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Estudo de caso - Clube do bolinha

Por:   •  25/5/2016  •  Abstract  •  440 Palavras (2 Páginas)  •  282 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO BACHARELADO EM ECONOMIA

DISCIPLINA – INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO – CASO 2

PROF. MARCO AURÉLIO BENEVIDES DE PINHO

ALUNA: NATTALLYA W S RIBEIRO

Estudo de Caso: Uma cultura discriminadora e impertinente – A CIA

        

Culturas fortes nem sempre são positivas. A agência americana de informações, a CIA, é um exemplo de organização dotada de forte cultura, mas cujos valores centrais afetam adversamente o desempenho da organização.

        No momento em que Janete encerrou seu treinamento na Vigínia (EEUU), ela parecia uma espiã perfeita. Extrovertida e afável, ela entrosava-se facilmente em culturas estrangeiras – uma herança por haver sido criada no exterior. Na Universidade de Tokio, Janete adquiriu fluência em Japonês. Agora, hábil na abertura de fechaduras e instalação de câmeras ocultas, a espiã de 26 anos aguardava ansiosamente sua primeira missão no exterior. Mas o “clube do Bolinha” da CIA não estava tão ansioso para ter Janete em suas fileiras. Mulheres espiãs nunca foram totalmente aceitas no mundo machista e beberrão do serviço clandestino da agência. Frustrada, Janete deixou a agência.

        Irritadas por um clima de dominação masculina e pela desigualdade nas promoções e designações para missões, as espiãs da CIA exigiram mudanças. Para muitos, não se trata apenas de uma questão de dinheiro e justiça. A mentalidade de “clube do Bolinha”, segundo muitas mulheres da CIA, desperdiça muitos de seus grandes talentos, bloqueando com isso a missão básica da agência.

        O assédio sexual tem sido um problema ainda maior na CIA. Quase 50% de todas as mulheres brancas denunciaram ter sido sexualmente assediadas. Como herança dos anos 1950, a fixação em fotos de mulheres nuas e piadas sexuais grosseiras são comuns entre alguns funcionários do sexo masculino. As mulheres se queixam de um ambiente de trabalho hostil, repleto de comentários, piadas, placas e cartazes insensíveis ou depreciativos.

        As mulheres que tentam combater o “clube do Bolinha” pelos canais oficiais frequentemente recebem uma retaliação violenta. Existe uma forte percepção no interior da CIA de que aquelas que se queixavam não recebiam ajuda ou, o que era pior, colocavam suas carreiras em risco. Outra funcionária, Jeniffer, que em outros aspectos teve uma carreira destacada dentro da agência, viu sua perspectiva de promoção barrada após queixar-se oficialmente de que um chefe, numa reunião com funcionários, havia se referido a “minorias, mulheres e outros animais bicéfalos”. Se “alguém se queixa, é considerado traidor do sistema”, diz Jeniffer.

Adaptado de Robbins, S. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2003.

         

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