O Gerenciamento de Qualidade
Por: Marcel Chaves • 16/5/2020 • Trabalho acadêmico • 3.679 Palavras (15 Páginas) • 248 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de análise | |
Disciplina: Gerenciamento de Qualidade | Módulo: 9 |
Aluno: Wander Marcel Barros Chaves | Turma: 6 |
Tarefa: Análise de qualidade na emissão de óxido de nitrogênio (NOx) nos carros a diesel da Volkswagen | |
Introdução | |
Qualidade se tornou uma da palavras, que se traduz em conceito, mais buscadas no mundo, seja por empresas ou pessoas. As empresas buscam qualidade no produtos e serviços, através de processos, materiais e pesquisa. Pessoas buscam qualidade de vida, bem-estar. O consumo responsável cresceu nos últimos anos, onde pessoas procuram saber a procedência e o impacto do consumo no modo de vida saudável e no meio ambiente. Slack, Harrison e Johnston (1999:414) afirmam que “qualidade é a consistente conformidade com as expectativas dos consumidores”, eles reforçam que só é possível entender e praticar qualidade de forma adequada se o gestor, além de gerenciar os procedimentos do projeto, tiver uma constante preocupação em atingir as expectativas negociadas com os clientes. Qualidade busca em fazer o melhor possível, sempre buscando a excelência. A sexta edição do PMBOK (PMI, 2017) realça que, além de fazer certo as coisas, o projeto precisa garantir, por meio de uma estratégia organizacional competente, que a organização também esteja direcionada para fazer as coisas certas. Enquanto o fazer certo as coisas pode ser organizado e controlado pelo processo, fazer a coisa certa depende de inúmeras outras questões, principalmente da forma como a organização pretende ser vista pela sociedade. | |
Desenvolvimento | |
Gestão da qualidade total A filosofia de gestão da qualidade total está calcada em quatro pilares: satisfação dos stakeholders; prevenção sobre inspeção; responsabilidade gerencial; e melhoria contínua. O gerenciamento da qualidade em projetos deve ser feito em duas dimensões distintas, mas associadas: gerenciamento do projeto e gerenciamento do produto do projeto. A satisfação dos stakeholders vai além da alocação adequada de recursos e cumprimento do cronograma. Deve-se gerenciar os requisitos dos stakeholders, de forma a entregar o produto ou serviço que estava planejado. O custo da prevenção de erros é, por via de regra, menor que o custo de correção de um erro. Com isso, crescem de importância os processos do grupo de processos de planejamento, de forma que os erros não se acumulem e gerem custos excessivos. A responsabilidade gerencial na busca pela qualidade não se dá apenas com a aplicação de recursos, podendo ser também pelas habilidades de administração de conflitos, de negociação e de engajamento de stakeholders. A perspectiva da melhoria contínua pode ser explicitado pelo ciclo PDCA. Melhoria contínua A melhoria contínua é uma lógica de que o projeto de hoje tem que ser melhor do que os anteriores, e que os futuros serão melhores do que o atual. A cultura organizacional deve, no mínimo, manter o que já foi aprendido. E é nessa lógica em que o Ciclo PDCA se baseia.[pic 1][pic 2][pic 3] [pic 4] A consolidação da mentalidade de melhoria contínua e o atingimento de um padrão de qualidade do produto ou serviço pode levar anos. No entanto, se a gerência, por exemplo, ignora a importância da melhoria contínua e do gerenciamento da qualidade, o padrão da qualidade tende a diminuir, e custará muitos recursos para atingir aquele padrão novamente. O triângulo abrange a dimensão técnica da gestão do projeto, a dimensão da liderança e a dimensão estratégica e de negócios da gestão de projetos. [pic 5] Os processos de gerenciamento da qualidade do projeto O Guia PMBOK (PMI, 2017) detalha três processos de gerenciamento da qualidade em projetos que norteiam o que e como fazer para que o gestor e a equipe possam produzir e entregar o produto, conforme acordado, ao cliente: Planejar o gerenciamento da qualidade; Gerenciar a qualidade; Controlar a qualidade. [pic 6] O CASO VOLKSWAGEN Em 1993, Ferdinand Piëch, então Presidente do Conselho de Administração (COO) do grupo Volkswagen (VW), cargo esse de maior poder dentro do hierárquico de uma empresa, neto de Ferdinand Porsche, um profissional preparado e produtivo, implantou um novo DNA a empresa. Com experiência adquirida na Audi, Piëch foi de suma