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Linha do tempo da administração

Por:   •  24/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.375 Palavras (10 Páginas)  •  770 Visualizações

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Da Revolução Urbana à Revolução Industrial

  1. Revolução Urbana – Com a revolução urbana foram surgindo as cidades e os estados, a partir daí houve a necessidade da criação de algumas práticas administrativas que se evoluiriam nos séculos seguintes.
  1. As primeiras organizações e seus administradores – Em 3.000 A.C Os sacerdotes tinham a responsabilidade de administrar as comunidades auto-suficientes em água, que foi criada uma sociedade de irrigação. Os sacerdotes construíram templos onde trabalhavam funcionários que faziam anotações em placas de argila. Nessas placas registravam-se os recebimentos, armazenagem e desembolso dos produtos. Essas placas hoje podem ser vistas nos museus e nas colações das universidades, são os primitivos livros contábeis. Com o lucro que os sacerdotes recebiam eles usavam o para pagar os servidores do templo e financiar o comercio que trazia produtos escassos como metais e madeira. A administração pública foi criada com a aritimética e a escrita juntamente com os funcionários e procedimentos burocráticos.
  2. Egito – Com a inundação do Rio Nilo, que era regular, era possível planejar se a longo prazo.  A inundação anual acontecia pouco depois que a estrela Sírius aparecia a leste, logo antes do Sol o intervalo entre o surgimento de Sírius era de 365 dias, foi daí que os egípcios criaram o nosso calendário atual, com 365 dias, doze meses de 30 dias. Para construir as pirâmides os egípcios tiveram que lidar com vários problemas de administração de mão-de-obra, logística e uso de arquitetos. Foram obras grandiosas que exigiam planejamento e administração. Outra evidência de que os egípcios eram bons planejadores era a organização militar. Eles criaram um exército formado por soldados assalariados e construíram uma rede de fortes. Nos fortes haviam suprimentos que seria capaz de abastecer centenas de homens durante um ano. Já em 1540 – 1070 a.C. Faraó tornou-se proprietário de todas as terras exigindo dos seus súdidos um tributo anual e 20% de suas rendas, para controlar tudo isso eles precisavam criar sua própria burocracia administrativa.
  3. Babilônia e Assíria – Em 2.000 a.C., os sumérios foram dominados pelos Babilônios. Os Babilônios também se preocupavam com o controle das transações comerciais. Em uma das placas de argila fala sobre uma mensagem do rei, ordenando a construção do canal de irrigação. Se o trabalho não fosse executado corretamente, o capataz dos homens seria responsabilizado. Foi criado o código do rei Babilônio Hamurabi escrito no século 18 a.C que traziam princípios como a do “olho por olho”. Nessas regras apresentam-se princípios de administração. No século XIV a.C. houve vários avanços no campo da organização militar. Já no século VII a.C. o exército assírio destacou-se pelas melhoras inseridas principalmente na logística. Em 605 a.C. Os babilônios passaram a dominar a Mesopotâmia. Nessa época o rei Nabucodonosor construiu os jardins Suspensos de Babilônia. Os jardins além de serem muito bonitos, permitiam que a administração controlasse o estoque, usavam cores para controlar a produção e o estoque nas fábricas de tecidos e nos celeiros. Os babilônios foram os primeiros a implantar um sistema de incentivos salariais, de acordo com a produção.
  1. China – No reinado do Imperador Yao em 2350 a 2256 a.C. o imperador reunia-se com seus principais colaboradores em vários lugares do país, empregando o princípio da assessoria como forma de aproximar as regiões do governo central. Aconselhar com os assessores e delegar autoridade para resolver problemas tornou-se tradicional na administração pública da China.
  1. Sun Tzu – Sun Tzu foi um autor chinês que escreveu A arte da guerra onde tem teorias do que evitar em batalhas, como intimidar psicologicamente o adversário e usar o tempo em vez de força para desgasta-lo e ataca-lo quando estivesse desprevenido. A arte da guerra é reconhecido como grande utilidade na administração de todos os tipos de organização e sobrevive por séculos por tratar de princípios sobre planejamento, comando e doutrinas. No ano de 221 a.C. houve a unificação da China, onde foram iniciados dois projetos importantes, construção de rede de estradas e a construção das muralhas que protegiam as fronteiras do norte. Milhares de pessoas foram empregadas para essas construções o imperador da época, Shi Huang-Ti com todas essas construções, fez importantes mudanças no campo social. Aboliu o feudalismo e instituiu uma burocracia estatal que se baseava nos princípios de Confúcio (551-479ª. C.).
  2. Confúcio e Mêncio –O Imperador da China, Shi Huang-Ti substituiu o sistema feudal onde o poder dependia de nascimento e força militar. O imperador se utilizava das teorias de Confúcio que se baseava no mérito das pessoas. De acordo com Confúcio, a capacidade e a excelência moral, habilitavam as pessoas a serem líderes e não berço.

