ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Por: Bereguede • 16/8/2016 • Artigo • 4.784 Palavras (20 Páginas) • 411 Visualizações
GERENCIAMENTO DE ESTOQUES:
ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
Prof. Ms Odilon Carreiro de Almeida Neto
Marcos Benicio Vanderlei de Oliveira Lima Filho
Departamento de Engenharia de Produção,
Instituto de Educação Superior da Paraíba – IESP
Rod. Br 230, km 14, Cabedelo - PB, Cep 58.310-000.
Resumo
O presente trabalho se refere a um estudo de caso na área de Gerenciamento de Estoque de uma empresa localizada na cidade de Cabedelo-PB, que atua no ramo Alimentício. O estudo foi realizado com a finalidade de promover uma visão geral da gestão de estoques da empresa com destaque para o seu setor de estoque de matérias-primas, que não tem uma forma eficiente de controlar as saídas de matérias-primas para a produção. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo principal, analisar o sistema de gestão de estoque da empresa e compará-lo com os principais conceitos existentes na literatura.
Palavras-Chaves: Gerenciamento de Estoque. Administração de Materiais. Produtos Alimenticios.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil os primeiros estudos sobre a teoria de gerenciamento de estoques são da década de 50 e desde então muita coisa tem sido feita, com resultados satisfatórios. Os estoques são componentes extremamente significativos, seja sob aspectos econômico-financeiros ou operacionais críticos.
É de fundamental importância que as empresas comerciais que atuam na área de produtos alimentícios direcionem sua atenção para todos os setores, mas com um cuidado especial para uma área que requer maior atenção tendo em vista serem produtos perecíveis, pois a eficácia deste setor depende do crescimento e a permanência da mesma no mercado.
Com base na extrema importância da Gestão de Estoque de matérias-primas, já que também é responsável pelo bom funcionamento da empresa, controlando a atividade de armazenamento, foi feita uma pesquisa bibliográfica para uma posterior adequação das funções da gestão de estoque.
Sendo assim, uma melhor visão de funcionamento da Gestão de Estoques foi trabalhada, proporcionando para a empresa uma maior capacitação no que diz respeito à administração de tal área e conseqüentemente levantando um melhor entendimento da mesma a respeito da administração dos materiais.
Na empresa citada percebe-se que sua estratégia de controle de estoque possui várias deficiências consideráveis, tornando o sistema de gerenciamento pouco confiável e sujeito a diversas falhas. Com isso, o presente trabalho tem a preocupação de analisar o sistema de gestão de estoque da empresa e compará-lo com os principais conceitos existentes na literatura.
1.1GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
O conceito de estoque é muito amplo. Segundo Viana (2002) estoque pode ser considerado com representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados. De uma maneira resumida estoques podem ser todos aqueles recursos que estão disponíveis em um determinado momento e que uma empresa pode utilizar para dar origem a um bem.
O gerenciamento de estoques tem como principal objetivo de conciliar os interesses entre as necessidades de suprimentos e a otimização dos recursos financeiros e operacionais das empresas. Segundo Viana (2002) nas empresas industriais ou comerciais, os materiais concorrem, quase sempre, com mais de 50% do custo do produto vendido, o que faz com que os recursos financeiros alocados a estoques devam ser empregados sob a forma mais racional possível.
1.1.1 Codificação de itens
Fernandes (1981) dá destaque para três tipos de codificação de materiais mais utilizados. O primeiro tipo de codificação é o sistema alfabético em que os materiais são classificados por meio de letras e a sua principal característica é conseguir associar letras com as características do material.
O segundo sistema de codificação é o alfanumérico. Neste método, como o próprio nome indica, usa letras e números para representar um material (FERNANDES, 1981).
E o terceiro sistema é o numérico, que tem por base a atribuição de números para representar um material (FERNANDES, 1981).
1.1.2 Modelos de reposição contínuo
Observando a Figura 1, Gonçalves (2007, p.151), diz que “o primeiro sistema de controle de estoque é baseado em um determinado nível de estoque, que sinaliza a necessidade de repor um material, sempre que o nível de estoque for atingido”. Dessa forma esse sistema é bastante conhecido como sistema de reposição contínua ou sistema “Q”.
Figura 1: Sistema de revisão contínua “Q”.
Fonte: Gonçalves (2007, p.151).
Para dar um exemplo de como construir um sistema “Q” leva-se em conta que a demanda média (DM) de um produto seja de 200 unidades por dia, o tempo de reposição (TR) seja de 6 dias. A partir desses valores será calculado o consumo durante o tempo de reposição.
Consumo durante o tempo de reposição = DM x TR
Consumo durante o tempo de reposição = 200 x 6
Consumo durante o tempo de reposição = 1200 unidades
Sabendo-se que o consumo médio durante o tempo de reposição é de 1200 unidades e adotando-se um estoque de segurança de 600 unidades, é possível descobrir o ponto de encomenda (PE) através da seguinte fórmula que Gonçalves (2007) adota.
PE = DM x TR x ES
PE
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