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Hugo Munsterberg

Por:   •  23/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  1.128 Visualizações

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Hugo Munsterberg

Hugo Münsterberg, Nasceu em 1 de junho de 1863 em Dazing na Alemanha (hoje Gdansk, Polónia), filho de pai comerciante e mãe artista. A família tinha um grande amor das artes, e Münsterberg e seus três irmãos foram incentivados a explorar a música, literatura e arte. E o amor de Munsterberg para as artes permaneceu com ele por meio de seu trabalho acadêmico, ele tocava violoncelo e também escrevia poesia. Sua paixão pela música e arte influenciou o desenvolvimento de suas teorias.

Quando tinha doze anos sua mãe faleceu, com isso ele começou a sua transformação para se tornar um jovem homem pensativo, sério. Se envolveu em atividades fora da sala de aula, e estudou outros idiomas.

Em 1882 passou em seu exame final no ginásio e matriculou se na Universidade de Genebra por um semestre estudando Francês e literatura. No semestre seguinte foi para a Universidade de Leipzig para estudar medicina, mas ao assistir uma palestra com Wilhelm Wundt criador da psicologia experimental, ficou encantado com a nova psicologia, passou seu curso para psicologia se formando em 1885 em Doutor em psicologia. Ele ainda continuou seus estudos de medicina em Heidelberg, obteve seu diploma em 1887.

Dois anos depois, tendo o objetivo de se preparar melhor para uma carreira de pesquisador acadêmico, foi lecionar na Universidade de Freiburg e, como não havia instalações na Universidade, montou o seu próprio laboratório em sua casa, atraindo vários estudantes. Em 1897 foi convidado para Harvard, onde foi professor e diretor do programa de psicologia.

Ele tinha pensamentos polêmicos sobre a mulher, pensava que a mesma não poderia trabalhar, porque isso a deixaria longe de casa. Não seria capaz de lecionar pois seria modelo pobre para os meninos. Ele também achava que a mulher não poderia servir de jurada devido a ser incapaz de pensamento racional.

Em sua carreira, fez contribuições substanciais em quase todos os campos da psicologia. Chegou a ser chamado de fundador da psicologia aplicada nos EUA e na Europa, pois defendia a utilização da psicologia em situações práticas.
Foi presidente da American Psychological Association, membro de diversos conselhos editoriais e orientador de estudantes que se tornariam profissionais famosos. Munsterberg é considerado o criador da psicologia industrial. Ele propõe a psicologia na indústria, porque ela ajuda a encontrar os homens mais capacitados para o trabalho, definir as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção, produz as influências desejadas, na mente humana do interesse da administração.

Ele olhou para problemas com a monotonia, atenção e fadiga, influências físicas e sociais sobre o poder de trabalho, os efeitos da propaganda, e para o desenvolvimento futuro da psicologia econômica.


Criou e empregou os primeiros testes de seleção de pessoal. Foi também o primeiro consultor de organização para assuntos de comportamento humano. Em 1920, a psicologia industrial estava estabelecida como ramo importante da administração de empresas.
Munsterberg relacionou as habilidades dos novos empregados com as demandas de trabalho da organização. 

Ele considerou Taylor o brilhante originador da administração científica, mas sentiu que os estudos e o movimento de Taylor necessitavam de uma base mais ampla para provar a durabilidade do seu valor.


A psicologia de Munsterberg e a eficiência industrial estavam diretamente ligadas às propostas de Taylor e resumiam-se em 3 pontos principais:
1. O melhor homem: refere-se ao estudo de demandas de trabalho sobre as pessoas e a necessidade de identificação daquelas cujas qualidades mentais as fizeram mais adequadas para o trabalho que elas tinham que fazer.
2. O melhor trabalho: procurava determinar as condições psicológicas sob as quais os melhores e mais satisfatórios resultados poderiam ser obtidos de cada pessoa
3. O melhor resultado: examinou a necessidade de produção de influencias sobre as necessidades humanas, que eram desejáveis aos interesses da organização.

Para cada um desses objetivos, Münsterberg delineou propostas definidas para que fossem utilizadas em testes de seleção de pesquisa de ensino em treinamento do pessoal industrial, e para o estudo de técnicas psicológicas com o objetivo de aumentar a motivação dos empregados e reduzir a fadiga.

No trabalho a psicologia da época se apoiava em dois aspectos fundamentais:
1. Análise e adaptação do trabalho ao trabalhador: em que os estudos predominantes eram sobre o processo de seleção do pessoal, os métodos de aprendizagem do trabalho e a fadiga/acidentes no trabalho

2. Análise e adaptação do trabalhador ao trabalho:  Análise e adaptação do trabalho ao trabalhador – em que os temas predominantes eram sobre o estudo da motivação da liderança e os relacionamentos interpessoais nas empresas.

Em contraste com a perspectiva "do tipo" Münsterberg, nas décadas de 1960, 1970 e 1980, uma "moderna casta" de cientistas comportamentais focou sua atenção na procura de respostas de questões tais como: as organizações poderiam ou deveriam permitir e encorajar seu pessoal a crescer e se desenvolver? Esta perspectiva assumia que a criatividade, flexibilidade e prosperidade da organização fluíam naturalmente do crescimento e desenvolvimento dos empregados. As pessoas eram consideradas mais importantes que a própria organização, e a relação entre empresa e empregados foi redefinida de dependência para co-dependência (tipo de relacionamento em que ambas as partes, no caso empresa e empregados, se respeitam no que se refere às responsabilidades, alcance dos objetivos e participação nos resultados). As técnicas e métodos de comportamento organizacional dos anos de 1960, 1970 e 1980 não poderiam ter sido utilizadas nos dias de Münsterberg, porque não se acreditava que co-dependência fosse o relacionamento certo entre uma organização e seus empregados. Taylor e outros estudiosos, como Harlow Person, previram contribuições dos psicólogos para pesquisar a respeito do fator humano. Münsterberg se encaixou neste esquema e a ética da administração cientifica ficou logo aparente no foco sobre o indivíduo, a ênfase na eficiência, e os benefícios sociais a serem obtidos da aplicação do método cientifico. As considerações sobre o fator humano estavam crescendo, e isto começou a ocorrer dentro da ética e objetivos da administração científica. Depois de Münsterberg, outros estudiosos apareceram. Dentre eles:

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