O CONCEITO E INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO

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CURSO DE DIREITO

CLEYANNE AIRES FERREIRA

KELSEN OLAV

MARINA MIRANDA

WANESSA PAIVA

CONCEITO E INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO

PALMAS-TO

2015

CLEYANNE AIRES FERREIRA

KELSEN OLAV

MARINA MIRANDA

WANESSA PAIVA

CONCEITO E INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO

PALMAS-TO

2015

CONCEITO DE INFLAÇÃO

A inflação é definida como uma alta persistente e generalizada dos preços da economia, uma noção do que seria o termo na economia surgiu em 1838. É basicamente o aumento dos preços, o contrário da inflação é chamado de deflação.

Esta alta dos preços deve ser persistente, pois, se uma economia tem uma crescente inflacionária de 8% e em seguida uma deflação de 4% ela não pode ser caracterizada como economia inflacionária. O aumento nos valores deve ser de forma generalizada, sendo que todos os produtos devem ter elevação nos preços. Estes pré-requisitos devem ser observados para que se caracterize uma economia inflacionária já que variações de preços de mercado são comuns em alguns setores em função da demanda e oferta.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionarias contratadas com o FMI, desde de julho/99.

As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país:

1. Tipo de estrutura de mercado – se ele é oligopolista ou concorrencial;
2. Grau de abertura da economia ao comércio exterior – quanto mais aberta à economia à externa, maior a concorrência e menores os preços dos produtos;
3. Estrutura das organizações trabalhistas – quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de produtividade e maior pressão sobre os preços. (GARCIA, 2014, p. 242):

A inflação exige uma quantidade cada vez maior de moeda no pagamento de um bem ou serviço, isso sem que tenha acontecido uma produção maior de riqueza no país, logo esse aumento da quantidade de moeda gera perda do poder aquisitivo da própria moeda.[pic 2]

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Alguns fenômenos podem ser apontados como causa da inflação, como: Desequilíbrio da balança de pagamentos, taxas altas de juros, escassez, emissão de moeda para cobrir déficit público, aumento de preços ou salários sem melhora de qualidade ou de produção, entre outros.

No Brasil se usa como forma de medir a inflação as médias aparadas: são cortadas as maiores altas e as maiores baixas para chegar a uma média.

Em outros países, como os Estados Unidos, são medidas as taxas de produtos mais sujeitos a choques, como alimentos. Em terras brasileiras, a inflação já chegou até mais de 2.700% ao ano; mas com o advento do Plano Real (1994), ela foi controlada e hoje gira em torno de 6 a 8% ao ano.

INCONVENIENTES DA INFLAÇÃO

 A inflação provoca um grande número de distorções na economia de mercado, a redução da taxa de inflação é a principal meta política econômica dos governos, já que a grande desestabilidade com a alta taxa de inflação em toda a esfera do país.

Principais distorções na economia provocadas pela inflação

Perda do poder aquisitivo dos salários e outras rendas fixas: Os assalariados perdem com a inflação, uma vez que não ganham aumento no valor fixo do salário e os preços de bens e serviços aumentam, fazendo assim com que salário real seja desvalorizado, bem como seu poder de compra. As rendas fixas como aluguel que não são reajustadas mensalmente sofrem perdas, são compensadas com o aumento do valor do imóvel. Os empresários se beneficiam de certa forma com a inflação, já que tem o poder de reajustar os preços de venda podendo melhor se proteger.

Desorganização do mercado de capitais e aumento da procura por ativos reais: As taxas nominais (usada para demonstrar os efeitos da inflação no período analisado, tendo por base os fundos financeiros (empréstimos)) e taxa real (é formada através da correção da taxa efetiva pela taxa de inflação do período da operação) passam a ter grande diferença, isso compromete a restituição do principal emprestado. A existência da inflação torna difícil a operação do mercado de capitais. Os financiamentos longos e curtos são muito difíceis já que o valor da taxa de juros oscila de forma constante, consequentemente isso reduz investimentos.

Dificuldade para o financiamento do setor público: As receitas tributarias são a principal fonte para custear os gatos do governo. O tempo em que dura o aplicação de dos impostos até o recolhimento, faz com que surjam prejuízos no orçamento do governo, logo, as contas não fecham. A dificuldade de obter financiamentos, vem porque os poupadores não comprarão títulos da divida pública em função da dívida pública pela taxa de juros excessiva.

Surgimento de déficits no balanço de pagamentos: Déficit é um instrumento da contabilidade nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo, se o Brasil adotar o sistema de taxa de câmbio fixa, o efeito causado pela inflação será de baratear as importações e aumentar os preços das exportações, oque não é interessante para economia do país, isso causa défits sucessivos no balanço de pagamentos.

Indexação: É o sistema de aumento de preço em função de bens e serviços com valores elevados, afim de não existir algum com valor defasado. Esse processo de indexação ocorre para aumentar o valor dos produtos no futuro por causa de aumentos do passado com o objetivo de garantir o poder aquisitivo e o valor da moeda. Desse modo temos o salário do trabalhador, imóveis, alugueis, taxa de câmbio da economia, o capital emprestado pelo poupador, os títulos da divida publica emitidos pelo governo, todos estes são reajustados conforme a inflação anterior. A estabilização monetária resulta na inflação baixa e na ausência da indexação. Para que a economia permaneça estável não deve haver oscilações em taxas de juros e o aumento da desigualdade social.

CONCLUSÃO

Sendo a taxa de inflação responsável pela medição no aumento dos preços, uma série de fatores influencia seu ritmo de crescimento, o que afeta diretamente a vida de todos os cidadãos e também diretamente o governo em alta na inflação é prejudicial para a economia de um país.