importância para reerguer a Volkswagen. Nesse período, a Volks estava praticamente falida e com baixa qualidade em seus automóveis. Em 1996, depois de vários testes ele finalmente inventou o Turbocharged Direct Injection (TDI), um projeto de motor turbodiesel, com turbo compressão e injeção direta de combustível, com a promessa de diesel limpo e com custo benefício bem maior que os outros tipos de combustível. Recuperada da falência, a VW aumentava sua participação no mercado, principalmente nos EUA, onde pretendia crescer e alcançar a meta de ser a maior montadora do mundo. Esta análise se refere a crise que a montadora de carros VW enfrentou nos anos de 2015 e 2016, que ficou conhecida como Dieselgate, considerada a maior fraude corporativa da história mundial. O poder desta multinacional em manipular consumidores e órgãos públicos, visando assim obter maiores lucros e a como crises em empresas de grande porte afetam o impacto sobre a reputação. A origem do Dieselgate está na instalação incorreta de novos controles de emissões de gases poluentes, óxido de nitrogênio (NOx), mais eficazes, em muitos automóveis do grupo Volkswagen em 2009. A redução de emissões de gases que estes controles permitiam foi suficientemente importante para o grupo anunciar os seus novos carros como “diesel limpo”. Em 2009, o Volkswagen Jetta TDI ganhou o prémio “Carro verde do ano”, atribuído por um painel de peritos que inclui ambientalistas, e em 2010 o mesmo prêmio foi dado ao Audi A3 TDI, produzido pelo mesmo grupo. Abaixo a cronologia do caso: 2004-2007 - EUA endurecem padrões O governo dos Estados Unidos endurece os padrões para emissão de NOx. Na época, as autoridades reconheceram que os novos níveis seriam difíceis de serem cumpridos. 2009 - Volkswagen anuncia carros com diesel limpo A Volkswagen começa as vendas dos modelos de carros a diesel, com motor chamados EA 189. 2013 - Dados não batem O Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), junto com a Universidade de West Virginia, nos Estados Unidos, decide estudar o sistema para mostrar como o diesel poderia ser um combustível limpo. ao analisar 3 carros: Volkswagen Jetta 2012, Volkswagen Passat 2013 e BMW X5. Nos testes houve uma grande diferença entre o nível de emissão de NOx observado no estudo nas ruas e os números dos testes oficiais. 2014 - Governo dos EUA é alertado O ICCT e a Universidade de West Virginia alertam a Agência de Proteção Ambiental (EPA), do governo americano, e o conselho de emissões da Califórnia (CARB) sobre a descoberta. A Volkswagen afirmou que estudo era falho e culpou questões técnicas para os resultados. A empresa realizou um "recall branco" (quando não há obrigatoriedade e risco à segurança) de 500 mil carros nos EUA. 2015 - Software é descoberto A EPA descobre que um software instalado na central eletrônica dos carros da Volkswagen altera as emissões de poluentes nesses veículos apenas quando são submetidos a vistorias. 18 de setembro de 2015 - Volkswagen é acusada O governo dos Estados Unidos acusa a VW de burlar os dados de emissões de gases poluentes. Segundo a EPA, 482 mil veículos com motores a diesel, fabricados entre 2009 e 2015, violam os padrões federais. 20 de setembro de 2015 - Montadora se desculpa O presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, divulga nota se desculpando pela má prática. 22 de setembro de 2015 - Fraude envolve outros países A montadora admite o dispositivo foi usado em outros países. Sem dizer quais os carros e os países. 23 de setembro de 2015 - 'Chefão' renuncia Martin Winterkorn renuncia ao cargo de presidente-executivo do grupo e pede demissão da Volkswagem. O presidente da Porsche, Matthias Müller, assume. 24 de setembro de 2015 - Europeus vão refazer testes O governo alemão diz que vai refazer testes nos carros com motor 1.6 e 2.0 a diesel. França e Reino Unido também anunciam novos testes. 8 de outubro de 2015 - Depoimentos ao Congresso Primeiro executivo da Volkswagen, presidente da filial Michael Horn, a depor sobre o caso no Congresso americano. 15 de outubro de 2015 - Recall de 8,5 milhões A montadora informa recall para o início de 2016 nas unidades das marcas Volkswagen, Audi, Seat e Skoda vendidas em 28 países. A atualização do software está em desenvolvimento na Alemanha. 