ESTUDO DE CASO: A MUDANÇA DO ATENDIMENTO FÍSICO DE UMA ESCOLA DE MÚSICA E TÉCNICA VOCAL PARA O ATENDIMENTO VIRTUAL DURANTE A PANDEMIA COVID-19
Por: robsonpaines • 7/12/2020 • Artigo • 3.066 Palavras (13 Páginas) • 286 Visualizações
ESTUDO DE CASO: A MUDANÇA DO ATENDIMENTO FÍSICO DE UMA ESCOLA DE MÚSICA E TÉCNICA VOCAL PARA O ATENDIMENTO VIRTUAL DURANTE A PANDEMIA COVID-19
Robson Paines da Silveira¹
Jean Paulo de Brito Bade²
RESUMO
No presente papper, vamos abordar a importância do planejamento organizacional em uma empresa. O estudo de caso, leva em consideração a alteração da prestação de serviço antes feita de forma física, para o formato virtual, o que ocorreu devido à pandemia do Covid-19 no Brasil em uma empresa de ensino de música e técnica vocal.
Palavras chave: Planejamento. Tático. Era da informação. Tecnologia. Covid-19. Ensino musical
INTRODUÇÃO
O objetivo geral dessa pesquisa foi demonstrar através do exemplo prático as alterações no planejamento tático e operacional que foram necessárias em uma empresa de ensino de música para adaptar-se ao novo período em que estamos vivendo durante a pandemia do Covid-19 no Brasil ano de 2020. Muitas das estratégias só puderam ser executadas tomando por base, fundamentações teóricas já lançadas nas bibliografias de Alberto Chiavenato na qual procuro demonstrar na fundamentação teórica a fim de que possa auxiliar a outros colegas que possam estar passando por situação semelhante. Demonstro também nesse trabalho a pesquisa de campo realizada a empresa Escola Afinados de Técnica Vocal e música na cidade de Esteio - RS, inscritas no CNPJ: 33.044.422/0001.18.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme CHIAVENATO(2015, p31) “A clara compreensão do que a administração representa hoje exige o conhecimento dos caminhos pelos quais passou a teoria administrativa ao longo de sua breve história..”
É através dessa compreensão que eu quero iniciar nossa fundamentação para conseguirmos nos localizar como cidadão do mundo na história da civilização.
A clara compreensão do que a administração representa hoje exige o conhecimento dos caminhos pelos quais passou a teoria administrativa ao longo de sua breve história. Na realidade, a teoria administrativa tem pouco mais de 100 anos de idade. É certo que na longínqua antiguidade, ao redor de 5.000 a.c., os sumérios já utilizavam registros escritos a respeito das suas atividades comerciais e governamentais. O papel do planejamento e da organização na construção das pirâmides egípcias, da organização e da comunicação no extenso império romano e das primeiras normas legais na Veneza do século XIV mostram que em tempos distantes necessitava-se de algum esquema administrativo para governar países, empreendimentos e negócios. Contudo, a grande virada somente ocorreu a partir do século XVIII com a Revolução Industrial, que mudou profundamente a vida econômica e social do mundo, provocando a substituição das oficinas artesanais pelas fábricas e transferindo o centro dos negócios da agricultura para a indústria. Mas foi somente em 1903 que Taylor escreveu o primeiro livro sobre administração, inaugurando a teoria administrativa e cujo desenvolvimento pode ser explicado por meio de três etapas distintas pelas quais passou o mundo organizacional no decorrer do século XX: As eras da industrialização clássica, da industrialização neo-clássica e da informação. Em cada uma dessas três etapas, a teoria administrativa passou por incríveis mudanças. Vejamos cada uma dessas eras:
2.1 Era da Industrialização Clássica
O período de industrialização foi fundamental para o aparecimento da teoria administrativa. A industrialização clássica teve seu início no final do século XIX, como consequência direta da Revolução Industrial, e estendeu-se até a metade do século XX, mais precisamente até o ano de 1950. É a etapa em que o capital financeiro passou a constituir a principal fonte de riqueza. O surto de desenvolvimento industrial provocou o gradativo distanciamento entre países desenvolvidos e países subdesenvolvidos. O Brasil ingressou nessa era somente no início dos anos de 1940 com um atraso incrível graças aos esforços do governo Vargas de iniciar a atividade siderúrgica no país. Apesar das duas guerras mundiais que a perturbaram nessa era, predominou um ambiente empresarial estável, previsível, tranquilo, exigindo uma postura de permanência e manutenção do status quo nas organizações.
No início da Era Industrial Clássica, predominaram as três abordagens tradicionais da administração:
1. Administração Científica: Aborda a execução das tarefas no nível do operário.
2. Teorias Clássica e Burocrática: Ambas focalizam a estrutura organizacional das organizações.
3. Teoria das Relações Humanas: Enfatiza o papel das pessoas nas organizações.
FIGURA 1. AS CARACTERÍSTICAS QUE MARCARAM TODA A ERA INDUSTRIAL.
[pic 1]
FONTE: CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos : Os novos horizontes em administração. 3. ed. Barueri, SP: Manole, p.32 2015.
Vale a pena conhecer melhor cada uma delas, pois essas teorias nortearam a administração nos primeiros cinquenta anos do século XX. A Era da Industrialização Clássica engatou a primeira marcha no motor das mudanças que haveriam de ocorrer no restante do século XX. A teoria administrativa estava lançando as suas bases fundamentais, preocupando-se com os aspectos prescritivos e normativos sobre como administrar as organizações.
2.2 Era da Industrialização Neoclássica
Esta era perdurou do período de 1950 até 1990 e significou uma etapa de forte transição no mundo dos negócios. O final da Segunda Guerra Mundial liberou as organizações para os seus produtos e serviços originais e o desenvolvimento tecnológico incentivado pelo avião a jato, pela televisão, pela telefonia digital, pelos computadores de primeira a quarta geração e pelo microcomputador, que proporcionou as condições básicas para que as organizações da época produzissem em enormes escalas de produção uma variedade de produtos e serviços realmente inovadores. Os mercados locais tornaram-se regionais e, até mesmo, nacionais ou internacionais. O ambiente de negócios tornou-se mutável e, em alguns casos, instável, por causa das intensas mudanças sociais, culturais, econômicas e tecnológicas dessa época. Para operar com tal complexidade, as organizações precisavam de inovações e mudanças que o tradicional figurino administrativo não permitia em decorrência de sua rigidez e pouca adaptabilidade à mudança. As organizações haviam se acostumado a estabilidade e a certeza. A mudança ambiental trouxe desafios, como a rápida expansão dos mercados, novos produtos, processos e tecnologias e, sobretudo, o surgimento de potências emergentes, como o Japão, seguidas pelos chamados tigres asiáticos e, mais recentemente, o BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. Uma nova realidade começou a mostrar os seus amplos contornos, a globalização da economia e trouxe novos conceitos, como qualidade total, a produtividade, a competitividade, como formas de sobrevivência empresarial. O mundo ficou menor e mais intensamente conectado com as modernas tecnologias de comunicação. Ao longo desse novo contexto surgem as novas abordagens da administração.
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