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Florestas e Agronegócio e sua cadeia produtiva

Por:   •  7/8/2015  •  Artigo  •  3.707 Palavras (15 Páginas)  •  148 Visualizações

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Florestas e Agronegócio e sua cadeia produtiva

Paula Marinho da Silveira[1]

O desenvolvimento florestal visa o aumento da produção de madeireiros e não madeireiro em parceria com a sustentabilidade, e isso implica a necessidade de conscientização educacional, com aplicação de novas técnicas e incentivo econômico. Seguindo lado a lado com a oferta de empregos visando a redução da pobreza bem como a correta utilização dos recursos naturais.  

Palavras Chaves: Cadeia Produtiva. Sustentabilidade. Agronegócios.

Introdução

A globalização exige que as empresas implementem novas técnicas para atuarem sem prejudicar o meio ambiente, e isso demanda mais e melhor conhecimento da organização e do funcionamento dos sistemas agroindustriais. Esse conhecimento e  mais exigido dentro do setor florestal, que requer o conhecimento ampliado das diversas cadeias produtivas de base florestal, avaliando todos os agentes produtores bem como os derivados  da madeira no setor primário da economia.

O presente trabalho tem por objetivo uma revisão de literatura sobre a importância das florestas e o agronegócio, demostrando através de dados secundários uma visão ampla sobre sua potencialidade para a economia do pais e o desenvolvimento para o bem-estar.

O Papel das Florestas para o Desenvolvimento da Sociedade Brasileira e Mundial

O setor florestal brasileiro além de despertar o desenvolvimento socioeconômico do país, também contribui para a garantia  do equilíbrio ambiental e da biodiversidade.

Hoeflich 2004, diz que, o setor florestal precisa de reconhecimentos em suas funções básicas de produção e de conservação, o autor conceitua:

Função indutora para o desenvolvimento econômico: reconhece-se plenamente que o manejo e a utilização correta das florestas brasileiras contribuem para o desenvolvimento econômico do nosso País.

Função estimuladora do desenvolvimento social: envolve questões complexas e bastante carentes de recursos financeiros e humanos. São temas de grande relevância e diversidade regional, envolvendo pequenas propriedades, extrativistas, e comunidades dependentes de sistemas naturais.

Função contributiva para a manutenção da biodiversidade e do equilíbrio ambiental: esta função existe se atividades de pesquisa e investigação científica forem mantidas pela sociedade.

A atividade florestal, gera insumos para a construção civil e movelaria, fibras para papéis e embalagens, produtos químicos, alimentícios e energéticos, e esses produtos ao serem confeccionadas esses bens e serviços forem produzidos de forma sustentável e com o menor impacto possível sobre o ambiente. Entre esses aspectos de maior relevância, o aumento da produtividade do trabalhador florestal, requer mais capacitação para que ele desenvolva uma consciência para o uso racional dos recursos,  dando ênfase  a criação de reservas e áreas de preservação, fundamentadas em planos de zoneamento ecológico-econômico.

O levantamento da situação florestal mundial da FAO indica uma crescenteconsciência quanto à importância que as florestas exercem sobre a conservaçãodos solos, o combate à desertificação, o controle de avalanches e a proteção dasáreas litorâneas. Entre os bens e serviços florestais, são citados: madeira para fins industriais, lenha, produtos florestais não madeireiros como fibras, alimentose remédios; conservação da água e do solo, purificação da água e do ar,reciclagem de nutrientes, manutenção da diversidade biológica (habitats,espécies e recursos genéticos), mitigação das mudanças climáticas, sequestro decarbono; recreação, e proteção do patrimônio natural e cultural (FAO, 2005).

Estudos realizados por institutos de pesquisa e agênciasinternacionais concluem que a demanda da maioria dos produtos florestaiscontinuará crescendo, pelo menos nos próximos 20 anos. Relatórios da FAOindicam que com o aumento da população mundial e do consumo per capita,estima-se um consumo de madeira da ordem de 1,6 bilhão de metros cúbicos/ano, havendo projeções para 2050 de 2 a 3 bilhões m³/ano, com um aumentoaproximado de 60 milhões m³/ano.

Sabendo que a atividade florestal é de utilização intensiva e anual, é necessário que seja evitado  o seu em determinados períodos do ano. E durante essa pausa, os trabalhadores poderiam optar por atividades com menor demanda por mão-de-obra pelas atividades agropecuárias tradicionais.

O Agronegócio Florestal Brasileiro e as Cadeias Produtivas Florestais

O Brasil detém a segunda maior área florestal do planeta, ficando atrás apenas da Rússia. As florestas brasileiras somam cerca de 550 milhões de hectares, superfície maior que toda a Europa, e ocupam mais de 60% do território nacional. Somente a Amazônia possui 30% das reservas mundiais de floresta tropical densa e detém 80% do potencial madeireiro do País, ficando os 20% restantes, distribuídos pelas demais regiões (MMA, 2005).

O Norte e o Centro-Oeste quase não utilizam para consumo próprio seu potencial florestal. O Nordeste importa quase toda a madeira que consome. As regiões Sul e Sudeste, com suas reservas nativas praticamente esgotadas, são grandes consumidoras de madeira, com a demanda superando a oferta, sendo, portanto, a madeira proveniente de plantações florestais para fins comerciais ou de reflorestamentos, muito importantes no suprimento das necessidades regionais (MACIEL, 2003).

As espécies mais utilizadas nos plantios florestais são Eucalyptusspp (E. saligna, E. urophylla, E. citriodora, E. grandis), Pinus subtropicais (P. elliotti, P. taeda, P. patula) e Pinustropicais (P. caribaea, P. oocarpa e P. hondurensis). Outras espécies com áreas plantadas relevantes são Araucariaangustifolia, Hevea brasiliensis, Acaciamearnsii, Tectonagrandise,Gmelinaarborea. Dos 240 milhões de m³ de madeira cortada anualmente, 56% (137,8 milhões de m³) é proveniente de floresta nativa e 44% (108,2 milhões de m³) de plantações florestais para fins comerciais. Essa produção equivale e 17,6 milhões de m³ de madeira serrada, 4,3 milhões de m³ de chapas, compensados, mdfe aglomerados, e 6,5 milhões de toneladas de celulose (HOEFLICH e SCHAITZA, 1998).

O setor florestal brasileiro contribui com cerca de 5% na formação do PIB Nacional e com 8% das exportações; gera 1,6 milhão de empregos diretos, 5,6 milhões de empregos indiretos e uma receita anual de US$ 20 bilhões; recolhe anualmente R$ 3 bilhões de impostos; conserva uma enorme diversidade biológica; tem 6,4 milhões de hectares de plantações florestais para fins comerciais, sendo 4,8 milhões com florestas de produção de Pinus e Eucaliptos; mantém 2,6 milhões de hectares de florestas nativas, inseridas nos reflorestamentos; e possui cerca de 15 milhões de hectares de Florestas Nacionais (IPEF 2002).

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