Erros de Ford ao Construir a Fordlândia no Brasil
Por: Jean Beltrame • 5/6/2020 • Projeto de pesquisa • 390 Palavras (2 Páginas) • 174 Visualizações
O principal objetivo de Ford ao construir Fordlândia foi a produção de seringueiras, com a intenção de extrair seu látex e poder fabricar sua própria borracha para a produção de pneus. A hegemonia da produção de borracha naquela época pertencia à Inglaterra e importar esse produto iria gerar grandes gastos para a empresa.
Os principais erros de Henry Ford ao construir Fordlândia foram:
Henry Ford não sabia como funcionava a política no país. Jorge Dumont Villares, sabendo que os americanos (empresa de Henry Ford) viriam para o Brasil com a intenção de construir uma cidade, os recepcionou. Mas tempos antes (quando já estava ciente da vinda deles), negociou com o governo do Pará e conseguiu terras gratuitamente. Quando a Ford chegou, ele apresentou apenas terras de sua propriedade, lucrando, assim, 125 mil dólares com terras que tinha adquirido gratuitamente. O terreno da Fordlândia poderia ter saído de graça se tivesse sido negociado diretamente com o governo do Pará.
Baixa qualificação da mão de obra local: Fordlândia oferecia uma boa remuneração do ponto de vista local. Porém, o ritmo e a qualificação da mão de obra dos norte-americanos eram mais rigorosos do que os dos sulamericanos. Havia relógios e sirenes para regrar o horário dos trabalhadores, mas os brasileiros não estavam acostumados com esses fatos.
Fatores socioculturais: havia pouca flexibilidade quando o assunto era relações socioculturais. Os brasileiros foram proibidos de consumir álcool e a se alimentarem conforme os padrões norte-americanos. Comiam, forçadamente, espinafre e enlatados, o que causou um motim em 1930 no refeitório de Fordlândia.
Pragas nas plantações: A técnica de plantação das seringueiras de Ford era bastante semelhante com a de eucalipto, com as plantas muito perto uma das outras, o que não era apropriado, permitindo a propagação de pragas em um possível ataque. os seringais foram atacados pelo “mal-das-folhas”, fungo que reduzia a produção de látex das seringueiras e acabava por matar a árvore.
Fordlândia tardou na contratação de um especialista para colaborar com suas plantações. Apenas em 1932 depois de sucessivos fracassos de produção. Contrataram James R. Weir, que logo constatou que para poder ampliar as plantações deveria mudar o local de cultivo das seringueiras. Após isso se instalaram em Belterra, repararam os erros e com um ambiente que oferecia condições melhores para a produção, houve aumento na produtividade.
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