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Influências da História da Administração

Por:   •  25/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.131 Palavras (9 Páginas)  •  323 Visualizações

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Influência da organização militar

Do domínio militar chegam inúmeros exemplos do antigo pensamento administrativo.

Ciro, um líder militar e governante grego, apresentou diversos exemplos de como era a administração naquela época. Seu pai o aconselhava a não adotar somente os planos que lhe tinham ensinado, mas também, por si mesmo criar suas próprias estratégias.

Na área do planejamento, vale lembrar seu próprio conselho: “Ponde de noite o que os seus homens farão no dia seguinte e examine de dia como os assuntos podem ser solucionados até a noite”.

Ciro estava ciente da necessidade de determinar as tarefas, assim como explica-las com clareza. Além disso, reconhece o valor das boas relações humanas com todo o pessoal.

Alguns trechos de seu discurso mostram que ele também reconheceu a necessidade da ordem, colocação e uniformidade de ações. Foi um dos primeiros a praticar o registro do estudo de movimentos, de layout e manipulação de materiais.

Ciro também conhecia os princípios da divisão do trabalho, unidade de direção, de comando e de ordem, ou seja, um lugar para cada coisa, e todas as coisas em seus lugares.

Ciro enfatizava a necessidade do trabalho em equipe, da coordenação e da unidade de propósito em sua organização. Quando a guerra terminou, voltou suas atenções para a administração do império e deixou explícito que sabia que administrar um exército e administrar um país, em vários aspectos, é a mesma coisa.

O interesse da história militar para a administração não consiste em seus objetivos, mas, sim, na eficiência que decorre da natureza desses objetivos. Muito dessa eficiência tem aplicação direta nos estudos da administração, como um sistema de staff, que é tão velho em organização militar quanto a própria guerra.

A primeira indicação significativa do uso do sistema de staff ocorreu durante o reinado de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia. Seus métodos militares, a organização e a administração de seus homens influenciaram as ideias de Aníbal, César e Napoleão. Na época de César, já se era capaz de distinguir as diferenças entre funções operacionais e de inteligência, um desenvolvimento significativo na evolução do conceito de staff, relativamente à organização de forças militares.

Comparando administração de organizações industriais e de máquinas de guerras, conclui-se que as condições vitais ao êxito apresentam muitas semelhanças. Para o sucesso administrativo, é essencial um plano coordenado, cuja preparação requer esforço coletivo e coordenado de um staff.

Disciplina, delegação de autoridade e reconhecimento das diferenças entre pessoal de operação e de staff (pessoal de assessoria administrativa ou técnica) foram inspirados, em muitos casos, na experiência militar de muito tempo atrás.

Influência dos Pioneiros e Empreendedores

Adam Smith (1723-1790)

Economista clássico e nascido na Escócia, mostrou enorme conhecimento sobre a evolução das funções administrativas.  Deu grande ênfase à divisão do trabalho e aos seus respectivos benefícios, assim sendo à frente de seu século, dando enfoque sobre a decomposição de uma tarefa ou serviço. Sua principal obra, “A riqueza das nações”, coloca-o entre os intelectuais do mundo moderno.

Suas ideias sobre divisão de trabalho são extremamente fundamentais na simplificação de funções e estudos de tempos e estendem-se também a várias áreas, como por exemplo, a de produção. Sua ênfase sobre relação entre especialização e tecnologia está em estreito paralelo com as ideias de Charles Babbage e outros pioneiros da administração. Smith também falou sobre controle em sua obra, quando disse que para uma pessoa estar de fato controlada, deve prestar contas de seu desempenho a alguém.

Robert Owen (1771-1858)

Nascido no País de Gales, estava entre os primeiros escritores que chamaram a atenção para os problemas humanos da industrialização. Em seu moinho em Nova Lanark, na Escócia, ele tentou usar a persuasão moral em vez de punição corporal. Desenvolveu um mecanismo especialmente singular, o ‘monitor silencioso’, para ajudar na disciplina e na motivação. Sob esse sistema, o desempenho dos trabalhadores era avaliado e traduzido em códigos coloridos de preto, azul, amarelo e branco, em ordem ascendente de mérito. Um bloco de madeira era colocado em cada máquina, com os quatro lados pintados de acordo com o código. Ao final de cada dia as marcas eram registradas e traduzidas, e o lado com a cor apropriada era virado para o lado do corredor. Assim, qualquer pessoa que passasse e conhecesse o código poderia avaliar o esforço do trabalhador no dia anterior. Esse indicador de madeira era utilizado para motivar os lentos a superarem suas dificuldades, e supostamente para induzir quem já havia obtido um resultado bom a manter sua motivação. Com toda certeza, foi um precursor da informação pública dos dados sobre vendas e produção da administração moderna.

Charles Babbage (1792-1871)

Nascido na Inglaterra, foi um gênio que precisa ser reconhecido como fundador da pesquisa operacional e da ciência da administração. Em 1822, ele demonstrou a primeira calculadora mecânica e prática do mundo, e em 1833 começou a desenvolver seu ‘motor analítico’, o primeiro computador. Segundo ele, seu computador tinha todos os elementos básicos de uma versão mais moderna. Por mais de um século, os conceitos de computador de Babbage permaneceram adormecidos, esperando o desenvolvimento da tecnologia eletrônica.

Babbage também escreveu sobre administração, descrevendo em grandes detalhes as máquinas e ferramentas, discutindo os ‘princípios econômicos da fabricação’, analisando operações, os tipos de habilidades envolvidos e o custo de cada processo, e sugerindo instruções para as atuais práticas. Do lado humano da administração, ele lutou pelo reconhecimento de interesses mútuos entre o trabalhador e o dono da fábrica. Dessa forma, ele propôs um esquema de participação nos lucros, no qual uma porcentagem dos salários dependeria dos lucros da fábrica, e criou um bônus para os trabalhadores que sugerissem melhorias nas fábricas.

Daniel McCallum (1815-1878)

Nasceu na Escócia, porém foi para os Estados Unidos em 1822. As ferrovias dos Estados Unidos foram os primeiros empreendimentos de grande escala que chamaram a atenção para as necessidades de melhorias nas práticas administrativas. McCallum, na época superintendente geral da Ferrovia Erie, buscou um sistema de organização que resultasse em uma melhoria no desempenho.

Para MacCallum, para se ter uma boa administração era necessário se basear em uma boa disciplina, descrições específicas e detalhadas dos empregos, o relato frequente e exato do desempenho, salários e promoções baseados em mérito, hierarquia definida de autoridade, unidade de comando e da responsabilidade final na organização como um todo. Segundo ele, os princípios de administração são:

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