O Lúpus Eritematoso Sistêmico

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WILLIANE COELHO FIGUEIREDO

IMUNOLOGIA

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Monte Alegre do Piauí - PI 2024

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica caracterizada por uma resposta imune desregulada que ataca os próprios tecidos do corpo. Essa desregulação leva à produção de autoanticorpos, que se ligam a componentes celulares saudáveis e causam inflamação e danos em diversos órgãos e sistemas.

Classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico na Hipersensibilidade

O LES se encaixa na categoria de hipersensibilidade tipo III, também conhecida como doença do complexo imune. Essa classificação se dá pela formação de complexos imunes entre autoanticorpos e seus antígenos específicos, que se depositam em diferentes tecidos, ativando o complemento e outras células inflamatórias.

Mecanismo Patogênico do Lúpus Eritematoso Sistêmico

O desenvolvimento do LES é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, hormonais e ambientais. A predisposição genética é um componente importante, com diversos genes associados à doença. Fatores hormonais, como o estrogênio, também podem influenciar o desenvolvimento do LES em mulheres. Fatores ambientais, como a exposição à luz solar, podem desencadear ou exacerbar os sintomas da doença.

Fatores Genéticos

O LES possui uma herança complexa, com vários genes de suscetibilidade envolvidos. Estudos identificaram genes que codificam proteínas do sistema imune, como antígenos leucocitários humanos (HLA), citocinas e receptores de células B, que podem estar associados ao desenvolvimento da doença.

Fatores Hormonais

O estrogênio é um hormônio sexual feminino que pode influenciar a atividade do sistema imune. Níveis elevados de estrogênio podem contribuir para a produção de autoanticorpos e o desenvolvimento do LES. Essa associação explica a maior prevalência da doença em mulheres em idade fértil.

Fatores Ambientais

A exposição à luz solar é um fator ambiental importante no LES. A radiação ultravioleta (UV) pode danificar o DNA das células e levar à produção de autoanticorpos. Outros fatores ambientais, como infecções virais, estresse e tabagismo, também podem influenciar o desenvolvimento da doença.

Manifestações Clínicas do Lúpus Eritematoso Sistêmico

O LES apresenta uma ampla gama de sintomas, que podem variar em severidade e duração. As manifestações clínicas mais comuns incluem:

• Fadiga crônica
• Febre
• Dor e inchaço nas articulações (artrite)
• Erupções cutâneas, principalmente em áreas expostas ao sol
• Sensibilidade à luz solar
• Queda de cabelo
• Problemas renais
• Problemas pulmonares
• Problemas cardíacos
• Alterações neurológicas

Diagnóstico do Lúpus Eritematoso Sistêmico

O diagnóstico do LES é baseado em uma combinação de critérios clínicos, laboratoriais e imunológicos. Os critérios clínicos incluem a presença de pelo menos quatro dos sintomas mencionados acima. Os critérios laboratoriais e imunológicos podem incluir:

• Presença de autoanticorpos específicos, como anti-DNA nativo e anti-Sm
• Alteração no complemento
• Anemia
• Leucopenia
• Plaquetopenia
• Proteinúria
• Hematúria

Tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico

O tratamento do LES visa controlar a inflamação, prevenir o dano tecidual e aliviar os sintomas. O tratamento pode incluir: