Estresse no Trabalho: Estudo de caso com gerentes que atuam em uma instituição financeira nacional de grande porte
Por: igdrin • 31/5/2019 • Resenha • 502 Palavras (3 Páginas) • 371 Visualizações
RESUMO: Estresse no Trabalho: Estudo de caso com gerentes que atuam em uma instituição financeira nacional de grande porte
O texto tem por objetivo, através de uma pesquisa com gerentes de instituições financeiras de Belo Horizonte/MG, identificar as causas do estresse ocupacional, que é o estresse relacionado ao trabalho, bem como seus níveis. Os autores apontam como de grande importância entender o papel das rápidas mudanças tecnológicas nas organizações e a necessidade dos gestores de se adaptar e estar sempre a um passo à frente das situações.
As novas tecnologias alteram procedimentos, políticas e estruturas, além do comportamento e a cultura da organização. Para se manterem num mercado cada vez mais competitivo, as empresas precisam desenvolver a capacidade de gerenciar mudanças, o que significa fazer com que a empresa funcione como planejado, dentro da adequação de custos diante mudanças num processo de construção coletiva.
A introdução de tecnologias acarretam mudanças de crenças e valores organizacionais que refletem no desempenho do nível gerencial de uma organização que precisa assumir novas responsabilidades, e olhar sob a perspectiva dessas novas tecnologias, as necessidades da empresa. Tal processo causa impactos múltiplos aos gestores. Nessa nova realidade o nível gerencial pertence a uma cultura que, segundo Cooper (2005), as pessoas trabalham mais horas e mais arduamente a fim de atingir o sucesso pessoal e as recompensas materiais. O estresse ocupacional surge a partir desse fenômeno, onde o gerente se vê em uma rotina desgastante, tensa e de pressão excessiva. O estresse ocupacional é um tema de preocupação crescente, principalmente quando se trata de cargos gerenciais. Toda essa movimentação e renovação nos moldes do trabalho e do emprego podem trazer riscos de estresse, com consequências como doenças físicas e psicológicas.
As fontes de tensão no trabalho podem vir, principalmente, de três estruturas que existem no ambiente da organização que são os processos de trabalho; as relações no trabalho; e a insegurança nas relações no trabalho e convivência com indivíduos de personalidade difícil.
Com a realização da pesquisa foi possível diagnosticar o nível de estresse ocupacional de 168 gerentes que atuam em 100% das agências de uma instituição financeira privada de âmbito nacional, na cidade de Belo Horizonte/MG, em três níveis gerenciais: gerentes de agências, de contas e operacionais.
Os resultados apontaram que cerca de 150 gerentes foram diagnosticados com quadro de estresse, sendo 59 com estresse leve a moderado; 69 com estresse intenso; e 22 com estresse muito intenso. Outra observação foi na questão do gênero que constatou que as gerentes de sexo feminino, comparado aos de sexo masculino apresentam maior percentual de estresse. É relevante ressaltar também que o nível de estresse do gerente está ligado proporcionalmente ao tempo de exercício da função.
Os principais problemas identificados na pesquisa estão relacionados à definição de metas que estão muito além da capacidade de realização, associado ao excesso e ao rigor nas cobranças; a atuação de alguns gerentes fora dos padrões éticos, o que causa muita competição e os avanços tecnológicos que diminuem o quadro de funcionários e aumentam as responsabilidades e a quantidade de trabalhos.
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