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Gestão Pública um Breve Resumo de Sua Ontologia

Por:   •  12/11/2021  •  Resenha  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  104 Visualizações

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Precisamos entender por que os processos são da forma que são a ponto de provocar indignação e ameaça de ruptura por parte da parcela da sociedade que não é devidamente contemplada – mas sem uma reação contundente e transformadora. Ou pondo o problema de outra forma: por que depois de mais de cinco mil anos de trajetória civilizatória o homem ainda luta para sobreviver, tal qual se preocupava e lutava em tempos primitivos, nos termos do homem puro.

Há um conservadorismo nas transformações que é resultado de ações cotidianas que preservam os interesses de classes dominantes, mesmo que, mudanças sejam exigidas, na essência, nada muda, mesmo que o prejuízo seja para todos.

Estas classes dominantes, criam impedimento de adesão de outros interesses no resultado do esforço coletivo, não só no momento da ação, mas sempre, com a criação de “leis científicas”, princípios morais, etc com caráter preservacionista e justificadores em nome do processo civilizatório, de um devir que é seletivo e excludente. Onde o excluído não considera haver alternativa a forma como as coisas são, ordem natural, pois qualquer ação é tida como subversão da ordem.

Dessa forma, foi estabelecido há milênios uma estratificação social impiedosa, onde havia os agraciados divinamente,donos do capital, que tinham a distribuição a seu favor em detrimento dos trabalhadores, em geral, escravizados. Sob o lema renascentista, que alegava precisar alcançar um estágio de estabilidade (política e de organização social) para poder se edificar em condições favoráveis, mas após 300 anos, o que resta, ainda, é esperar.

Assim, com a revolução francesa, o lema: liberdade, igualdade e fraternidade, representava que todos teriam as mesmas condições de oportunidade, sob ele era que o capitalismo deveria caminhar. Contudo, esta liberdade e igualdade pregada está distante, entretanto, quando algum insurgente ameaça a “democracia liberal” sofre retaliações, pois é posto que a única esperança e sentido de viver é acreditar nessa miragem.

 Tudo isso, se relaciona com a estratificação, onde as posições de poder e capacidade dos estratos de se apropriar daquilo que é socialmente produzido já está determinado, ou seja, não há alternativas, nem espaço para a consciência de classe. Com isso, pode-se observar que as relações totalitárias estão suprimindo do indivíduo a sua autonomia e a liberdade de ação no curso da história.

11 lições preliminares

  1. O Estado não é externo

O Estado não é externo a nada, mas central a todas as relações sociais direta ou indiretamente relacionadas com a produção e a distribuição. Deixa-se de lado o debate sobre qual a origem do Estado e porque há a necessidade de o Estado produzir bens e serviços (políticas públicas) de consumo coletivo.

  1. O falso paradoxo inventado pela Economia entre as necessidades “ilimitadas” X recursos “escassos”

Antes de se saber se a natureza é capaz de proporcionar à outra metade da humanidade as mesmas condições material de vida, é preciso saber se a metade excluída quer mesmo repetir essa trajetória dos países ricos – que produz riqueza, abundância  e bem-estar para uma minoria  às  custas  do sofrimento  dos  demais  causado  pela  guerra,  pela  concentração  de riqueza, pela fome alheia etc. – ou se quer construir o devir, através de formas de organização social menos conflitantes e orientadas por concepções coletivas de produzir e distribuir.

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