Inserção do Negro no Mercado de Trabalho
Por: Ronaldo Dias • 14/2/2016 • Projeto de pesquisa • 7.193 Palavras (29 Páginas) • 492 Visualizações
Inserção do Negro no Mercado de Trabalho
Introdução
Para debater esse assunto, onde foi abordada a inclusão do negro no mercado de trabalho, e consequentemente os desafios de aceitação na sociedade, é necessário um estudo aprofundado desde o resgate histórico até a atualidade.
Tendo como base, referências bibliográficas de autores, que trabalham a história do negro na sociedade brasileira e com a sua descendência africana, captamos informações de suma importância para o levantamento de questões que ajudaram na compreensão do processo que exclui ou inclui o negro em determinadas áreas em que pessoas da raça branca e nível social elevado predominam.
A partir de uma análise histórica da presença do negro na sociedade brasileira, pudemos perceber a ideologia do branqueamento presente em nossa sociedade, o que o leva a sentir-se inferiorizado ao ver sua identidade subjugada em relação ao branco.
No decorrer dos anos, percebemos cada vez mais as manifestações dos negros, com relação à busca do seu espaço na sociedade que sempre foi marginalizada devida os processos racistas. O mercado de trabalho também está inserido nesse espaço e nele também se nota as dificuldades dos negros em se inserirem em postos de trabalho mais significativos de uma organização.
Percebemos que, no mercado de trabalho, existem segmentos que praticam a discriminação racial, mesmo que de um modo camuflado, pois a propagação deste ato caracteriza-se preconceito, portanto um crime, mesmo assim, é comum anúncios em jornais, divulgando vagas para emprego, onde são usados termos como "Procura-se vendedor com boa aparência" o que sugere certa exclusão. Deste modo, há críticas com relação a esse termo, visto que a cor da pele não está relacionada à beleza e boa aparência.
Contudo, essa monografia, através de pesquisas, provavelmente, pode proporcionar resultados sobre esse tema complexo e que desperta curiosidade pela grandeza da complexidade do tema que é o racismo.
No primeiro capítulo é exposto as definições e a importância do estudo, e a evolução para mostrar como hoje é a inserção do negro na sociedade, teremos que detalhar como que foi o processo de escravidão no continente africano, onde, num período histórico, no ano de 1880 a 1935, houveram várias mudanças e transformações no continente africano, num modo mais trágico, elas aconteceram no ano de 1880 a 1910, onde, os período foram marcado pelas potências imperialistas na conquista e ocupação de quase todo o continente africano, e logo após, a instauração do sistema colonial.
Os imperialistas exploravam economicamente o continente e adaptava-o em uma nova divisão de trabalho como região periférica e subordinada, nisto, toda a riqueza que era produzida através de demanda de matérias-primas, era acumulada na metrópole para garantir todo o lucro.
Para ocorrer tudo isso foi necessário uma reorganização total da sociedade, desde a produção até o território.
Os imperialistas sendo superiores em armamentos e meio de transporte proporcionado pela tecnologia garantia a vitória na repressão a resistência e guerras, com isso, as relações foram marcadas pelas violências físicas e simbólicas durante cada território novo explorado, com isso a mão-de-obra escrava se torna efetiva.
Após vários impasses entre Inglaterra, França e Portugal, pelo motivo que surgimentos de novos competidores, o rei Leopoldo II, da Bélgica, e os empresários alemãs. Portugal se sente prejudicado e tentou fortalecer, com um reconhecimento internacional, onde seu controle sobre a foz do rio do Congo, sendo barrado pelo governo britânico. Mediante nesta situação, numa área de intensa disputa, proporcionou as condições necessárias para a convocação de uma conferência internacional em Berlim, de novembro de 1884 a fevereiro de 1885.
Os seus objetivos explícitos eram os estabelecimentos de regras para a liberdade comercial e a atração humanitária no continente. Na conferência, foram estabelecidas regras de liberdade de comércio, a igualdade de condições para os capitais concorrentes, fim da escravidão, civilização, cristianização e a abertura do território para o comércio internacional.
Já, no segundo ponto do mesmo capítulo, veremos como foi a implantação do processo de escravidão no Brasil, os meios de transporte que foram utilizados, a venda dos escravos trazidos da África, como eram o seu dia-a-dia, o sofrimento quando eram violentados, e, até a sua grande conquista, a abolição com a Lei Áurea.
A história da escravidão dos negros trazidos do continente africano começa com o transporte dos navios negreiro, onde, eram trazidos acorrentados, até aguardarem o momento do embarque na América, abarrotados de escravos.
Transportavam-se os escravos entre a África e o Brasil em piores condições. Antes que embarcassem, marcavam-se homens e mulheres com ferro em brasa nos braços, nas pernas ou no peito. A seguir, eles eram acorrentados e amontoados nos porões do navio, sem ar e sem luz, onde passavam dias e dias à base de uma alimentação pobre e escassa: farinha e algum legume. Bebiam água salobra.
Durante as viagens, o período de duração poderia chegar até quatro meses, e muitos escravos não resistiam, com frequência, só chegavam vivos ao destino metade dos que haviam embarcados.
Quando os navios se aproximavam ao local de desembarque, os negros recebiam mais alimentos e água e mais tempo ao ar livre, para que as suas condições físicas melhorassem e pudesse obter, por eles, um melhor preço no mercado dos escravos.
Assim que desembarcavam, era levado em armazéns, para ser vendido, o preço das “peças”, como era chamado, variavam conforme as condições físicas – idade, sexo, peso.
Durante o dia, eles trabalhavam incansavelmente, até o seu último esforço físico, além de serem sempre violentados. E noite, os negros cativos eram recolhidos e trancados nas senzalas.
A partir da segunda metade do século XVIII, O governo inglês, então, começou a exigir de todos os países o fim do tráfico de escravos; dessa forma, esperava que os escravos fossem substituídos por mão-de-obra assalariada, que podia comprar o bem de consumo lançados no mercado pelas fábricas inglesas.
Durante muito tempo, entretanto, o governo português fez o que pode para evitar uma medida definitiva no sentido de por fim à escravidão.
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