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Métodos viáveis de despoluição do Rio Tiete do ponto de vista da Engenharia

Por:   •  2/7/2018  •  Ensaio  •  3.086 Palavras (13 Páginas)  •  456 Visualizações

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Universidade Federal do ABC

Projeto de Pesquisa

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Métodos viáveis de despoluição do Rio Tiete do ponto de vista da Engenharia

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                                 Felipe Antonioli Martins             11010016

                               Guilherme Escandura Garcia      11025816

                               Tiago Luiz Pereira                      11013316

Santo André, SP

2018

Métodos viáveis de despoluição do Rio Tiete do ponto de vista da Engenharia

Resumo:

É situada a importância histórica do rio Tietê para com a região e sua sociedade, além de como se deu o processo de sua poluição. Comparamos a situação atual do rio com o rio Tâmisa, que tem uma importância parecida e já esteve em situação semelhante, e que foi despoluído com sucesso. A partir disso, temos como objetivo encontrar possíveis métodos que sejam efetivos e viáveis para que possam ser aplicados no rio futuramente.

Palavras-Chave: Rio Tietê, Região Metropolitana de São Paulo, Rio Tâmisa, Efeitos da Poluição

Sumário

I. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA        4

II. OBJETIVOS        7

III. HIPÓTESE        7

IV. PLANO DE TRABALHO E METODOLOGIA        7

V. CRONOGRAMA        10

VI. ORÇAMENTO        11

VII. REFERÊNCIAS        

12

I. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

        A partir da revolução industrial, no século XVIII, começaram a surgir grandes polos industriais, acelerando desregulamente o crescimento das cidades e da população. Como consequência os níveis de poluição do meio ambiente nestes locais, por atrair muitas fábricas e por utilizarem de forma inadequada a matéria, foram intensificados. Rios em todo o mundo foram contaminados e poluídos por falta de planejamento ou até pela falta de informação sobre os maus que o despejo irregular traria à sociedade.

Ao longo dos anos pôde ser notado o impacto que um ambiente poluído pode causar na saúde da população local e até, dependendo da escala da poluição, em populações mais distantes. Como exemplo, na Europa do século XIX, a sociedade da Inglaterra se deparava com tamanha poluição do rio Tâmisa que além do mau cheiro, epidemias de cólera eram constantes na década de 1850. Era tão presente na sociedade, que a poluição levou à morte o príncipe Alberto (1861) por febre tifoide, causada pelas águas insalubres do rio.

Todavia, o governo tomou consciência dos problemas que afetavam a sociedade e iniciou o projeto de tratamento das águas do rio Tâmisa, na época conhecido como “Grande Fedor”. Inicialmente, o projeto apenas desviava o problema para outras áreas da cidade, o que não causou muita efetividade na limpeza do rio. Só em 1950 que projetos de construção de estações de tratamento foram implantados e então se obteve a limpeza da água.

Os benefícios que a limpeza trouxe para a sociedade inglesa são inúmeras, como a volta do ecossistema local (mais de 500 espécies marinhas ressurgiram no rio) e a melhoria da saúde pública. Além de que o rio, por conta de sua beleza, se tornou uma grande atração turística de Londres, gerando muitos empregos à população (cerca de 13% da população trabalha com o turismo na cidade). Atualmente, diversos esportes são praticados nas margens dos rios (remo, caiaque, canoagem, natação, entre outros), sendo alvo de clubes e universidades, que os usam para treinamentos, competições e lazer da comunidade.

Outro fator importantíssimo é o grande valor econômico que o Tâmisa traz à Inglaterra. Diversos museus, galerias de arte e atrações que acercam o rio são visitados por milhões de pessoas anualmente (cerca de 23,3 milhões em 2013), agregando forte economia ligada ao turismo. Além disso, o rio é usado atualmente como via de transporte, com cerca de 9 milhões de viagens anuais (9,8 milhões em 2014), diminuindo o estresse de carros nas ruas, além da melhoria das condições do ar.

Com base nos fatos esclarecidos acima, decidimos focar na cidade de São Paulo, mais especificamente no rio que corta a metrópole, o Rio Tiete. Com uma extensão de 1150 quilômetros, possui uma importância histórica para a formação cidade, visto que foi via de acesso dos bandeirantes para se chegar ao interior, local de lazer, pescaria e esportes aquáticos (principalmente nos séculos XIX e XX). E mesmo hoje em dia ainda apresenta alto potencial hidrelétrico (KÖNIG, 2014): o rio possui mais de 10 barragens em seu percurso, gerando energia suficiente para abastecer cinco milhões de residências e com reservatórios destinados a diversos fins, desde a irrigação e abastecimento de municípios vizinhos ao turismo. (KETHY, 2015)

Entretanto, com a chegada das indústrias, o aumento desorganizado da cidade e com as obras de criação da marginal, o que era um ponto de lazer para o paulista passou a ser uma fedida dor de cabeça. A mata ciliar, que antes era a proteção natural do rio, foi praticamente toda desmatada, dando lugar a vias e marginais, onde agora circulam milhares de veículos movidos a combustíveis fósseis, tóxicos ao ar, todos os dias. O esgoto passou a ser despejado quase que integralmente no rio, que recebe mais de 400 toneladas de esgoto por dia e é considerado morto, uma vez que toda sua vida aquática no trecho em questão consiste em organismos que não precisam de oxigênio (HENKES, 2016). A situação passou então a ser insustentável, e inúmeros problemas começaram a derivar dessa situação: gastos da prefeitura para retirada do excesso de lixo de forma a evitar transbordamentos; mau cheiro incômodo à população local causado por gases tóxicos que, mesmo em pequenas quantidades, podem gerar problemas de saúde como náuseas, dores de cabeça e tonturas (MANCUSO, 2015); e até mesmo espuma toxica capaz de gerar problemas gastrointestinais e de pele em contato com a população devido à cinco grupos de bactérias e alta presença de metais pesados (MARCONDES, 2017), sendo esta tão nociva “que as ruas que foram invadidas por ela precisam passar por um processo de higienização depois que somem. Porque mesmo depois podem causar doenças”, diz Malu Ribeiro, coordenadora de águas da SOS mata Atlântica.

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