Já Mêncio era discípulo de Confúcio e foi conhecido como segundo sábio Chinês, era defensor da democracia. Ele tinha bastante desconfiança no governo e dizia que o povo é o elemento mais importante da nação. O espirito da terra e a agricultura vêm em seguida; os soberanos ficam em último lugar. Na época ele não era muito popular entre os poderosos. Mêncio defendia que para qualquer tipo de negócio deveria ter um sistema, desde os ministros e generais até os artesãos , todos possuem um sistema para obterem êxito.

A partir do Imperador Shih Huang-Ti os chineses passaram a contratar as pessoas baseados nos princípios de Confúcio, de acordo com seus conhecimentos, futuramente foi substituído pelos  concursos públicos.

  1. Grécia – No século V a.C. iniciou-se na Grécia um período de discursões de ideias que iriam influenciar a administração das organizações de todos os tipos. Alguns dos assuntos debatidos entre eles foram, democracia, estratégia, igualdade de todos perante a lei, ética na administração pública, planejamento urbano, universalidade da administração, raciocínio metódico e qualidade. Os debates desses assuntos contam-se como as mais importantes  contribuições para a civilização.
  1. Democracia e ética – Em uma época em que os monarcas governavam segundo os interesses da aristocracia, a democracia foi uma grande inovação. O povo ateniense tinha o direito de participar da Assembleia que era realizada quatro vezes a cada 36 dias. Os atenienses entravam em debates, oferecendo emendas e votando a respeito de paz e guerra, obras públicas e qualquer outro assunto que fosse objeto de decisão governamental.
  2. Método – O método de procurar o verdadeiro conhecimento sobre a natureza do universo e do ser humano por meio da investigação sistemática, em lugar de aceitar as explicações da mitologia grega. Platão propunha que o verdadeiro conhecimento vinha da especulação conceitual, e se encontrava nas ideias e formas, e não na experiência que era transitória. Já Aristóteles entendia que o conhecimento começa com o estudo da realidade. Os dois métodos são usados pela administração científica, como o estudo sistemático das tarefas e o entendimento de que a técnica é apenas uma aplicação particular de um principio geral.
  3. Qualidade – Para Platão, o teste básico para qualquer ação pública consistia em perguntar: isso faz os homens melhores do que eram antes¿ Os gregos se importavam muito com a qualidade nas suas construções, esculturas. Para os gregos a qualidade era o ideal da excelência. Excelência é a característica que distingue algo pela superioridade em relação aos semelhantes e depende do contexto.
  1. Roma – Os Romanos conheceram três tipos de governo (realeza, república e império). Em seu auge, Roma controlava uma população de 50.000.000 de pessoas e o território compreendido entre a Inglaterra, o Oriente Próximo e o Norte da África.  As aguçadas habilidades administrativas dos romanos deram a capacidade de construir e manter o império e a instituições, muitas das quais ainda vive. A má administração ajudou a destruir o império romano no final do longo período de glória.
  1. Construção e administração do Império – Para cuidar dos problemas criados com a extensão do território os romanos criaram diferentes tipos de executivos: reis, imperadores, césares, cônsules, magistrados e outros. Roma inspirou-se em três princípios na administração do império: dividir para governar (divide et impera), fundar colônias e construir estradas.
  2. Administração Financeira – A tributação das cidades conquistadas era uma das principais fontes da receita do Estado. Os habitantes passavam a pagar o tributum (contribuição que cada cidadão  oferecia para a sustentação do Estado romano) sobre suas propriedades, além do imposto individual. A instituição da propriedade privada favoreceu o desenvolvimento da grande empresa e outras formas de negócios particulares.
