O Efeito Chicote
Por: Walter Borges • 8/11/2015 • Trabalho acadêmico • 807 Palavras (4 Páginas) • 293 Visualizações
1- INTRODUÇÃO
A cadeia de suprimentos envolve todas as atividades associadas com a movimentação de produtos desde o estágio de matéria-prima até a entrega do produto ao consumidor final, incluindo fontes de informações e obtenção destas, cronograma de produção, ordem de processamento, gerenciamento de inventário, transporte, armazenamento e serviço de atendimento ao cliente. A relação de dependência existente entre os participantes da cadeia de suprimentos, atividades e recursos causam conseqüências de natureza negativa quando ocorre variabilidade em qualquer sentido na cadeia de suprimentos, fenômeno este conhecido como efeito chicote. Este fenômeno está relacionado com a amplificação e variabilidade que ocorrem pela antecipação de decisões, políticas, formas organizacionais e escolha de investimento frente a demanda dos consumidores. O modo como as empresas reagem ao efeito chicote, ou seja, o desempenho apresentado é avaliado pelos clientes nos aspectos relacionados com qualidade de produtos, confiabilidade no prazo estipulado, flexibilidade com relação à quantidade, agilidade ou velocidade na entrega e um preço competitivo, o que sugere um baixo custo geral. Esses aspectos são conhecidos como medidas de desempenho ou prioridades competitivas.
O texto Efeito Chicote na cadeia de suprimentos tem por propósito tentar nos explicar quais são as causas e como pode ser evitado esse efeito através de algumas técnicas de gerenciamento.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- Síntese da obra
Em seu início, o autor menciona que em função da variabilidade da demanda os estoques tendem a crescer ao longo da cadeia de suprimentos. Assim sendo, desde o cliente final até a última empresa desta cadeia, a percepção de demanda é considerada de formas diferentes. Assim sendo, a utilização de técnicas de previsão de demanda baseadas em dados históricos associadas a informações incoerentes do mercado tornam-se um grande risco à sobrevivência de uma empresa no seu curto prazo. Isto porque elas tendem a produzir um determinado quantitativo que pode estar fora dos padrões mercadológicos reais. É certo que quanto maior a distância em relação ao consumidor, maiores serão as distorções em termos de informação de demanda. E essa distorção aumenta à medida que se move na cadeia (propagação da variação). Este evento que ocorre é chamado de efeito chicote.
Dentre as principais causas do efeito chicote, pode-se enfatizar a falta de planejamento na mensuração da demanda acarretando desequilíbrios dos níveis de estoques; exacerbada consideração dada às demandas históricas sem efetuar os devidos ajustes em flutuações consideradas fora do padrão; baixo enrijecimento de processos, buscando-se menor flexibilidade e maiores penalidades por descumprimento de contratos em caso de racionamento de produtos; altos lead times contribuem para onerar demasiadamente o processo, sendo necessário a busca de ganhos de escala como solução estratégica para redução do efeito chicote.
Certamente, o principal prejudicado de todo esse processo é o consumidor final que poderá não ser atendido plenamente em suas necessidades ou, caso seja, pagará um preço bem maior. Com relação à cadeia em si, o acúmulo de estoques ao longo de cada elo com o intuito de amortecer as oscilações da demanda é também um efeito negativo sobre os resultados da empresa. Investir demasiadamente em ativos imobilizados, significam, entre outras coisas, deixar o dinheiro que poderia ser aplicado em fontes rentáveis, parado.
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