Diferença entre RELAÇÕES DE CONSUMO e RELAÇÕES CIVIS

Transcrição

“As sociedades evoluídas repousam sobre uma diversificada base econômica que, acionada pelo trabalho humano, engendra uma serie de bens cuja destinação que participam da vida econômica de uma nação, assim como suas conexões e dependências, somam-se num todo denominado sistema econômico.

A análise da constituição de um sistema econômico tem início pelo levantamento de seus fundamentais.

- Primeiramente, claro, destacam-se os homens que explicam a existência, animam e conduzem o sistema. Presentes no sistema, por meio de sua capacidade de trabalho, são eles os organizadores e executores da produção.”

“A população economicamente ativa, ou seja, a oferta de trabalho com que contra o sistema, caracteriza-se por enorme diversidade de graus e tipos de qualificação. Buscando um meio-termo entre a necessidade de distinguir diferentes graus de capacitação entre os trabalhadores e a conveniente preservação de um alto de generalidade de analise, dividiremos o fator trabalho em duas grandes classes: “qualificado” e” não qualificado”.

Considere-se, grosso modo, um trabalhador qualificado quando suas funções não podem ser exercidas sem um certo período de aprendizado.”

“-Com o proposito de produzir bens, os homens se valem das riquezas e forças que a natureza lhes oferece. Cultivam-na, extraem-lhe matérias primas, exploram seu potencial energético etc. Cabe a denominação recursos naturais aos elementos da natureza incorporáveis às atividades econômicas. Constituem variado conjunto em que se destacam solos agriculturáveis, florestas, jazidas minerais, recursos hidrológicos etc.”

“Podemos, pois, concluir que, em oposição ao conceito caracteristicamente estático de natureza, o estoque de recursos naturais com que pode contar um sistema nada tem de constante.

- O trabalho humano se exerce num contexto econômico que reúne fábricas estradas e uma infinidade de outros elementos, resultantes do próprio esforço humano, empreendido em épocas passadas. Tais elementos constituem, em sua totalidade, o estoque de capital de que é dotado um sistema em determinado momento.”

“Uma das características fundamentais da evolução de um sistema econômico é, no entanto, a crescente distância que separa o início da produção e o consumo final de bens. Assim, numa economia moderna, certos homens trabalham, por exemplo, em siderúrgicas cujo produto é transferido a outras e outras indústrias, para finalmente, após percorrer longa cadeia de transformações, ser entregue a consumidores.”

“A análise econômica, reconhecendo a diversidade de papéis que cabem às muitas unidades de um sistema produtivo, procura, no entanto, classifica-los distinguindo a existência de três grandes setores.

O setor primário engloba as atividades que se exercem próximas à base de recursos naturais (agropastoris e extrativas).

O secundário reúne as atividades industriais, mediante as quais os bens são transformados, sendo-lhes adicionadas características correspondentes a distintos graus de elaboração.

Certas necessidades são atendidas por atividades cujo produto não tem expressão material. A relevância deste complexo campo de atividades (que congrega, por exemplo, transportes, educação, diversões, justiça etc.) do qual flui para o sistema variadíssimo gama de “serviços”, justifica a existência de mais um setor, o terciário.

A importância relativa dos diversos setores na geração do produto total da economia é marcadamente variável, refletindo, entre outros fenômenos, o grau de desenvolvimento econômico alcançado.”

“Os grandes setores da economia compreendem inúmeros ramos de atividades que, por sua vez, reúnem quantidades variáveis de empresas. Articulados os fatores no seio destas unidades, tem curso a produção da qual resultam bens e serviços destinados a atender às variadas solicitações econômicas da comunidade. Tais bens e serviços podem ser assim classificados:

1. De consumo – quando se destinam à satisfação direta de necessidades humanas. Ex: alimentos, roupas, diversões etc.;
2. De capital – não atendem diretamente às necessidades humanas, destinam-se a multiplicar a eficiência do trabalho. Ex: instrumentos, máquinas, estradas etc.;
3. Intermediários – bens que devem sofrer novas transformações antes de tornarem, finalmente, bens de consumo, ou de capital. Ex: gusa, trigo etc.

Às mercadorias e serviços diretamente destinados ao consumo da coletividade, ou a serem incorporados ao estoque de fator capital do sistema, cabe a denominação bens finais. O montante global de bens e serviços finais engendrados num período dado de tempo é denominado produto.”

Ao longo do processo produtivo, cujo desfecho é a obtenção de bens de consumo e de capital, as unidades produtoras efetuam pagamentos ao pessoal empregado, remuneram os proprietários  dos fatores capital e recursos naturais utilizados, e , ainda, realizam seus lucros. A totalidade destes rendimentos constitui a renda da comunidade. Tal “agregado” pode ser assim repartido: remunerações destinadas ao trabalho (salários e ordenados); rendas de propriedades percebidas pelos detentores de capital e recursos naturais ( juros, aligueis, lucros etc.).

O funcionamento das unidades produtoras – integradas num conjunto, o aparelho produtivo – dá, pois, origem a dois fluxos simultâneos : o fluxo real, constituído de bens e serviços; e o fluxo nominal, reunindo os rendimentos distribuídos pelo sistema em operação.”

 Resumo

Um sistema econômico é onde sociedades evoluídas repousam sobre uma diversificada base econômica que, acionada pelo trabalho humano, engendra uma serie de bens cuja destinação ultima é o consumo de seus membros.

Numa primeira abordagem, podem ser divisados no seio de uma população os setores “produtivo” e “dependente”.