 55 anos mais tarde (1907).

Começou sua carreira como intérprete no comércio portuário. Inicialmente simples intérprete, Herman Lundgren estabeleceu se com escritório próprio, cuidava da corretagem de cargas ou, o que ainda era melhor, de exportação por conta própria.

Herman interessou se por couros de cabras, produto que era exportado do interior dos estados nordestinos, assim como outros produtos menos conhecidos como a cera, na qual sua grande utilidade consistia na fabricação de velas. Para adquirir a carnaubeira originária do semiárido nordestino, Herman associou-se com James Frederick onde fundaram a casa inglesa e desenvolveram uma ampla rede de relações comerciais. Ele também passou a comerciar o Sal do rio grande do norte. A partir daí Herman passou a firmar parcerias e contratos, contando com sua facilidade em montar sociedades.

Herman casou-se com uma Alemã que viera pro Brasil como professora de línguas no ano de 1876. Teve uma iniciativa que gerou efeitos imensos, a disseminação da palma forrageira no nordeste brasileiro, importada do Texas, essa planta seria inteiramente desconhecida no Brasil, transformando-a no melhor recurso da região do semiárido.

Apesar de seus múltiplos interesses, Herman Lundgren permaneceu, durante a maior parte da sua vida, sobretudo como um comerciante ligado ao comércio marítimo nacional e internacional.

No ano de 1839, era a época dos primeiros vapores. Com o aumento do movimento do porto, os negócios de Lundgren também cresciam. E ao observar os altos valores da pólvora inglesa e que havia apenas uma fabrica nesse ramo no Brasil, Herman decide criar sua própria fábrica próxima ao porto. Para facilitar a distribuição, ele instalou depósitos de pólvora em vários estados do Brasil. Com a recusa dos navios brasileiros a transportar explosivos, Lundgren adquiriu uma pequena frota de veleiros para esses serviços. Sendo assim, sua fabrica levou o nome de Pernambuco powder factory, porém era mais conhecido como pólvora elephante por causa do seu produto. Foi um empreendimento extraordinariamente bem sucedido e com isso Herman se envolve com a indústria de tecidos de algodão.

O primeiro passo de Herman Lundgren no seu Novo setor de atividades consistiu na compra da fábrica Rodrigues Lima & Cia que ficava no município de Olinda conhecido por Paulista.

Havia muito que fazer mas Herman já não estava sozinho. Com os filhos formados, assumiram posições dentro dos negócios da família. Os primeiros a assumirem posições de comando e os que mais se distinguiram por decisão paterna, foram Arthur que assumiu a direção da fábrica de pólvora e Frederico João assumindo a da Paulista, além da direção geral de todos os negócios da família. Com a morte de Herman Lundgren em 1907 os herdeiros se confirmaram nas posições de comando e demonstraram suas capacidades.

Frederico comprou canaviais, as casas de operários e o barracão da cidade de Olinda. Em 1911, resolveu candidatar-se ao governo do estado, mas por vários problemas e a oposição não obteve êxito. Logo depois, Arthur Lundgren tomava posse como prefeito de Olinda (1913-1916).

A pequena fábrica logo se transformou, expandindo-se, e sendo implantada uma nova unidade fabril a de Rio Tinto. A mesma foi inaugurada em 1924, e a chegada dos Lundgren fez com que eles comprassem todas as terras por volta, até se tornarem donos de toda aquela região.

Os Lundgren ofertava emprego á toda população e dava preferência a contratar famílias inteiras para que pagassem menos, porém de sustento a toda família, mas trazia o lado negativo por nem todos trabalharem bem. Eles foram pioneiros de fato a empregar portadores de deficiência, e essa se tornou a filosofia da empresa: A Família.

De maneira geral, pode-se dizer que a empresa se beneficiou do temperamento complementar do irmãos, Frederico com uma autoridade temperada por um humor peculiar e Arthur uma mistura de autoridade com gentileza. Arthur mostrou-se um excelente administrador, expandindo e consolidando o patrimônio familiar. Frederico foi o mais empreendedor e criativo, sempre inventando novos negócios.

Para alcançar diretamente os clientes, a família fundou a rede de lojas Casas Pernambucanas, que até vendia tecidos de outras procedências, mas cujo forte era mesmo os tecidos próprios. A primeira unidade foi um simples barracão junto à fábrica Paulista, em 1908; em 1920, já eram 200.

Luiz Tarquínio

Origem: Luiz nasceu no dia 24 de julho de 1844, filho de uma ex-escrava, que exercia a profissão de lavadeira na cidade de Salvador – Bahia.

Perfil:

Trajetória: Luiz Tarquínio começou sua vida  de “negócios” muito cedo. Desde pequeno ajudara sua mãe vendendo bilhetes, doces, bolos, peças de artesanato e sendo mensageiro para o pessoal do bairro, para ajudar na renda da casa com a humilde vida que levavam. Aprendeu a ler e escrever com sua mãe, e após começou a frequentar a escola durante três anos apenas.