Estudo Case Dudalina

1. Ao ler e analisar o artigo discorra sobre os erros cometidos pela matriarca da família, Adelina Souza, na condução do processo de sucessão da Dudalina?

O processo de sucessão dentro das empresas familiares é um desafio tanto para o sucedido, que muitas vezes não percebe o momento que deve ocorrer, como para o sucessor que pela inexperiência pode se equivocar em alguns pontos.

Na Dudalina eles adiaram esse tema porque entenderam, de forma equivocada, que a sucessão só deve ser abordada com a morte ou afastamento previsto de quem está no comando.

Assim, como em milhares de empresas familiares, as principais causas de problemas é a disputa pelo poder pelos herdeiros, e na Dudalina, não foi diferente. A matriarca deveria ter um plano de sucessão elaborado, onde as trocas no comando da empresa não fossem ocorrendo de forma desorganizada e sem o consentimento dos herdeiros.  Em especial na empresa Dudalina onde existe um grande número de filhos, que possuem visões diferentes, personalidades distintas.

   As trocas de comando da empresa foram sempre feitas pela vontade da fundadora, ou seja, ela decidia quem assumia a presidência. Os desentendimentos e divergências de idéias entre os herdeiros eram frequentes, a ambição pelo poder máximo da empresa sempre predominou. Ela deveria ter administrado esses conflitos não como mãe e sim como empresária, acredito que se misturaram muito os sentimentos e por esse motivo alguns filhos se sentiram prejudicados e houve essa disputa de egos.

2.Caso você fosse uma consultora que atuasse com empresas familiares, quais as estratégias iria sugerir à matriarca para que a “troca de bastão” ocorresse de uma forma que preservasse a união da família e o crescimento da empresa ?

Passar o bastão para os sucessores é um dos grandes desafios das empresas familiares, sendo um dos principais dilemas separar as relações familiares do ambiente profissional.

Para se evitar problemas no futuro o melhor momento para falar sobre sucessão é o presente, procurar a ajuda de um profissional elaborar um planejamento sucessório, a organização será positiva para manter o patrimônio e torná-lo governável. Elaborar um protocolo familiar para deliberar sobre o papel de cada membro da família no negócio é o primeiro passo, além de buscar o constante autoconhecimento, entendendo sobre limites, qualidades, defeitos e reconhecendo os problemas de convivência e o caminho para diminuí-los.

Os herdeiros devem ser conscientizados de que não vão herdar uma empresa, mas uma sociedade composta por pessoas que não se escolheram. Assim, é preciso separar claramente os conceitos de família, propriedade e empresa. Durante todo o processo, deve haver um clima de diálogo para tratar dos conflitos já existentes e dos que podem surgir. Enfim tudo deve ser feito de forma a amenizar possíveis conflitos de forma que a empresa não seja a principal prejudicada.