Como Liderar diferentes gerações, em um mercado em transformação

ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL – ESAB

Como liderar as diferentes gerações, em um mercado em transformação.

Gabriel Martins Carrara

Resumo: Esse artigo objetiva apresentar um guia de orientação sobre como liderar equipe num contexto de diferentes gerações com diferentes potenciais. Utilizamos, para isso, pesquisa bibliográfica e documental seguida de análise de conteúdo. A metodologia é de ordem qualitativa, trabalhando com  conceitos utilizados por experts na área, tais como Maldonado (2005),  Oliveira (2010), Alves (2015) entre outros. Que se utilizam dos fundamentos de gestão focado na liderança, de geração e suas diferenças em ambientes de trabalho, identificando as diferentes gerações; os diferentes perfis de cada geração. Conclui-se que um guia de orientação contribui com  dicas e orientações  para  uma melhor gestão das diferentes gerações,  para um equilíbrio nas relações profissionais para um ambiente de trabalho saudável, frente a um mercado em constante transformação.

Palavras-chave: Liderança 1. Gerações 2. Ambiente de Trabalho 3. 

1 Introdução

Com o avanço da tecnologia e suas novas formas de realizarmos trabalhos, temos um desafio a frente que é a forma como a geração atual irá se moldar a este novo desafio, e como as novas gerações irão atuar, e  como o encontro destas gerações se dá em um ambiente de trabalho e como liderar estas pessoas.

O presente estudo delimita-se a identificar as diferentes gerações e os diferentes perfis de cada geração; contribuir com dicas e orientações para uma melhor gestão das diferentes gerações, frente a um mercado em constante transformação, e em função de um contexto social, econômico e cultural com forte viés tecnológico.

Neste estudo trabalharemos com o conceito de geração que engloba o conjunto de pessoas nascidos em uma mesma época, num mesmo contexto social, histórico, cultural e tecnológico que determina o comportamento, causando impacto direto na evolução da sociedade e, principalmente, no ambiente de trabalho.

 Utilizando referencial bibliográfico e documental, esse estudo objetiva   desenvolver um guia de orientação sobre como liderar equipe neste contexto de diferentes gerações com seus diferentes potenciais, considerando a discussão que fazem expertos na área que afirmam que uma nova geração surgia a cada 25 anos e que hoje não superam o período de 10 anos. Isso implica um ambiente de trabalho com maior concentração de diferentes gerações com diferentes potenciais.

A metodologia deste trabalho é qualitativa, se baseia numa pesquisa bibliográfica desenvolvida através de livros, publicações em periódicos e artigos científicos, numa pesquisa documental como  forma de coleta de dados em relação a documentos, escritos ou não, livros, revistas jornais, publicações avulsas e teses.

A análise do conteúdo será utilizada para o tratamento dos dados identificando o que está sendo dito a respeito do tema, conforme Bardin (1977, p. 42)

(...) a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.

Assim afirma Puglisi e Franco (2005 p. 25)  “A finalidade da análise de conteúdo é produzir inferência, trabalhando com vestígios e índices postos em evidência por procedimentos mais ou menos complexos.”

Dessa forma a escolha pela análise de conteúdo nos conduz a escolher a unidade de registro que podem ser “características definidoras específicas”,  e ser  de diferentes tipos, tais como “palavra, tema, personagem, item”  e a parte mais ampla do conteúdo a ser analisada, chamada de  unidade de contexto “é indispensável para a necessária análise e interpretação dos textos a serem decodificados (...) e, principalmente, para que se possa estabelecer a necessária diferenciação resultante dos conceitos de significado e sentido” (PUGLISI; FRANCO, 2005, p. 43).

2 Desenvolvimento

É um fato visível que pessoas estão vivendo por mais tempo, e, conseqüentemente, trabalhando por mais tempo. Atualmente, o mercado de trabalho é composto por, no mínimo, três gerações que se distinguem bastante entre si.

Obviamente, essas gerações possuem valores diferentes, maneiras diferentes de se comunicar, agir, ou tomar decisões. A diferença entre os contextos que originaram cada uma dessas gerações é exorbitante e é por isso que esse contexto tem um grande impacto na discrepância existente entre elas.

Para ter uma noção de como esse contexto afeta o comportamento de cada pessoa, é só pensar em como era a organização do mundo e da sociedade na época em que seus pais eram crianças, por exemplo. Imagine como era um mundo sem internet, computadores, ou até mesmo meios de tecnologia mais antigos, como a televisão.

Sabemos da influência que todos esses meios exercem dentro da sociedade e da organização dela. Por isso, talvez se não tivermos vivido na época em que não existia televisão, por exemplo, já podemos imaginar que a dinâmica do compartilhamento de informações era algo completamente diferente do que é hoje.

São fatores econômicos, sociais, culturais e evolutivos que, somados aos paradigmas existentes em cada família, moldam a identidade dos jovens na sociedade. Dessa forma, é importante que os gestores estejam preparados para uma nova realidade, que envolve a integração entre experiência e inovação, isto é, a união de diferentes gerações no ambiente de trabalho.         

De um lado, a Geração Y, com sua necessidade de aprendizado constante, são otimistas e autoconfiantes, as pessoas desse grupo nasceram a partir da década de 80. Esses recém-adultos cresceram em um mundo em que a informática e os aparelhos eletrônicos têm grande importância em suas vidas. Mesmo que lidar com novas tecnologias ainda seja um pouco desafiador, já faz parte do cotidiano dessa geração a busca por novidades em softwares e dispositivos eletrônicos. Um de seus pontos mais característicos é a capacidade de adaptação àquilo que não conhecem, seja na vida pessoal ou dentro das organizações.