21 de outubro de 2015 - Escândalo chega ao Brasil A VW do Brasil anuncia o recall em 17 mil unidades da picape Amarok, ano 2011 e 2012, devido ao dispositivo que burla os testes de emissões. 28 de outubro de 2015 - Primeiro prejuízo e foco em elétricos O grupo VW anuncia seu primeiro prejuízo trimestral em pelo menos 15 anos. O resultado é afetado pela reserva de € 6,7 bilhões para cobrir custos com a fraude. 2 de novembro de 2015 - Porsche é envolvida A EPA diz que encontrou indícios de que a Volkswagen instalou controles fraudulentos em veículos da Porsche e Audi, com motores 3.0, em modelos de 2014 até 2016. Novembro de 2015 - Multa do Ibama e do Procon-SP Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) multa a VW em R$ 50 milhões. O Procon-SP anunciou multa de R$ 8,3 milhões à montadora. 14 de novembro de 2015 - Motores a gasolina sob suspeita Um novo escândalo, 4 motores a gasolina têm dados sob suspeita na emissão do nível de dióxido de carbono (CO2) que está sendo questionado. A lista de 430 mil unidades do ano 2016, inclui o 2.0 TFSI que equipa Golf e Passat. 20 de dezembro de 2016 - Acordo no Canadá A VW fecha acordo no Canadá de US$ 1,57 bilhão, para compensar consumidores daquele país. O acordo é semelhante ao dos EUA. Janeiro de 2017 - Executivo condenado na Coreia do Sul Um executivo da filial sul-coreana da Volkswagen foi condenado a 1 ano e 6 meses de prisão por produzir documentos falsificados. 6 de janeiro de 2017 - Sinal verde para recalls nos EUA Mais de 1 após o escândalo vir à tona, a montadora recebe aval do governo dos EUA para começar o conserto dos carros de clientes envolvidos no escândalo e que optarem por não revendê-los às marcas. 7 de janeiro de 2017 - Executivo preso nos EUA O FBI prende um executivo da VW, Oliver Schmidt – chefe do departamentod e compliance, por acusação de conspiração para fraudar os EUA no Dieselgate. 10 de janeiro de 2017 - Novo acordo bilionário A VW paga US$ 4,3 bilhões em multas para encerrar processos na esfera civil e criminal nos EUA. A montadora se declara culpada pela conduta criminosa e tem supervisão independente por 3 anos. Número 1 do mundo em vendas No mesmo dia do acordo, a VW anuncia o seu recorde de vendas, em 2016. Volume superior ao da rival Toyota, dando à Volkswagen o título de número 1 do mundo. 11 de janeiro de 2017 - Executivos denunciados nos EUA Seis executivos da Volkswagen foram denunciados por fraude dos motores a diesel da montadora nos EUA. Março de 2017 - Ibama contesta Volkswagen e mantém multa O Ibama divulga resultados de testes que contestaram a informação da VW em testes na Amarok, e mantém a multa de R$ 50 milhões. Abril de 2017 - Terceiro acordo nos EUA A montadora concorda em pagar mais US$ 157 milhões para indenizar 10 estados para saldar as penas por violar as normas sobre emissão de gases poluentes. Maio de 2017 - Quarto acordo nos EUA Montadora aceita pagar US$ 1,2 bilhão para consertar ou recomprar 80 mil carros com motor 3.0 diesel. Julho de 2017 - Mais uma multa nos EUA A Volkswagen concorda em pagar mais US$ 154 milhões ao estado da Califórnia, além dos US$ 533 milhões acertados anteriormente. Setembro de 2017 - Indenização no Brasil A Volkswagen foi condenada, em 1ª instância, a pagar um total de R$ 1,09 bilhão de indenização aos 17.057 proprietários das picapes Amarok no Brasil. 18 de setembro de 2017 - 2 anos do escândalo Após 2 anos do Dieselgate, estudo de revista especializada em meio ambiente diz que 5 mil mortes ao ano na Europa por consequência de poluentes do diesel podiam ser evitadas se as emissões fossem no mesmo nível do apontavam os testes. Setembro de 2017 - Executivo da Audi preso na Alemanha Wolfgang Hatz, que era responsável pelo desenvolvimento de motores da Audi entre 2001 e 2007, foi preso. Setembro de 2017 - Prejuízo com fraude chega a US$ 30 bilhões A conta do escândalo no EUA chega a US$ 30 bilhões em penalidades e ressarcimentos, além do custo para consertar ou recomprar os veículos afetados nos EUA. 6 de dezembro de 2017 - Executivo preso nos EUA é condenado Oliver Schmidt, que foi preso provisoriamente, foi condenado a 7 anos de prisão pelo Dieselgate. Janeiro de 2018 - Acusada de testar efeitos do diesel em macacos The New York Times publica reportagem sobre teste dos efeitos de diesel em macaos e humanos realizados pela Volkswagen, Daimler (dona da Mercedes-Benz) e BMW, além da Bosch. Janeiro de 2018 - Novo recorde de vendas A Volkswagen