Estudo do caso 1.1

Licenciatura em Relações Empresariais

Introdução à Gestão

Victor Manuel Domingos Tavares

Estudo de caso 1.1

Alexandra Caetano Monteiro

Instituto Superior de Administração e Gestão

Porto, outubro de 2015

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Questões

1. Que razões terão motivado o recrutamento do novo CEO no exterior em vez do recrutamento interno, face ao diagnóstico feito pelo CEO? Concorda? Justifique a resposta.

As razões que podem ter levado a motivação de um recrutamento de um novo CEO no exterior em vez de um recrutamento interno, pode estar relacionado com o facto de a situação na empresa se apresentar muito má. Os sócios acharam que os seus descendentes não teriam conhecimento ou experiência para conseguir recuperar de uma situação tão desfavorável como a da empresa. Por outro lado, como havia uma falta de gestores intermédios qualificados, não dariam conta da situação, visto que não tinham feito nada até aquele momento para evitar a situação.

Na minha opinião, a contratação de um CEO com um bom conhecimento do mercado traz duas vantagens: a primeira é fazer uma análise profunda e imparcial da realidade que encontra na empresa, já que desconhece o seu histórico. A segunda é que pode ajustar os seus conhecimentos e experiência na nova organização.
Face ao diagnóstico feito pelo CEO, concordo principalmente, em relação as dificuldades de adaptação às alterações do meio envolvente.
Os sócios não quiserem explorar novas técnicas e tendências, preferindo sempre continuar a gerir a empresa da mesma forma que no passado.

1. Faça uma análise dos stakeholders da empresa.

A análise dos stakeholders da empresa passa por identificar os principais stakeholders, ou seja, os que têm uma ligação direta com a empresa e que têm poder negocial bastante para afetar diretamente as atividades da organização. No nosso caso de estudo, os principais stakeholders da empresa são os fornecedores, os funcionários e os bancos.
Os fornecedores querem encomendas previsíveis e receber o pagamento das suas faturas atempadamente. As instituições financeiras querem que a empresa tenha capacidade financeira para pagar os juros das suas dívidas e reembolsar o capital. É claro que para que isto seja possível, tanto fornecedores como bancos procuram parceiros que tenham capacidade produtiva para fazer frente as exigências do mercado. Infelizmente, na empresa em questão este equilíbrio entre custos e benefícios não estava a acontecer.

A relação entre a empresa e cada um dos principais stakeholders é regulada por acordos verbais ou escritos e pelas leis.

1. A que se deve a surpresa dos três sócios, ao constatarem que os prejuízos do último ano eram muito superiores aos do ano anterior e aos resultados previstos?

Os sócios ficaram surpresos com os prejuízos, pois achavam que como as coisas na empresa, sempre correram bem, com a mesma maneira de atuar, iriam sempre continuar a correr bem, mesmo sem se adaptarem as novas tendências. A análise que eles faziam dos seus dados contabilísticos deveria ser muito básica, talvez comparando o volume de vendas entre anos consecutivos, sem se preocuparem com o crescimento da dívida da empresa, motivado por exemplo pelo crescimento dos juros dos empréstimos celebrados com as instituições financeiras.

1. Os três sócios eram verdadeiros gestores? Justifique à luz das funções dos gestores.

Os três sócios não eram verdadeiramente gestores, pois precisavam de ter uma boa gestão da empresa para poderem realizar de uma forma eficaz e eficiente certas funções, nomeadamente:

• Planeamento – Os sócios deveriam determinar os objetivos a atingir e definir estratégias, o que não acontecia, pois eles acabam por fazer concorrência aos seus próprios clientes. Deviam determinar as ações a desenvolver que permitissem alcançar esses objetivos e não o faziam, porque tinham várias dificuldades de adaptação às alterações do meio envolvente.

Possuíam demasiada diversificação dos produtos, tendo em conta as capacidades da empresa, falhando assim na planificação dos recursos necessários.

• Organização – Passa pela distribuição das tarefas e dos recursos entre os membros da organização de modo a que os objetivos definidos sejam alcançados, o que na empresa não acontecia, porque havia falta de gestores intermédios qualificados, designadamente nas áreas de produção, comercial e financeira que acabam por se limitar a receber as encomendas que chegavam dos clientes.  
• Direção – Os sócios não estavam a conseguir selecionar o canal de comunicação mais adequado e resolver os conflitos dentro da organização, pois existiam conflitos abertos ou latentes entre o diretor financeiro e os responsáveis das áreas de negócio.

• Controlo – Os três sócios, se fossem verdadeiros gestores, teriam como função assegurar que os objetivos eram executados conforme o planeado, para não acontecer como aconteceu e os stocks serem demasiados elevados e prazos de cobrança serem muito dilatados, com reflexos negativos na tesouraria da empresa.

1. Que aptidões ou capacidades de gestão terão faltado aos três sócios e que levaram à situação atual da empresa?

A falta de algumas aptidões e capacidades de gestão nos três sócios, foi o que levou a situação atual da empresa.

Para um gestor ser eficaz e eficiente deve possuir e continuar sempre, a desenvolver um conjunto de aptidões essenciais tais como:

Aptidões em relações humanas , a capacidade de compreender, motivar e obter a adesão das outras pessoas e isso não estava acontecer, pois os três sócios já estavam a começar a complicar as relações com os principais stakerholders empresa.

Em relação as capacidades, faltava-lhes fazer certos investimentos constantes na sua formação profissional, manterem-se bem informados, tendo uma visão global do mundo, dos negócios, das outras organizações a sua volta, das novas tendências e das várias formas de atuação de outros gestores.