Gerenciamento de estoque em Just In Time
Tese: Gerenciamento de estoque em Just In Time. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fmbbtls • 28/3/2014 • Tese • 4.959 Palavras (20 Páginas) • 372 Visualizações
Gestão de Estoques no Sistema Just in Time: Uma Adequação aos Novos
Tempos
Rafael Marques Ribeiro1
Resumo: Muitas organizações trabalham com o sistema de estoques, mas, no
entanto, sentem a necessidade de reduzi-lo, pois além de ser responsável por
elevados custos de sua manutenção, podem apresentar perdas. Tal situação
compromete também a resposta à demanda, já que esta deseja receber o
produto quando necessita e deseja. Para auxiliar nesta questão, a empresa deve
definir qual será a sua política de produção. O modelo Just in Time tem sido
defendido por muitos teóricos como o modelo de produção mais adequado, já
que os benefícios conquistados são inúmeros por empresas que já o utilizam.
Palavras-chave: Estoque; Just in Time; Produção; Demanda.
1. INTRODUÇÃO
Estoques são acumulações de matérias-primas, suprimentos,
componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em
numerosos pontos do canal de produção e logística da empresa.
A visão tradicional de gestão de estoques diz que os produtos devem
permanecer estocados por diversos motivos, dentre os quais, podemos citar:
acomodar variação nas demandas, produzir lotes econômicos em volumes
acima do que realmente é necessário, para não perder vendas, dentre outros.
Contrapondo-se a este modelo tradicional, o modelo Just in Time,
resumidamente chamado de JIT, foi desenvolvido na Toyota Motor Company, no
Japão, após a II Guerra Mundial e é parte fundamental da filosofia japonesa de
produção. A experiência japonesa se deu com base nas circunstâncias
econômicas e logísticas diferenciadas que imperaram em seu país nos últimos
40 anos. Pode-se dizer que a técnica foi desenvolvida para combater o
1 Graduando em Administração
Universidade Estácio de Sá – Macaé, RJ.
adm.rafael@edu.estacio.br
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desperdício, pois buscava ser um sistema em que pudesse coordenar
precisamente a produção com a demanda por diferentes modelos e cores de
veículos com o menor nível de estoque, e de capital de giro possível. Toda
atividade que consome recursos e não agrega valor ao produto é considerada
um desperdício. Desta forma, estoques que custam dinheiro e ocupam espaço,
transporte interno, paradas intermediárias – decorrentes das esperas do
processo, refugos e retrabalhos são formas de desperdício e consequentemente
devem ser eliminadas ou reduzidas ao máximo. Com isso, conclui-se que o JIT
teria nascido em função de restrições de capital de giro e cujo objetivo principal é
ter disponível apenas o estoque necessário para atender às necessidades
imediatas de produção.
O sistema JIT é uma derivação do sistema japonês “Kanban”, cuja palavra
significa cartão ou tíquete. Sendo que o método Kanban corresponde a um
sistema manual de informações desenvolvido pela Toyota a fim de
operacionalizar o Just in Time. O Kanban é na verdade uma ferramenta de apoio
ao sistema JIT, para que o objetivo deste modelo de produção seja alcançado.
Vale ressaltar que as empresas, hoje, têm custos elevados em seus
setores de produção, e o setor de estoques normalmente é responsável por
elevadas cifras. Reduzir esses custos é uma tarefa fundamental e diária nas
mais diferentes organizações. E ao adotarem o modelo just in time, acreditam
que além de enxugar o processo, terão reduções significativas em seus custos
com estoques. O JIT é hoje um dos modelos de produção mais adotados em
termos mundiais, por ser um exemplo claro de sucesso, como obteve a própria
Toyota, que o desenvolveu.
A mudança no modelo de produção exige das pessoas envolvidas uma
mudança de pensamento e uma total quebra de paradigmas, porque é
necessário para que o sucesso do sistema seja alcançado. É claro que
mudanças no início podem trazer uma série de transtornos, mas com o tempo
percebe-se que uma decisão correta foi tomada. Muitas empresas utilizam o
modelo JIT sem conhecê-lo, desenvolvendo em seus setores produtivos apenas
as idéias do modelo. E há empresas que não adotaram, mas é notável o
problema que apresentam em relação aos custos produtivos.
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Percebe-se ao longo da história que, avanços têm ocorrido nesta área
através da adoção do sistema JIT, mas ainda se tem muito a avançar. É
importante ressaltar que, no modelo antigo da cadeia logística predominava o
sistema empurre, onde a capacidade total de produção era utilizada, sem
priorizar a demanda. Desta forma, um grande
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