  3. Forças armadas – O exército romano é um modelo até mesmo nos dias atuais e pouco se modificou. Os soldados formaram a primeira corporação de oficiais profissionais da história.
  1. Período Medieval – A Igreja Católica herdou muitas das tradições administrativas dos romanos. A igreja Católica começou a aparecer assim que o império romano começou a desaparecer. A igreja acrescentou uma poderosa administração central com diversas assessorias responsáveis pela propagação da fé. A estrutura copiada e herdada dos romanos possibilitou a Igreja espalhar-se pelo mundo sem concorrência.
  1.  Sistema Feudal – O sistema feudal persistiu por quatro séculos. As pessoas se agregavam ao redor dos senhores feudais, que, por sua vez, se agregavam ao redor dos soberanos. A principal lição que esse período ensina aos estudiosos da administração é a importância do interesse comum.
  2. Organização do trabalho – As empresas controladas por guildas (associação de artesãos ou empresários do mesmo ramo de negócios que controlavam a produção e distribuição de bens) eram pequenas empresas que tinha estrutura hierárquica, apesar da hierarquia o processo decisório era coletivo. A atividade econômica era influenciada pela igreja católica.  Os hábitos e valores viriam a sofrer profundas transformações nos séculos seguintes, juntamente com as práticas de administração.
  1. Renascimento – Com a concentração de pessoas em grandes contingentes urbanos aumentou a complexidade dos problemas, fazendo-se necessário o aprimoramento das estruturas e técnicas administrativas. O renascimento é o período em que os barões feudais haviam perdido o poder nos séculos anteriores então houve o surgimento e consolidação do Estado Moderno. Abaixo segue resume das principais contribuições do Renascimento para o estudo da administração.
  • Valorização do ser humano, colocado no centro de todos os tipos de ação.
  • Grandes consórcios de empresas privadas
  • Separação entre os papéis do empreendedor e do empregado
  • Invenção da contabilidade moderna
  • Acumulação de capital como fator de motivação
  • Arsenal de Veneza, primeira fábrica a usar o sistema de linha de montagem
  • Administração começa a torna-se área do conhecimento
  • Maquiavel publica O príncipe, primeiro manual para executivos
  • Surgimento da hierarquia enxuta do protestantismo
  1. Revolução Industrial – O surgimento das fábricas e a invenção das máquinas a vapor no século XVIII foram produtos da Revolução Industrial.  O desenvolvimento da administração foi influenciado pelo surgimento de uma nova personagem social: a empresa industrial. Segue algumas das principais tendências administrativas criadas e aceleradas pela Revolução Industrial.
  • Substituição do artesão pelo operário especializado
  • Invenção das fábricas
  • Crescimento das cidades, originando novas necessidades de administração pública
  • Surgimento dos sindicatos
  • Marxismo
  • Doutrina social da igreja
  • Darwinismo social
  • Administração consolida-se como área do conhecimento
  • Primeiras experiências práticas com a moderna administração de empresas.
  1. Críticas à sociedade industrial – Apesar da influência dos modelos administrativos já estarem consolidados, esses modelos continuam sendo alvos de críticas. Duas das críticas mais relevantes de Marx, dirigem-se à distribuição do poder e à distribuição do poder e à distribuição da renda.

# Distribuição do poder. No regime capitalista o dono do dinheiro possui o poder, compra a obediência e a submissão das pessoas. O governo moderno serve aos interesses do poder empresarial.

# Distribuição de renda. No regime capitalista, o trabalhador gera mais dinheiro do que recebe.

A classe operária contou com a influência dos sindicatos e suas reivindicações e entraram em vários conflitos com seus empregadores.

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