comemorou um novo recorde anual de carros entregues - a empresa não usa o termo "vendas". O volume em 2017 somou 6,23 milhões de unidades em todo o mundo, 4,2% acima de 2016. O título de campeã é disputado com a Aliança Renault-Nissan. Março de 2018 - 'Mar' de carros guardados Volkswagen recompra 300 mil carros de clientes atingidos pelo escândalo. Maio de 2018 - Winterkorn é indiciado O ex-presidente mundial da Volkswagen, Martin Winterkorn, e mais 5 executivos são acusado formalmente de fraude e conspiração nos EUA. Março e novembro de 2018 - Processo coletivos na Europa A VW começa a enfrentar a ação judicial movida por um grupo de clientes na Alemanha e Reino Unido, através de um dispositivo legal criado especificamente após o Dieselgate. 12 de abril de 2018 - Nova troca de presidente Matthias Muller deixa o comando do grupo Volkswagen e é substituído por Herbert Diess. Junho de 2018 - Multa de 1 bi de euros na Alemanha A Promotoria de Braunschweig, na Alemanha, impôs uma multa de 1 bilhão de euros para o grupo Volkswagen. Outubro de 2018 - Multas para Audi A Procuradoria de Munique multa a Audi em 800 milhões de euros. Janeiro de 2019 - Diretores da Audi indiciados A Justiça dos EUA indiciou 4 diretores da Audi pelo Dieselgate. Fevereiro de 2019 - Terceira multa no Brasil O Departamento de Proteção ao Consumidor conclui processo administrativo contra a Volkswagen determinando uma multa de R$ 7,2 milhões, a terceira da montadora no Brasil por conta do Dieselgate. Fatores analisados no caso Volkswagen Liderança do mercado A estratégia elaborada em 2010, sob a liderança de Martin Winterkorn, de se tornar a maior montadora do mundo até 2018 é apontada como principal causa da conduta fraudulenta do Grupo Volkswagen. Segundo o Guia PMBOK (2017), o planejamento da qualidade é processo de identificação dos padrões ou requisitos de qualidade da gestão e do produto do projeto, além da respectiva documentação do modo como o projeto vai demonstrar sua conformidade aos requisitos de produto e de processos especificados. Ao definir metas de vendas a VW deixou de cumprir os requisitos necessários para o planejamento de qualidade, não sendo capaz de adequar seus produtos com as legislações vigentes, que evoluiram ao longo dos anos. Centrada no modelo ultrapassado e burlando testes de qualidade, a empresa entrou no ciclo em que tudo estava funcionando normalmente. Para alcançar a meta a VW não se importou em colocar artifícios irregulares, mesmo sabendo que os riscos eram grandes e a entrega do produto não condizia com as especificações necessárias. Mesmos após as fraudes, a VW foi a empresa com maior números de entregas em 2016 e 2017, atingindo a “meta” em números, mas com um prejuízo bilionário. Gestão fraudulenta O governo dos Estados Unidos acusou a marca de fraudar resultados em testes de poluentes em 500 mil veículos vendidos no país - entre eles, as versões TDI dos carros Golf, Jetta, Beetle e Audi A3, produzidas entre 2009 e 2015, além de Passats feitos entre 2014 e 2015. Após o caso cair no noticiário e especulações começarem, a Volkswagen admitiu, no dia 22 de setembro, que 11 milhões de veículos movidos a diesel, em modelos de várias marcas pertencentes ao grupo, foram adulterados. A fraude consistiu em um mecanismo instalado nos carros equipados com um motor a diesel do tipo EA 189. A Agência Ambiental dos Estados Unidos (EPA) concluiu que o software reconhece quando o veículo está sob inspeção técnica, muda o motor para o modo de economia e injeta produtos químicos para reduzir as emissões de gases tóxicos. Dessa forma, os resultados de vistorias apresentam emissões que se adequariam a normas. Mas, em condições normais de condução, a emissão seria até 40 vezes maior do que a lei dos EUA permite. Não cumprimentos de requisitos dos stakeholders Sabe-se que a emissão de gases poluentes tipo CO2 (dióxido de carbono) pelos veículos movidos a motores que utilizam combustível fóssil contribui para a poluição. Diversas são as legislações que instituem limites para emissão de gases objetivando reduzir a poluição do ar. Muitas destas legislações se originaram de movimentos sociais que buscam uma melhor qualidade do ar. Este contexto se faz presente primordialmente na Europa e nos EUA, que abrigam muitas montadoras do ramo automotivo, que buscam inovações tecnológicas que reduzam a emissão de poluentes