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 Culturas Contemporâneas: localismos, comunidades virtuais e Multiculturalismo

Por:   •  10/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.087 Palavras (5 Páginas)  •  315 Visualizações

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ANHANGUERA EDUCACIONAL

FACULDADE ANHANGUERA DE MATÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Atividade de Autodesenvolvimento

Tema 3: Culturas Contemporâneas: localismos, comunidades virtuais e

Multiculturalismo

Profª. Priscila Silva Masselani

Valéria Aparecida Santos             1299102750

                                                                        MATÃO – SP

02 de outubro de 2014

Guariba e sua história

O município de Guariba (SP) foi fundado em 21 de setembro de 1895, coincidentemente com o início da primavera, por isso é conhecida como “cidade primavera”.

Seu contexto histórico começa quando o Brasil passava pela ascensão do café e das estradas de ferro, dominando assim, o mercado mundial da cafeicultura.

Nesta época a mão de obra não era de trabalho escravo, sendo os imigrantes os principais trabalhadores utilizados por fazendeiros em um momento histórico que o transporte ferroviário avançava paulatinamente.

Com a expansão do café por todo o território brasileiro, o Governo libera concessões para a criação de novas estradas de ferro. A história de Guariba começa exatamente com a concessão de prolongamento da estrada de ferro entre Araraquara – Jaboticabal, onde foram criadas as estações ferroviárias de Rincão, Timbira, Motuca, Joá, Hammond e a Estação Guariba que foi instalada em 1892.O nome Estação Guariba foi dado devido aos inúmeros macacos da espécie Guariba que havia na região.

Com a construção da estação ferroviária novos colonos chegavam à procura de trabalho nas fazendas, começando ai a idéia de formação de uma cidade.

Em fase de fundação, Guariba era ligado a Jaboticabal administrativamente e, com a expansão do então povoado, Guariba conquistava a independência a partir de 1904, criando subprefeitura, representações sociais e econômicas, além de ruas e edificações, sendo este o ponto de partida, dentre outros fatos da época que permitiram em 6 de novembro de 1917 que Guariba se tornasse município, através de Lei n.° 1562.

Hoje, com 119 anos, a antiga Estação ferroviária Guariba que deu início a formação da cidade ainda existe, porém, não há mais trilhos ou trem e o prédio atualmente é utilizado como depósito da Prefeitura Municipal, é local de parada de ônibus, sendo conhecido popularmente como rodoviária por ter exercido essa função por muitos anos, há no local também um bar, entre outras coisas. Todavia, Guariba cresceu e, o vilarejo que possuía um pouco mais de oito mil habitantes, hoje, de acordo com o IBGE conta com uma população estimada em cerca de 36.151 habitantes.

Atualmente, a agricultura predominante não é mais o café, mas sim a monocultura da cana de açúcar, outro marco histórico da cidade de GUARIBA (SP), quando à 30 anos, a greve realizada pelos “boias frias” da cidade, ganhou grande repercução, um marco histórico na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais.

Em 2014, justamente no ano em que a greve de Guariba completa três décadas,  a cidade paulista vive os últimos tempos da colheita manual de cana-de-açúcar, terá início no Estado de São Paulo a mecanização total das lavouras de cana, resultado de um acordo entre o governo estadual e os produtores para eliminar as queimadas, indispensáveis ao corte manual.

Principais economias de Guariba.

O fato é que a monocultura canavieira, atualmente o motor da economia de Guariba, já não garante vaga para a maioria de seus moradores. Na época da greve, em 1984, Guariba tinha 10 mil cortadores de cana. Hoje esses números não passam de 1.100.

A maioria dos cortadores vem de fora. Já vieram do Vale do Jequitinhonha (MG) e da Bahia, hoje, os maranhenses são ampla maioria de acordo com o Censo de 2010 que apontou 1.628 postos de trabalho na agricultura em Guariba. Se antes os boias-frias não tinham direitos básicos, hoje falta o emprego.

A Sociabilidade Sincrética dos Migrantes de Guariba

Guariba – SP era vista como a “cidade-dormitório” de economia canavieira.

Assim como a maior parte das pequenas cidades do interior paulista, Guariba passou no final da década de 60 por uma modernização agrária, quando a civilização cafeeira existente na cidade perdeu espaço para a atual civilização da usina.

Neste período, “houve uma reestruturação espacial tanto em relação ao campo como em relação às cidades, não entendida somente a partir do despovoamento do campo e povoamento das cidades, mas também nos aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais”.

Foi a partir dos anos 70 que Guariba recebeu intenso número de migrantes para o trabalho no setor sucro-alcooleiro, advindos de Minas Gerais, Paraná e estados nordestinos.

A chegada destes trabalhadores separou a cidade entre o centro, onde viviam as famílias mais antigas de Guariba, e a vila (bairro Alto), onde se concentravam em sua maior parte os “bóias-frias”.

O bairro Alto, também conhecido como “João-de-Barro” - denominação que chama a atenção para a forma com que as casas foram construídas pelos próprios migrantes, com a “taipa” (lajotas de barro), e não com tijolos e cimento, que é a forma moderna e paulista de construção das casas -, juntamente com outros bairros como o Jardim Hortência, Jardim São Bento e Vila Jordão, constituiam uma precária periferia que, na forma de um “U”, abraçava o centro guaribense, onde encontra-se a prefeitura, o Fórum e o comércio da cidade, assim como as casas de classe média.

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