Matriz Análise de Oferta e Demanda e o Seu Impacto nos Negócios
Por: lucao_ccardozo • 8/12/2022 • Trabalho acadêmico • 1.920 Palavras (8 Páginas) • 116 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios
Aluno/a: Lucas da Costa Cardozo
Disciplina: Economia Empresarial
Turma: 0822-2_14 - MBA_EEMBAEAD-24_15082022_14
INTRODUÇÃO
Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.
Análise econômica do setor de cabotagem no Brasil
A cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país. De acordo com Goulart (2018), devido às dimensões continentais do Brasil, com 8 mil quilômetros de costa, a cabotagem é uma eficiente opção logística, uma vez que apresenta custo inferior quando comparada a outros modais, além de deter o melhor desempenho em termos de segurança de transporte, com menos acidentes e quase inexistente índice de roubo de carga, gerando um custo menor de seguro para o cliente.
Uma vez que os gastos de uma empresa interferem diretamente no valor dos seus produtos e serviços, a cabotagem se destaca como uma estratégia de redução de custos com frete e seguros. Ainda, segundo Christopher (1997), a baixa ocorrência de acidentes neste modal, somado ao menor risco com avarias e sinistros dos produtos, conferem segurança à carga e, consequentemente, mais redução de custos.
De acordo com a Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (ABAC), frente aos desafios da sociedade contemporânea, tem-se notado a tendência das empresas adotarem medidas ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance), relacionados em especial à integração da geração de valor econômico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Com isso, a cabotagem se mostra mais uma vez como uma escolha estratégica, devido ao baixo impacto ambiental (chegando a consumir 8 vezes menos combustível para mover a mesma quantidade de carga que outros modais) e alta capacidade de carga.
O Brasil conta atualmente com 34 portos. Desse total, 8 estão na região Sul, 5 na Norte, 10 na Sudeste e 11 na Nordeste. Uma vez que 80% da população brasileira vive em áreas próximas ao litoral, a cabotagem mostra-se promissora para o atendimento deste contingente.
CONTEXTO DO SETOR
Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.
De acordo com a ABAC, em 2019, último anos antes da pandemia global de COVID-19, foram movimentados mais de 1,1 milhão de TEU’s (contêiner padrão de 20 pés) entre os portos ao longo da costa brasileira. Apesar de uma queda de 4,2% em 2020, em 2021 o numero foi novamente superado, ultrapassando a marca de 1,2 milhão de TEU’s – um crescimento de 9,1% em relação ao cenário pré-pandêmico.
O crescimento da navegação por cabotagem já vem sendo observado desde 2011. Apenas na movimentação de contêineres, o crescimento anual médio foi de 12%.
Fonte: ABAC, 2022
Cargas Domésticas: Transporte entre portos brasileiros de cargas com origem e consumo no País.
Cargas “Feeder”: Transporte entre portos brasileiros de cargas com origem ou destino final no Exterior.
Ainda, nota-se em 2021 um ápice mais precisamente no 3º trimestre, responsável por 26,7% das movimentações do ano.
Fonte: ABAC, 2022
Contudo, ainda há um potencial de crescimento: de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), em 2015, o Brasil contava com 61,1% da produção sendo escoada pelas rodovias, 20,7% da produção passando pelas ferrovias nacionais, enquanto o transporte hidroviário movimentava apenas 13,6% das cargas. Em termos de comparação, na China, mais de 50% da produção é escoada pelo modal aquaviário.
Fonte: CNT, 2015
No Brasil, além da elevada dependência do modal rodoviário e da má qualidade de infraestrutura de transporte, existem problemas que impedem seu desenvolvimento, como a burocracia excessiva, a falta de segurança nas grandes cidades e os custos logísticos elevados. Isso afeta sua competitividade no mercado internacional.
Para o entendimento do cenário de infraestrura logística em nível global e nacional, o Banco Mundial avalia, a cada dois anos, questões como burocracia, ativos fixos e o conhecimento existente em cada país. Com base em estudos de diversos especialistas, foi divulgado em 2018 um relatório a partir do Índice de Eficiencia Logística, em que o Brasil ocupou a 56ª colocação do ranking.
Com o objetivo de desenvolver a complexidade logística no país, em especial o modal hidroviário, o Governo Federal sancionou – em janeiro de 2022 - o projeto de lei que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (conhecido como BR do Mar). O programa visa aumentar a frota nacional e equilibrar a matriz de transportes brasileira, prevendo uma série de ações que dará mais competitividade ao modal:
Alinhamento na cobrança de ICMS sobre o bunker (combustível marítimo), gerando custos enormes à cabotagem;
Flexibilidade no uso de navios de bandeira estrangeira, sem prejuízo aos armadores que investiram em navios no Brasil;
Redução do custo operacional e de aquisição do bem (navio).
ANÁLISE MACROECONÔMICA
Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.
Os altos custos logísticos no Brasil vêm crescendo vertiginosamente nos últimos anos. De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), em 2022 os custos logísticos podem representar 13,3% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país, frente aos 12,6% registrados em 2020 e 12,3% observados em 2017. Para efeito de comparação, em países ditos mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, esse custo gira em torno de 6% a 7%.
O aumento no Custo Brasil logístico se deve à alta do preço dos combustíveis em 2022, bem como à depreciação das infraestruturas de transporte e ao baixo investimento público nas últimas décadas,
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