Empreendedorismo X Responsabilidade Social

Empreendedorismo x Sustentabilidade e Responsabilidade Social: de que lado você está?

Na década de 20, deu-se inicio ao empreendedorismo no Brasil, com o aparecimento crescente de indústrias.

Com o crescimento industrial, surge na década de 80, na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, a disciplina “Novos Negócios” sendo uma das pioneiras no ensino de empreendedorismo. Quatro anos depois, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi inserida no curso de Ciência da Computação, com o nome de “Criação de Novas Empresas”. Até o final da década, eram poucas as universidades que ministravam esta matéria nos cursos de pós-graduação.

Com isso, as organizações foram pensando sempre em estratégias para lucro crescente no intuito de em primeira mão atender as necessidades próprias, tendo como segundo plano o contexto em que estão inseridos na sociedade e seus compromissos com a mesma.

Mais aos poucos essa realidade vem mudando. Com a globalização crescente e o ser humano na era da informação, estamos passando por processos de renovação constante, de resignificação de conteúdos e de valores, tendo como ponto de partida, as perspectivas de transformações futuras do meio social e político em que vivemos, buscando um aumento qualitativo na vida atual, preocupados com a sua permanência.

Concordamos com a idéia de Almeida (2007) ao afirmar que os conceitos de responsabilidades socioambientais que eram papel do governo mudaram e estenderam-se a todos os setores. Neste contexto, o empreendedorismo no Brasil começou a sofrer pressões sociais, governamentais e de mercado favorecendo a incorporação do conceito de sustentabilidade aos negócios.

Órgãos como o SEBRAE vem impulsionando ações empreendedoras por acreditarem no poder de multiplicação e procurarem um mercado de resultados dinâmicos e responsáveis.

O governo federal vem criando programas como o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que há 60 anos, proporcionam apoio a setores como a agricultura, indústria, infra-estrutura, comércio e serviços, focados em micro e pequenas empresas e tem por objetivo o desenvolvimento de toda a sociedade brasileira, não se esquecendo das dimensões sociais e globais existentes.

Em 04 de julho de 2012 foi lançado pelo governo federal o “Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013”, onde são previstos 18 bilhões de créditos. Com isso, além de incentivar a produção industrial, que está abaixo comparando com o mesmo período do ano passado, promove a inclusão social e incentiva ainda mais atitudes sustentáveis em todo o processo produtivo no campo.

As regulamentações da ISO 9000, ISO 14000, AS 8000, AA 1000, BS 7750 e EMAS (ESTIGARA et al., 2009) são algumas normas e regulamentações criadas para que a gestão ambiental que é obrigação de cada organização se concretize tanto em caráter publico ou privado.

A Rio + 20 desse ano nos trouxeram inúmeros exemplos de como é necessário e possível de pensar no amanhã de uma forma abrangente em quantidade de pessoas favorecidas, onde cada organização, sendo ela de pequeno, médio ou grande porte, pode ir em busca de atitudes sustentáveis, para que todos em um longo prazo, possam projetar sonhos e esperar com harmonia as novas gerações.

As empresas de pequeno porte já existentes, possuem maiores dificuldades, porém também são