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O Guru dos Emergentes

Por:   •  11/8/2019  •  Tese  •  1.137 Palavras (5 Páginas)  •  107 Visualizações

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O Guru dos Emergentes

C.K. PRAHALAD – 65 anos, casado com Gayatri, duas filhas.

Formação Acadêmica: Doutor em Administração por Harvard

Nacionalidade: Indiano naturalizado americano

Hobbies: Caminhadas, viagens e leituras sobre geografia e história antiga.

Principais Livros: A Riqueza na Base da Pirâmide e Competindo pelo Futuro

Cargo Atual: Professor titular de estratégia corporativa do programa de MBA da Universidade de Michigan

Outras atividades: Conselheiro do governo indiano para empreendedorismo.

Célebre por seus gramados cor de esmeralda e mansões de milionários aposentados, o vilarejo de Rancho Santa Fé no sul da Califórnia, abriga um morador incomum. Aos 65 anos, considerado um dos mais influentes gurus empresarias da atualidade, o indiano-americano Coimbatore Krishnarao Prahalad não tem para o golfe e os banhos de mar que preenchem a rotina de seus vizinhos. Neste verão no hemisfério norte, C.K. Prahalad vai aproveitar as férias da Universidade de Michigan, onde leciona no programa de MBA, para correr o mundo dando consultorias, fazendo palestras e aprofundando pesquisas para seu novo livro, previsto para ser lançado nos Estados Unidos em 2007. Prahalad não é exatamente uma novidade no mundo dos negócios. Há anos, ele perambula pelo mundo fazendo pregações. No Brasil, pelas próprias contas, já esteve oito vezes. O fato, porém, é que C.K. Prahalad desfruta atualmente de um respeito inédito em sua carreira. Ele é “descobridor” de tendências mais ouvidas pelos presidentes das maiores empresas do mundo. Publicações de negócios americanas já comparam a Peter Drucker, o maior guru empresarial do século 20 – o que pode se mostrar, no futuro, um enorme exagero.

O nirvana desfrutado hoje pelo pensador indiano é resultado de suas teses de ontem. Prahalad foi o primeiro representante da elite acadêmica americana a afirmar que as grandes economias emergentes – leia-se, sobretudo os Bric – mudariam o panorama de negócios mundial e a forma como as grandes companhias operam. É por isso que empresários, executivos e acadêmicos aguardam com alguma ansiedade o lançamento de seu novo livro. Nele, Prahalad se propõe fazer o cruzamento das teses revolucionárias defendidas em seus dois últimos títulos. A Riqueza na Base da Pirâmide e Competindo pelo futuro. Juntos, eles formarão uma trilogia. “Estou escrevendo sobre a democratização do comércio e a busca global por talento”, disse ele a Exame no escritório de seu casarão de estilo colonial espanhol. Prahalad explica que, com base em estudos de caso como o da Casas Bahia, A Riqueza na Base da Pirâmide desvendou as tremendas oportunidades de mercado oferecidas pelos 5 bilhões de pobres do planeta. Já em Competindo pelo Futuro, ele e seu colega Venkat Ramaswamy descreveram como a globalização e a internet estão sacudindo os mercados e as empresas. Por trás desse terremoto estão dois agentes cada vez menos submissos: o consumidor, pressionando as empresas por inovação, qualidade e preços baixos, e os países emergentes, que além de oferecer mão-de-obra barata, estão se convertendo num celeiro fértil de novas tecnologias e soluções gerenciais.

“Essa é a nova fronteira do capitalismo”, profetiza Prahalad, em seu característico tom de voz grave e pausado, pontuado pelo sotaque indiano. “Nações como o Brasil, Índia e China vão mudar fundamentalmente a natureza das grandes corporações.” Se ele estiver certo, isso significa que, pela primeira vez, empresas e executivos americanos e europeus serão forçados a aprender com seus pares asiáticos, latino-americanos e do Leste Europeu. Como é esperar de um legítimo Prahalad, o novo livro deve ser provocativo, dissecando os modelos de negócios dessa nova era – segundo ele, a chave será combinar alta qualidade com preços radicalmente baixos.

Foi lançamento de A Riqueza na Base da Pirâmide, em 2004, que jogou Prahalad num patamar acima dos demais gurus. Publicado em 5 idiomas, o livro recebeu elogios tanto de líderes empresariais, como Bill Gates, como de altos funcionários da ONU e do Banco Mundial. Hoje, entre os fãs declarados de Prahalad estão presidentes de algumas das maiores corporações do mundo, como Lord Browne, da British Petroleum, Alan Lafley, da Procter & Gamble, e Mark Hurd, da Hewlett-Packard. “C. K. é um cara ao mesmo tempo não convencional e pragmático”, disse Hurd à revista americana Business Week.

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