DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA LOJAS AMERICANAS S.A.
Por: Miche Pasquali • 28/11/2019 • Trabalho acadêmico • 4.089 Palavras (17 Páginas) • 242 Visualizações
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA LOJAS AMERICANAS S.A.
Estudo da situação econômico-financeira dos exercícios sociais de 2016 – 2017
Setembro/2019
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Elaborado por: Micheli Pasquali
Disciplina: Contabilidade Financeira
Turma: 0819-9_1
Introdução
As demonstrações contábeis apresentam a situação econômica e financeira do negócio, por meio das receitas, despesas e gastos, representados pelos custos, despesas, perdas e investimentos, ou por meio do ativo, passivo e patrimônio líquido (LIMEIRA et. al., 2015). Os principais relatórios para demonstrações financeiras são o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados do Exercício e as razões para análise destas demonstrações envolvem os diversos stakeholders impactados pelo negócio, como liberação de crédito, fusão ou incorporação de empresas, fiscalização, controle e investimento de capital. (PADOVEZE, 2010)
A Lojas Americanas S.A. é uma empresa brasileira, fundada em 1929 na cidade de Niterói/RJ, e possui 1.518 lojas em 617 cidades do país, 4 centros de distribuição, 2000 fornecedores e mais de 60.000 itens a disposição de seus 2 milhões de clientes atendidos diariamente (AMERICANAS, 2019). Atua com três categorias de lojas físicas, tradicional, express e conveniência, além do B2W Digital – empresa de comércio eletrônico resultante da fusão de Americanas, Submarino e Shoptime que é líder de mercado na América Latina (WIKIPEDIA, 2019).
O presente relatório se propõe a analisar os exercícios sociais de 2016 e 2017 da Lojas Americanas S.A., com base nas demonstrações contábeis, e apresentar a situação econômico-financeira da empresa. Para tanto, serão exibidas as análises horizontal e vertical do Balanço Patrimonial – BP e do Demonstrativo de Resultados do Exercício – DRE, assim como o cálculo dos índices de liquidez, estrutura de capital, lucratividade e rentabilidade.
Desenvolvimento
Para análise das demonstrações contábeis da Lojas Americanas S.A. será realizada a análise econômico-financeira da empresa, segundo critérios das análises vertical e horizontal e dos indicadores econômico-financeiros, que são os indicadores de desempenho.
Análise horizontal
Segundo Limeira et. al. (2015), a análise horizontal apresenta a evolução de determinado item do demonstrativo, considerando a comparação de dois ou mais exercícios. Ela permite identificar tendências, tomando por base a demonstração mais antiga da série analisada em comparação as subsequentes. A relação percentual entre as séries indica quanto o período é maior ou menor do que o outro. (PADOVEZE, 2010)
Balanço Patrimonial
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A análise horizontal do Balanço Patrimonial revela crescimento em quase todos os itens no exercício de 2017, com destaque para as disponibilidades do ativo circulante, que registrou crescimento de 592% no caixa e bancos da empresa. A conta estoques do ativo circulante cresceu 11,85% e a conta fornecedores do passivo circulante 10,79%. Os empréstimos e financiamentos de curto prazo registraram crescimento de 75,89% e os de longo prazo 11,01% no período analisado. Os dividendos apresentaram queda de 11,54% em 2017.
Houve um crescimento maior na aplicação dos recursos no curto prazo, uma vez que o ativo circulante cresceu 51,93%, enquanto que a aplicação dos recursos no longo prazo cresceu 19,52%, como verifica-se no total do ativo não circulante.
Quanto a origem dos recursos, observa-se crescimento do patrimônio líquido na ordem de 32,19%, impactado pelo aumento do capital social realizado de 172,36%, das reservas de capital de 55,14% e das reservas de lucros de 23,83%, enquanto que o passivo circulante, ou seja, os exigíveis no curto prazo cresceram 27,29% e os de longo prazo 12,67%. Assim, pode-se concluir que o financiamento das operações com recursos próprios apresentou crescimento no período analisado, embora ainda seja inferir ao montante de capital de terceiros aplicado no negócio.
Demonstrativo de Resultado do Exercício
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A análise horizontal do Demonstrativo de Resultado do Exercício também demonstra crescimento em quase todos os itens no exercício de 2017. O resultado operacional apresentou desempenho 33,15% superior, influenciado pelo aumento das receitas financeiras e pequena redução nas despesas financeiras, o que sugere a influência do aumento da conta aplicações financeiras do Balanço Patrimonial (crescimento de 51,38%) e melhora na gestão financeira do negócio.
Esse resultado impulsionou o lucro líquido em 12,27%, apesar do crescimento elevado do imposto de renda e contribuição social (86,09%). Ainda sobre despesas operacionais, observou-se um aumento na conta Estoques do Balanço Patrimonial o que pode ter influenciado o aumento das despesas operacionais gerais e administrativas do DRE em 23,99%.
Análise vertical
O objetivo da análise vertical é avaliar a participação percentual de cada item da demonstração contábil em relação a soma de todos os itens, evidenciando aqueles que possuem maior participação na composição do somatório dos itens. No caso do Demonstrativo de Resultados do Exercício, a análise vertical é importante para indicar qual dos itens influencia mais na formação do lucro ou prejuízo do período analisado (LIMEIRA et. al., 2015).
Balanço Patrimonial[pic 7]
No Balanço Patrimonial considera-se 100% o total do ativo e do passivo na análise vertical (PADOVEZE, 2010).
A análise vertical da empresa demonstra que os recursos estão aplicados em maior concentração no ativo circulante, ou seja, nos realizáveis de curto prazo, na comparação com o ativo não circulante, sendo de 57,60% e 42,40% a participação, respectivamente.
As aplicações financeiras e o estoque possuem maior participação na composição do ativo circulante. A conta estoque apresentava maior concentração sobre o ativo circulante no ano anterior, 2016. No entanto, a conta aplicações financeiras era ligeiramente menor, com 15,60% de participação. Essa análise evidencia que as aplicações de longo prazo sofreram redução na participação sobre o total do ativo em 2017, fazendo crescer as de curto prazo, especialmente a conta disponibilidades, que em 2016 era de 2,30% do total do ativo circulante, passando para 11,66% em 2017. Esse crescimento foi demonstrado também na análise horizontal. Os realizáveis a longo prazo estão concentrados nas contas investimentos e imobilizado (18,33% e 16,15%, respectivamente).
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