GESTÃO DA GESTÃO
Seminário: GESTÃO DA GESTÃO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: joemantovani • 30/10/2014 • Seminário • 2.121 Palavras (9 Páginas) • 257 Visualizações
O CONTROLE GERENCIAL
O sistema de controle gerencial apresenta-se como a ferramenta de gestão capaz de direcionar e impulsionar os esforços individuais para alcançar os objetivos e metas globais da organização. Segundo Dyment, controle gerencial consiste em: "... estabelecer metas, atribuir responsabilidade para obtenção de um resultado, comparar o que ocorreu verdadeiramente como o que se esperava e tomar as atitudes corretivas, se necessário".
Para Maciarello e Kirby: " os sistemas de controle devem ser formulados de tal maneira que sejam capazes de promover a unidade de propósito através da utilização dos diversos esforços individuais dentro de uma organização. A tarefa do controle administrativo é obter a unidade na diversidade, por meio do uso da comunicação e da coordenação durante o processo de consecução das metas de curto prazo e objetivos de longo prazo na organização como um todo.
Sendo assim, o sistema de controle gerencial atuara de forma integrada e coordenada, tornando-se um instrumento de gestão capaz de auxiliar a administração à influenciar positivamente o comportamento humano na consolidação dos objetivos individuais em prol das estratégias globais da organização.
Na visão de Gomes e Salas, as características peculiares de cada organização e seu contexto social serão responsáveis pela escolha de determinado sistema de controle. O sistema de controle relaciona os elementos internos e externos que influenciam o comportamento dos indivíduos de uma organização, direcionando- o aos objetivos globais da empresa.
A estrutura de controle compreende o sistema de medidas, o sistema de informações e o sistema de incentivos. O processo de controle compreende a formulação de objetivos, o orçamento e avaliação de desempenho. Num sistema de controle eficaz, o critério primário é a congruência de metas. Um grau ótimo de controle não é nem muito folgado, para não induzir caos, nem muito apertado para não ter burocracia sufocante. Um sistema de controle compreende os indicadores de controle, o sistema de informações e os incentivos.
O sistema utilizado numa organização pode ter tanto fechado-racional como aberto-natural. Em um sistema aberto-natural o numero de variáveis e seu inter-relacionamento não é fixo, ou seja, possui um alto grau de incerteza. Sendo assim, deve ser flexível para se adaptar às perturbações ambientais a fim de sobreviver. Já em um sistema fechado-racional, o grau de certeza é alto, isto é, o numero de variáveis e o relacionamento entre elas podem ser apreendidos e controlados de forma previsível.
Segundo Gomes e Salas, não podemos entender um sistema de controle apenas sob uma perspectiva técnica, mas também temos que analisar o contexto cultural, histórico e organizacional. As características mais determinantes são: sua dimensão, a relação de propriedade, a cultura, o estilo dos gerentes e as relações interpessoais, o grau de descentralização e a formalização da atividade.
Neste sentido, os mesmo autores propõem diferentes tipos de controles organizacionais adequáveis segundo o tamanho e o contexto social de que se encontram as organizações. São eles:
a) Controle familiar: é utilizada em empresas com dimensões pequenas e inserida em ambientes estáveis, o que favorece um controle mais informal. Apresenta uma estrutura bastante centralizada, existe um pequeno grau de delegação, mas a gerência centralizada grande parte das decisões.
b) Controle Burocrático: é característico de ambientes pouco competitivos e de organizações de grande porte, fortemente centralizadas e fechadas para o exterior. Outro aspecto fundamental é manutenção de uma cultura avessa à mudanças e a adoção de uma estrutura funcional dividida hierarquicamente, com grande numero de cargos de chefia e pouco autonomia nas decisões.
c) controle de resultados: o controle por resultados promove um elevado grau de descentralização, aumentando a autonomia e a responsabilidade. Este tipo de controle costuma existir em contextos sociais muito competitivos e é baseado em sistemas de controle financeiro com critérios de gestão, descartando o uso exclusivo de registro contábil.
d) Controle ad-hoc: este baseia-se, fundamental, na utilização de mecanismos não formais que promovam o autocontrole e normalmente desenvolve-se em ambientes de grande complexidade e dinamismo.
Em relação ao comportamento, capacidade de crescimento e expansão para novos mercados, Macintosh identificou quatro tipos de organizações com base em suas estratégias competitivas. São elas:
a) Organização defensiva: domina e defende, agressivamente, um nicho produto-mercado bem definido, estável e maduro;
b) Organização prospectiva: esta sempre movimentando o mercado ao colocar novos produtos antes da concorrência;
c) organização analítica: basicamente uma combinação das duas primeiras. Mantém seu domínio estável em um produto-mercado e copia sucessos desenvolvidos por outras organizações;
d) Organização reativa: é uma organização que se limita a reagir às situações criadas pelo mercado, assumindo um comportamento passivo.
Estas tipologias apresentada nem sempre são possíveis de se identificar claramente e separadamente nas empresas. É possível que em algumas empresas encontraremos mais de uma dessas tipologias.
A identificação do tipo de controle a ser utilizado e as características da organização contribuirão para o desenho do sistema de controle que será responsável pela sua utilidade perante os gestores. O desenho compreende a estrutura do controle e o processo de controle. A estrutura de controle deve considerar os indicadores que possibilitarão o controle de cada unidade, a mensuração de sua atuação e o sistema de informação que permita o acompanhamento periódico da evolução dos indicadores identificados. Já o processo de controle representa o planejamento, a avaliação do resultado e as decisões corretivas.
O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Himal e Helais mencionam que, a incerteza em relação ao resultado de uma ação de internacionalização aumenta com a distância. Carlson diz que o processo de internacionalização se assemelha a andar de forma cautelosa em terreno desconhecido;
Já Daniels e Radebaugh identificam quatro razões principais para a internacionalização das atividade de uma empresa: a) aumento das vendas através do aumento de volume das mesmas - principal motivo; b) aumento da fonte de suprimentos - visa a redução de custos; c) diversificação de
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