O EFEITO DE REDE E MODELO DAS CINCO FORÇAS DE PORTER

O Efeito de Rede e modelo das Cinco Forças Competitivas de Michael Porter

O pensador que melhor soube reproduzir os efeitos do modelo tradicional de gestão em termos estratégicos foi Michael Porter, criador de um modelo de análise competitiva que leva o seu nome, foi professor de estratégia e competitividade na Harvard Business School.

A analise competitiva das Cinco Forças de Porter tem como fundamento a “conquista do melhor posicionamento possível da organização diante dos concorrentes em sua cadeia de valor,  tendo  acesso, de forma diferenciada e, de preferência, exclusiva, aos insumos e recursos essenciais ao negócio”, (Gestão do Amanhã - Magaldi, Sandro; Salibi Neto, José,2018). Para realizar a análise competitiva, o professor definiu cinco forças que são os fatores que a empresa deve avaliar e medir para desenhar uma estratégia eficiente, sendo elas:

• Rivalidade entre concorrentes.
• Ameaças de novos entrantes.
• Poder de barganha dos clientes.
• Poder de barganha dos fornecedores.
• Ameaça de produtos substitutos.

O pensamento de Porter tem como base a gestão tradicional, dois professores em artigo  publicado na Harvard Business Review Brasil,  intitulado “Pipelines, plataformas e  novas  regras de  estratégia”, discorrem com muita lucidez sobre a necessidade de revisitar a tradicional  visão de Michael Porter à luz das transformações da atualidade, alegando que ele não considera o efeito da rede e o valor criado por meio das interações entre seus agentes. O conceito de efeitos de rede seria é o resultado que a quantidade de usuários tem sobre o valor de um bem ou serviço. Em outras palavras, quando o efeito de rede está presente, o benefício de um produto ou serviço aumenta conforme o número de usuários também aumenta.

A principal meta do conceito de Porter é criar uma barreira em torno do negócio, evitando a proximidade dos concorrentes, o conceito de efeitos de rede as empresas criam redes de participantes e elementos que interagem entre si para criar e compartilhar valor. Elas podem vender produtos ou serviços, criar relacionamentos, compartilhar opiniões, colaborar e muito mais, ou seja envolver fatores externos na rede de influência da empresa tem potencial de benefício nas empresas que adotam esse tipo de modelagem, contrariando o conceito de Porter.

O Airbnb, Uber e outros startups são algumas das companhias que está transformando a sociedade e os conceitos de negócio, empresas que faturaram milhões no ultimo ano podemos facilmente concluir que ambas estão “roubando” o tradicional mercado de hotel e táxi, se pensarmos na forma tradicional de Porter, a estratégia seria afastar os concorrentes, mas essa não é a estratégia desses startups, ambas são empresas conhecidas como Orquestradores de Redes, essas empresas criam redes de participantes e elementos que interagem entre si para criar e compartilhar valor.

Esse processo permite gerar inúmeras interações entre usuários , seguidores, motoristas e vendedores , gerando um universo infinito de compartilhamento de dados, mostrando o efeito rede na prática.

As empresas que adotam essas práticas não perder oportunidades, e sim utilizam todas essas interações como estratégia para aumentar continuamente os seus fiéis clientes.

Como resultado no caso do Airbnb, boa parte das ofertas da plataforma é proveniente de empresas profissionais do segmento, em especial, pousadas e proprietários de produtos mais segmentados, que se uniram à rede para aproveitar o potencial de seus usuários.