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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

Por:   •  19/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  959 Palavras (4 Páginas)  •  79 Visualizações

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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) – UNED NI

Disciplina: Economia 1

Docente: Herlander Costa

Discentes: Felipe Gustavo Lins e Diennyfer Alves Silva

RESENHA

REFERÊNCIA

MAZZUCATO, Mariana. “O valor de tudo. Fazer e tirar na economia global”. Coimbra, Editora: Centro de entro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, 2019

A resenha apresentada será de análise descritiva e crítica do artigo científico escrito por Vicente Ferreira, estudante de Licenciatura em Economia do Instituto o Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, João Rodrigues, graduando na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais e Luísa Veloso do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa, que tem como título O valor de tudo. Fazer e tirar na economia global.

O artigo objetifica o que de fato foi significante para gerar e conter a crise financeira que ocorreu no mundo a partir dos anos 2007/2008, tema central do livro de Adam Tooze. Entende-se que o exemplar apresenta quatro aspectos importantes potenciais para o período de recessão. A formação da tempestade, tencionando os desequilíbrios estruturais que geraram as primeiras instabilidades, a crise global que discute o colapso, a zona do euro com foco no continente europeu e as réplicas indicando a década que seguiu.

O ponto de partida evidenciado por Tooze foi evocar que a maioria dos economistas previam a “crise errada” por focarem apenas nos desequilíbrios comerciais entre Estados Unidos e China e ignorar os riscos do próprio sistema financeiro. As diferenças nos modelos de crescimento e nas estruturas produtivas dos diferentes países originaram os primeiros desequilíbrios.

A formação da tempestade surgiu com o desenvolvimento de Wall Street, uma rua em Nova York nos Estados Unidos que abriga diversos escritórios, bancos e sedes do mercado financeiro e de capitais, bem como dos lucros do sistema financeiro estadunidense que eram baseados na captação de capitais para financiar défices do país oferecendo ativos com alto risco, porém com retornos compensadores para quem investisse. Os bancos europeus foram os principais coadjuvantes nessas operações de risco criando uma dependência do mercado interno no que tange a financeirização do capitalismo ocidental. No cenário em que se apresentava, a causa da crise foi representada pela queda dos preços das casas e dos créditos fazendo com que ocorre - se congelamento do crédito implicando na recessão profunda simbolizada pela queda do Banco Lehman Brothers. A crise da dívida privada virou a crise da dívida pública com as seguidas quedas financeiras dos estados.

No caso da zona euro, a austeridade foi necessária para evitar o agravamento da crise bem como foi responsável pela lenta recuperação das economias pela acentuação das desigualdades sociais. Além disso, a política monetária expansionista da Reserva Federal norte-americana permitiu resgatar as instituições financeiras estadunidenses oferecendo liquidez aos bancos para acumularem dólares em suas reservas, ou seja, foi um mecanismo de empréstimo de último recurso. Esse fato, além da manutenção do poderio militar dos EUA garantiam sua liderança como potência mundial mesmo com a ascensão da China. O país asiático por sua vez reforçou os investimentos públicos (cerca de 12,5% do PIB) juntamente com as altas taxas de crescimento e emprego contrariando a recessão global.

Diante do exemplar de Robert Kuttner que tem como título “A democracia pode sobreviver ao capitalismo global?”, uma discussão de como a política e suas ideologias interferiria no regime de recuperação fiscal desses países afetados pela grande recessão. A partir de agora muitos denominavam uma crise das democracias liberais de matriz ocidental de cunho social fomentada por nacional-populistas que tinham como representante Donald Trump. Nesse caso é importante ressaltar que a democracia é a história da luta de classes e das suas cristalizações institucionais nacionais contra uma abordagem exclusivamente política ou econômica. Na realidade, capitalismo e democracia sempre tiveram uma relação que era intrinsecamente tensa e para Robert Kuttner, no período que vai da Segunda Guerra Mundial até 1970 evidenciam – se as circunstâncias históricas que geraram um capitalismo relativamente democrático.

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