na atmosfera. Dentre as inovações já implantadas é possível citar os catalisadores introduzidos nos escapamentos dos veículos no final do século passado, e no atual século os veículos híbridos e elétricos. Risco a saúde A queima do diesel libera diversos gases poluentes na atmosfera, como monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, enxofre, entre outros - responsáveis pela morte de milhares de pessoas anualmente. Por esse motivo, os países possuem agentes burlando isso ao fazer com que pelo menos 11 milhões de seus carros parecessem menos tóxicos do que realmente são, enganando consumidores e contribuindo ainda mais para o processo de aquecimento global. Grande parte da população mundial se concentra nas grandes cidades, e a empresa permitiu que essas pessoas fossem expostas a um nível ainda maior de resíduos tóxicos e cancerígenos resultantes da queima do diesel. Multas bilionárias Foram mais de 60 bilhões de doláres em multas e ações judiciais. A VW se viu obrigada por lei a recomprar os veículos dos consumidores insastifeitos, lotando os patios da montadora pelo mundo. Após acordos judiciais, a Volkswagen aceitou o pagamento de multas e não apelar contra elas. A Volkswagen admitiu a sua responsabilidade pela crise, considerando essa atitude um passo importante para a superação do episódio, afirmou a montadora em comunicado na época. A Volkswagen pagou 4,3 bilhões de dólares a autoridades dos Estados Unidos para o encerrar as acusações civis e criminais por ter instalado um software em motores a diesel que mascarava resultados de testes de emissão de poluentes. A promotoria em Braunschweig, Alemanha, ordenou a multa contra a montadora por ciências da companhia em impedir a instalação do software em 10,7 milhões de carros entre 2007 e 2015. A multa de 1 bilhão de euros encerra qualquer procedimento de autoridades contra a Volkswagen, o que a montadora avalia como positivo para ajudar a resolver novas ações administrativas contra a companhia na Europa. A nova multa não está incluída na provisão de 28,5 bilhões de euros feita pela Volkswagen para lidar com os gastos relacionados ao escândalo. da Audi, Rupert Stadler, entre os suspeitos acusados de fraude e propaganda eng | |
Considerações finais | |
É evidente que a raiz desse escândalo antiético remonta a cultura de negócios e estrutura da empresa. Hoje as práticas de negócios são muito diferentes das práticas anteriores, não quer dizer que não aconteçam. Essa forma de abordagem de empresas, como a VW, se recusa a tratar stackeholders de forma ética e também os funcionários, que enfrentam dilemas internos, portanto, a empresa obtém resultado inverso, e perde seu papel na entrega de qualidade. As ações de funcionários têm papel crucial no sucesso ou fracasso do empresa, portanto, é importante valorizar os funcionários e melhorar moral para realizar tarefas eticamente. Em 2016, a VW encerrou 30.000 postos de trabalho pelo mundo. Para os processos de garantia de qualidade no projeto tenha resultado, é necessário os funcionários trabalham em equipes para alcançar os resultados esperados. É óbvio que as emissões e poluições são de preocupação significativa para a da sociedade. Assim, é inegável que as empresas busquem novos e rigorosos padrões de melhoria de qualidade nos produtos e serviços. Caso da Volkswagen revela que a falta de garantia de rigorosos padrões de qualidade gera resultados devastadores. A empresa parou no tempo, com um produto obsoleto, sem a garantia de qualidade necessária para o consumidor, fato ocorrido devido a falta de melhoria contínua nos processos de qualidade. Ocorrendo a defasagem do produto, gerando prejuízo e a necessidade de se adequadar ao mercado, foi realizado um recall tardio, aproximadamente 2 anos depois, o novo software estava pronto para ser inserido nos carros. Outro fator importante, são as lições aprendidas, para que os erros não se repitam. Portanto, é significativo planejar padrões viáveis de qualidade e também fornecer suporte necessário nos processos. Para impedir que esse escândalo ocorra no futuro, é recomendado às empresas que valorizem seus processos. Além disso, é de suma importância a auditoria de empresas independentes nos mais variados processos, para que se alcance a meta de qualidade. | |
Referências bibliográficas | |
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