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HISTORIA DE SUCESSO: MINHA TERRA TEM PALMEIRAS

Por:   •  1/5/2015  •  Artigo  •  1.849 Palavras (8 Páginas)  •  199 Visualizações

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HISTORIA DE SUCESSO: MINHA TERRA TEM PALMEIRAS

1 INTRODUÇÃO

2 DESENVOLVIMENTO

3 CONCLUSÃO

4 REFERÊNCIAS

1 INTRODUÇÃO

O uso de plantas para a cura de doenças tem sido uma prática quase tão antiga quanto a existência do homem; contudo seu uso já foi justificativa para que muitos fossem jogados á fogueira da Santa Inquisição.

Em um pequeno município do estado do Maranhão, Lago do Junco, fundado em 1961, pertencente a região dos cocais, situado a 315 km de São Luís, o costume da utilização das plantas para fins medicinais era passado de mãe para filhos e diferenciou-se de outros municípios, em virtude de a comunidade ter transformado a prática com a implantação de um horto e uma farmácia fitoterápica.

Segundo dados do IBGE, em 2000, a população de Lago do Junco era de 9.211 pessoas, sendo que 6.102 viviam na zona rural.

Quanto a educação, a prefeitura fornecia transporte escolar, merenda, atividade de lazer e material didático. No entanto, o material não era suficiente para todo o ano letivo. Nas escolas não havia bibliotecas como fonte de pesquisa e contribuição para o desenvolvimento das atividades educacionais. Existia somente o curso de magistério, havendo necessidade da implantação de outros cursos profissionalizantes. A merenda era satisfatória, mas havia necessidade de melhoria na qualidade e variação do cardápio.

Na área da saúde um dos problemas mais latentes era a ausência de um posto médico, sendo que os casos mais emergenciais eram atendidos em outro município. Em 1997 iniciou um reorganização dos serviços de saúde com a formação do CMS (Conselho Municipal de Saúde), criação do FMS (Fundo Municipal de Saúde), implantação de programas voltados para a área da saúde publica, visando minimizar os problemas ligados à saúde, atuando na prevenção, controle e erradicação de doenças a agravos existentes na comunidade. O município também contava com 28 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que atendiam 1.542 famílias (zona rural e urbana) num total de 7.025 pessoas, 72,87% da população. A maioria da população utilizava a medicação fitoterápica, pois possuíam plantas em casa.

Em 1999, o governo federal por meio do Programa Comunidade Ativa em parceria com o SEBRAE implantou em Lago do Junco o Plano-piloto de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS) que procurou valorizar a participação comunitária e estimular o comprometimento dos moradores locais com a questão do desenvolvimento, e buscou desenvolver lideranças capazes de dar sustentação a ações que visassem à promoção do desenvolvimento. Formou-se então com o resultado dessa experiência o Fórum de desenvolvimento Local, que tinha como principais parceiros as lideranças locais, a prefeitura municipal e a arquidiocese.

Dentre as decisões tomadas no fórum ficou decidido a implantação de um horto de plantas medicinais e um laboratório para a manipulação de fitoterápicos.

Uma das características do povo de Lago do Junco é de ser um povo humilde e batalhador.

A equipe do DLIS juntamente com a prefeitura e as lideranças locais criou um seminário para fazer as orientações às pessoas, onde que as ações existentes partiram da própria comunidade, por meio do fórum, organizada, passou a dividir as tarefas, agir, articular-se firmando parcerias e desenvolvimento de atividades de desenvolvimento sustentáveis, capazes de responder pela melhoria da qualidade de vida, que era compartilhada por todos.

Foram realizadas seis oficinas de capacitação especifica, durante a execução das seguintes atividades:

• Implantação do Horto medicinal com 30 canteiros para a produção de massa verde, construídos em sistema de mutirão pelos agentes de saúde.

• Implantação da farmácia fitoterápica.

• Construção do fluxo do processo produtivo de forma operacional e participativa.

• Capacitação de 30 agentes de saúde em controle de qualidade dos medicamentos fitoterápicos.

• Definição e implantação da estrutura organizacional da farmácia verde de forma participativa.

• Sensibilização dos agentes de saúde na identificação de potencial local para o desenvolvimento de produção de matéria-prima complementar através de articulação de parceiros.

A paróquia de São José cedeu o terreno para o cultivo das plantas medicinais e em dezembro de 2001 foi inaugurada a farmácia fitoterápica com o nome de Farmácia Verde Fitoterápica Professora Terezinha Rego, uma homenagem a profissional, orgulho maranhense e referencia nacional quando se trata de plantas medicinais, associada a um horto fitoterápico onde se cultivavam 30 espécies. Dentre os produtos fabricados, destacam-se os xaropes de agrião, couve, mastruz, de milho, pó de macaxeira, pomada de mastruz e chás de hortelãzinho, boldo, erva-cidreira, capim-limão, etc.

2 DESENVOLVIMENTO

A farmácia verde de Lago do Junco provou sua aplicabilidade, porém o alcance ainda é pequeno e não abrange toda a área do município.

Para aumentar a sua abrangência se tornasse maior haveria a necessidade de investimentos no projeto do SEBRAE, com o aumento no tamanho do horto, aumento na produção dos medicamentos e na distribuição dos mesmos para toda a população da cidade e dos municípios vizinhos.

Inicialmente, foram catalogadas trinta espécies de ervas medicinais, dentre elas podemos citar as mais usadas pela comunidade que eram: erva-cidreira, camará, batata de “purga”, capim limão, boldo, bacurau, hortelã, folha de laranja, malva-do-reino, etc.

Porém, para que houvesse uma maior eficácia no tratamento das doenças com a medicação fitoterápica, seria necessário que a prefeitura e as autoridades locais investissem na independência na área médico/hospitalar criando postos de atendimento da família (PSF) para atender a população sem que estas tenham que ir ao município de Lago da Pedra, onde até então eram realizados os atendimentos aos moradores de Lago do Junco. Também poderiam ser realizadas pelas pessoas envolvidas no projeto, algumas pesquisas sobre outros tipos de plantas medicinais e sua aplicabilidade nos tratamentos, e assim, investir no aumento da plantação

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