Gestão de Redes Públicas e Cooperação
Por: Rogerio da Silva De Jesus • 13/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.793 Palavras (8 Páginas) • 169 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Escola de Administração
Especialização em Gestão Pública Municipal
Componente Curricular: Gestão de Redes Públicas e Cooperação
Alunos: Rogério da Silva de Jesus
Turma: Alberto Guerreiro Ramos
Tutor: Raimundo Manoel de Jesus Filho
ATIVIDADE 02 – ESTUDO DE CASO
QUESTÃO 1
Ao promovermos uma análise do Caso do Banco Comunitário de São Gabriel, faz-se necessário levantarmos alguns conceitos importantes que permitirão alcançarmos um entendimento facilitado sobre o tema.
Conforme observamos no texto base da disciplina Gestão de Redes Públicas e Cooperação, MALMEGRIN (2012, p.35) destaca que “podemos perceber que trabalhar desenvolvimento local implica o alinhamento de todas as ações de gestão local com as necessidades das populações escolhidas como foco. Exige também que recursos, tanto financeiros quanto de mão de obra qualificada, cheguem até onde se efetivam essas ações. Exige principalmente que o grande objetivo, a integração, seja buscado de forma sistêmica e permanente.”
No Brasil, a economia solidária vem abrangendo vários tipos de organização, porém destaca-se a importância de pequenos empreendimentos informais, associações de produtores e consumidores como o caso do Banco de São Gabriel.
Ao levantarmos os principais problemas apresentados no caso em questão, destaca-se inicialmente:
1 – o baixo índice de atendimento educacional da população local de São Gabriel dificulta a compreensão de economia solidária e desenvolvimento econômico local, em que os mesmos não percebem a real ação necessária no sentido de estimular o consumo e circulação de recursos financeiros dentro da própria comunidade;
2 – Apesar das precárias alternativas de trabalho e renda dentro da comunidade, os moradores centram-se em atividades econômicas de pecuária e criação de pequenos animais, não diversificando a produção local e garantindo que outras fontes de renda e de produção e fornecimento de bens e serviços dentro da própria comunidade e de necessidade geral;
3 – Os valores e crenças no sentido de proximidade entre as pessoas e contratos verbais (vender fiado, com a palavra e sem registro) dificultam a ideia de circulação de moeda e por consequência a adesão a uma moeda social e do Banco Comunitário na prática, apesar da difusão dos conceitos e discussões promovidas pelos pesquisadores da Universidade e da ONG envolvida no empreendimento, no fundo pessoas como o SR. Nilo não acreditam que o projeto deslanche.
4 – A comunidade não explora as suas potencialidades de geração de renda e crescimento econômico, não promovendo e destacando os festejos populares, as habilidades de produção artesanal e itens de palha e argila.
5 – Apesar dos esforços de Dona Lina, dos pesquisadores da Universidade e membros da ONG e da comunidade organizada em Associação os poucos empreendimentos criados como o armarinho, a Sorveteria e etc., percebe-se que a comunidade continua levando as riquezas para o Município vizinho, realizando compras fora de São Gabriel. Assim a comunidade não tomou consciência da importância de fortalecer o comercio local e promover a ordem inversa de consumo, atraindo visitantes de outros locais.
6 – por fim destaco a iniciativa dos atores envolvidos na criação do Banco Comunitário de São Gabriel, entretanto todos os esforços empreendidos, conversas e trabalho de base promovido na comunidade não efetivou a criação do Banco Comunitário de São Gabriel. Esse fator de falta de efetividade e desgaste das ações se deu devido ao fator primordial de “falta de expertise na criação de Bancos Comunitários”, sendo este o problema principal apresentado no caso em estudo.
QUESTÃO 2
Conforme verificamos nos estudos realizados as redes de cooperação trazem mecanismos de estímulo ao processo de desenvolvimento local, no tocante às políticas públicas. Estas tem promovido o desenvolvimento das regiões em todo o país e essas ações vem de encontro no sentido de atender as especificidades de cada região, sejam na campo da agricultura familiar, que desenvolve o campo e evita o êxodo rural, dando condições de subsistências as famílias e consequentemente gerando riquezas para cidades, bem como políticas públicas permitido que os atores que participam das redes juntamente com os gestores públicas possam realizar os projetos de desenvolvimento que tem nas redes públicas instrumentos de transformação.
As instituições sem fins lucrativos e entre outros, são essenciais para se atingir esses objetivos, por consequência se todos trabalharem em rede, as experiências e o capital humano unido, podem gerar mais resultados para toda população, e consequentemente a gestão pública será ator e espectador dos resultados produzidos pelas ações conjuntas realizadas pelos atores partícipes da rede de cooperação local.
A cooperação entre os setores organizados da sociedade e o setor público pode ter como consequência a transferência para o setor privado e a sociedade civil, das ações de responsabilidade do poder público, mas as contribuições das redes são altamente positivas para desenvolvimento local e coloca a gestão pública em evidência no que concerne ao seu papel de gerir os recursos públicos para prestação de serviços de qualidade e estando presente no dia a dia dos cidadãos.
No caso do Banco Comunitário de São Gabriel, um fator importante que não foi observado foi o estabelecimento das parcerias e consolidação de uma rede de cooperação para garantir o desenvolvimento local.
Apesar da organização em Associação Comunitária, faltou a captação de parcerias efetivas com interesses comuns tais como bancos privados ou públicos para concomitantemente ao Banco Comunitário promover ações de cunho econômico e financeiro paralelo à circulação da moeda local no que tange a conversão e aplicação de recursos em moeda nacional.
Além disso, a principal parceria a ser estabelecida seria com o Governo Local, que através de ações de Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade realizasse a integração do planejamento municipal com os anseios, aspirações e as atividades que já vinham sendo realizada na Associação Comunitária e na incubação do Banco.
QUESTÃO 3
Banco Comunitário de Desenvolvimento se configura, de acordo com Melo Neto Segundo e Magalhães (2005), um serviço financeiro, solidário, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltado para reorganização das economias locais, na perspectiva da geração de trabalho e renda e da Economia Solidária.
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