Estrutura da educação corporativa
Pesquisas Acadêmicas: Estrutura da educação corporativa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: frvargas • 19/7/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 4.710 Palavras (19 Páginas) • 363 Visualizações
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
Fábio Rodrigo Vargas
RESUMO
A modernização do sistema produtivo vem requerendo maior agilidade no processo de formação e qualificação de seus profissionais, em função de rápidas e intensas mudanças no cenário global. Porém, os currículos das escolas tradicionais não tem acompanhado esta evolução na mesma velocidade, dessa forma o empresariado tem tomado para si a responsabilidade de estimular a formação de seus funcionários e parceiros, através da Educação Corporativa, fazendo uso de tecnologias de treinamentos, recrutamentos e desenvolvimento de pessoas. Com o objetivo de melhorar a qualificação do seu quadro de funcionários.
Palavras-chave: Educação corporativa, gestão de pessoas, recrutamento, treinamentos.
INTRODUÇÃO
A Educação Corporativa consiste em um projeto de formação desenvolvido pelas empresas em função das organizações passarem por um processo de mudança cada vez mais rápido, demandando um aumento na capacitação profissional. Essa demanda tem como objetivo institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, proporcionando a aquisição de novas aprendizagens vinculadas às estratégias empresariais.
Aprendizagem esta que em muitos casos não são encontradas em instituições de ensino tradicionais. Surgindo a real necessidade de desenvolver o conhecimento técnico na organização. Criando se assim a sociedade do conhecimento, cujo paradigma é a capacidade de transformação do indivíduo social por meio do conhecimento, a qual tem a missão de capacitar as equipes de colaboradores, usando ferramentas de treinamento e desenvolvimento humano.
As empresas em vez de esperarem que as escolas tornem seus currículos mais relevantes para a realidade empresarial, resolveram percorrer o caminho inverso e trouxeram a escola para dentro da empresa.
A educação corporativa é um setor de treinamento aperfeiçoado e faz parte de uma ação organizacional planejada de modo sistemático, que possibilita a aquisição de habilidades, assim como o desenvolvimento de estratégias cognitivas que podem tornar o indivíduo mais apto a desempenhar suas funções atuais ou futuras dentro da organização.
Educação Corporativa, não se trata de conjuntos de salas de aula, mas sim estruturas de processos organizacionais que permitem a criação e sistematização de uma cultura de aprendizagem contínua, com a utilização de ferramentas teóricas e práticas para promover o aprendizado, agindo principalmente, a partir do próprio recurso intelectual e pessoal da empresa, onde os funcionários aprendem uns com os outros.
A educação corporativa tende a desenvolver uma visão mais abrangente e estratégica, diferentemente do setor de treinamento e desenvolvimento o qual focava apenas o aprimoramento de habilidades mais técnicas e funcionais, já a educação corporativa serve como um centro para estimular a aprendizagem organizacional gerando o desenvolvimento das pessoas indo muito além da visão técnica, sendo uma boa oportunidade para desenvolver a cultura organizacional.
Com base nos temas apresentados, foi elaborada uma revisão bibliográfica dos principais autores no momento sobre o tema em questão. O resultado dessa pesquisa visa melhorar o investimento em treinamento com os colaboradores, assim como garantir a sustentabilidade na educação e aprendizagem organizacional.
Com base no contexto apresentado até o momento, o presente artigo inicia abordando no capítulo 1 a gestão do conhecimento, no capítulo 2 a educação corporativa, no capítulo 3 abordaremos o recrutamento, no capítulo 4 o desenvolvimento de pessoas, no capítulo 5 abordaremos os treinamentos, no capítulo 6 abordaremos a metodologia e por fim as considerações finais.
1 GESTÃO DO CONHECIMENTO
Mudanças extraordinárias estão ocorrendo no universo empresarial que transcendem um desequilíbrio entre a oferta e a procura, como também ao avanço de novas tecnologias, sendo que a cada dia novos desafios são lançados as empresas para enfrentarem a globalização. Tendo como premissa de que a maior parte das organizações está obsoleta, necessitando de mudanças profundas e imediatas para adaptar-se à nova situação, precisamos alinhar o conhecimento às informações disponíveis no mercado.
Fallgatter (1996) enfatiza o trabalho de Mitroff (1994), que demonstra sua preocupação acerca da necessidade das organizações adquirirem capacidade de coletar, organizar e disseminar informações, de modo a incorporarem inovações, pesquisas e desenvolvimento contínuo.
A implementação de práticas que classificam a compreensão da importância do elemento humano, tendo a educação corporativa como viés de desenvolvimento de pessoas, parece ser o caminho organizacional mais curto para se alcançar a competitividade, o que exige das empresas a capacidade de atrair, desenvolver e reter pessoas talentosas.
Com base nisso as organizações passam a fazer uso do conhecimento como um instrumento para facilitar o seu processo gerencial. Segundo Stewart (1998), o conhecimento tornou-se o recurso econômico proeminente, mais importante do que matéria-prima e muitas vezes mais importante do que o dinheiro. Drucker (1968) assevera que o recurso econômico básico não é mais o capital, nem os recursos naturais ou a mão de obra, mas sim o conhecimento. Afirma ainda que na sociedade do conhecimento os trabalhadores do conhecimento desempenham um papel central, lembrando que o conhecimento é a informação eficaz em ação, focada em resultados.
A criação do conhecimento e os seus tipos estão diretamente ligados a inovação, que busca uma nova teoria da criação do conhecimento organizacional para explicar. Desta forma a abordagem ao tipo de conhecimento parte com uma visão da teoria do conhecimento, tendo como elemento básico a distinção entre conhecimento tácito e explícito.
A criação do conhecimento organizacional deve ser entendida como um processo que amplia organizacionalmente o conhecimento criado pelos indivíduos, cristalizando-o como parte da rede de conhecimentos da organização. Nonaka e Takeuchi (1997).
O segredo para criação do conhecimento está na mobilização e conversão do conhecimento tácito. Surgindo a visão focando na preocupação dos níveis de identidade das criadoras do conhecimento.
O conhecimento tácito é pessoal, específico ao contexto e, assim, difícil de ser formulado e comunicado. Já o conhecimento explícito ou codificado se refere ao
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