Gestão de Empresas Petróleo Resumo

Iasmin Patricia, Sylvia Ricci, Marina Barros, Arthur Brazao e Felipe Achoa

1 - Introdução

        É considerável a importância dada ao petróleo em nossa economia atual. Segundo a BP Statistical Review of World Energy 2004, o consumo de petróleo e gás natural representou 61,3% de toda a energia consumida no mundo em 2003, na frente de todas as outras.

        A indústria está de forma geral dividida em upstream, responsável pela exploração e produção (E&P) e o segmento de downstream, responsável pelas atividades de refino, transporte, distribuição e comercialização. No mundo existem empresas que integram ambos o processos e assim tem eles verticalizados, outras, independentes. No caso de nossa maior empresa do setor, a Petrobras, é verticalizada.

[pic 1]

Cadeia Produtiva de Empresas Petrolíferas Integradas 

        O petróleo em seu estado bruto possui poucas aplicações como o de óleo combustível, então para aproveitar todo seu potencial energético o petróleo é submetido ao processo de refino. De forma geral este busca a obtenção da maior quantidades possivel de derivados de alto valor comercial, ao menor custo operacional possível com máxima qualidade e a minimização ao máximo de geração dos produtos de pequeno valor de mercado.

        A TOC (teoria das restrições no idioma ingles), visa otimizar a produção identificando gargalos (restrições) com o objetivo de minimiza-los ou elimina-los e assim ao comparar com os preços vigentes de mercado identificar o melhores produtos em termos de ganho.

        Assim, o objetivo do trabalho é aplicar a TOC no processo industrial do petróleo afim de fornecer subsídio para aplicações empíricas mais profundas do tema.

        A pesquisa se caracteriza como bibliográfica já que explicita oque é o petróleo, seus tipos e etc. assim como alia ao conceito de TOC com realização de simulações aplicadas.

        Dada a complexidade da indústria e este ser um estudo introdutório as limitações ao escopo referem-se justamente a uma simplificação das refinarias em sua abordagem.

2 - O Petróleo

• Cardoso - O petróleo tem origem a partir da decomposição da matéria orgânica, logo é  resultante de restos de animais e plantas aliadas à rochas sedimentares após um longo período de tempo (ações bacterianas e químicas), que os transformariam essa matéria orgânica em hidrocarbonetos.

 

• Condições geológicas - diferentes em cada lugar, são responsáveis por gerar diferentes hidrocarbonetos, que por sua vez resultam em diferentes tipos de óleo.

• martin e as principais características de um tipo de petróleo:

• Densidade: classificados através de um tipo de gradação que vai do leve (menos densos) até pesados (mais densos). De acordo com essa classificação quanto menor a densidade, maior o valor de mercado desse petróleo por conta da possibilidade de utilizá-lo para fazer mais derivados de petróleo.
• Teor de enxofre: classificados como doces ou ácidos, caso a porcentagem de enxofre supere 0,5% este óleo será considerado ácido, o que perde valor de mercado devido à sua corrosividade e toxicidade.
• Base (tipo de hidrocarboneto) - divididos em 3: parafínicos, mais comuns e produzem frações de gasolina de qualidade inferior (menor octanagem) do que aquela produzida com óleos do tipo aromático ou naftênico. Os óleos parafínicos também são mais adequados à produção de ceras e lubrificantes.

• São essas características que irão determinar quais serão os produtos que melhor poderão ser obtidos através de um determinado petróleo.

• Tavares - dificuldade na indústria do refino (adequação da oferta à demanda) tem decorrência do fato que uma vez feita uma refinaria, sua flexibilidade é quase nula. Logo diferentes óleos não são contemplados pela refinaria criada para um específico.

3 - Processo de Refino do Petróleo

Refinar petróleo é o processo de separar do mineral bruto as frações desejadas, processá-las e lhes dar acabamento, de modo a se obter produtos de grande interesse comercial.  

De um modo geral, uma refinaria, ao ser planejada e construída, pode se destinar a dois objetivos básicos:

• produção de produtos energéticos; e,

• produção de produtos não-energéticos e petroquímicos.

O primeiro objetivo constitui a maior parte dos casos, pois a demanda por combustíveis é muito maior do que a demanda por outros produtos. O segundo objetivo é a maximização da produção de frações básicas de lubrificantes, parafinas e matérias-primas para a indústria petroquímica.

Segundo Abadie Apud Tavares (2005, p. 28) os processos existentes em uma refinaria ainda podem ser classificados em:

• Processos de tratamento: são de natureza química, porém não provocam reações profundas nas frações e causam a melhoria de cortes de produtos semi-acabados, eliminando ou reduzindo impurezas presentes em suas constituições;

• Processos auxiliares: são aqueles que se destinam a fornecer insumos à operação dos outros anteriormente citados ou tratar rejeitos desses mesmos processos

Dessa forma, conforme Tavares (2005, p.28), a definição ideal dos processos a serem utilizados e da forma de combiná-los em uma refinaria depende das características do óleo bruto disponível e da demanda esperada de derivados, havendo ainda um “trade-off” entre a escolha irreversível de processos que exigem menor volume inicial de capital e o uso de um tipo de petróleo de melhor qualidade (mais caro); ou processos que demandam maior volume inicial de capital, mas que utilizam óleos de qualidade inferior (mais baratos).

Além disso, é preciso que determinada refinaria atenda à demanda de seu mercado, tanto qualitativa, quanto quantitativamente, e que opere de modo a processar a gama de tipos de petróleo que lhe servem de matéria-prima da forma mais econômica e racional possível.

4 -         TEORIA DAS RESTRIÇÕES (TOC)

Teoria das restrições tem como foco a apresentação dos fundamentos para a criação e implantação de um sistema computacional apto a sustentar problemas e solucioná-los no nível do chão de fábrica

Restrições são qualquer fator que impeça o sistema de atingir um desempenho superior em relação a seus objetivos.

...