O Modo de transporte ferroviário
Por: Andréia Silva • 22/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.784 Palavras (16 Páginas) • 231 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE NEGÓCIOS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ALICE HARUMI IKEDA GRIZZA
ANDRÉIA CRISTINA SILVA
JÉSSICA KAMILLA WELTER
MARCIELE ROSÁLIA SIVERES
MICHEL BAETKER DASPETT PAEZ
TUÍSE VANESSA RAUBER
MODAIS DE TRANSPORTE: FERROVIÁRIO
TOLEDO
2014
ALICE HARUMI IKEDA GRIZZA
ANDRÉIA CRISTINA SILVA
JÉSSICA KAMILLA WELTER
MARCIELE ROSÁLIA SIVERES
MICHEL BAETKER DASPETT PAEZ
TUÍSE VANESSA RAUBER
MODAIS DE TRANSPORTE: FERROVIÁRIO
Trabalho apresentado à Disciplina de Logística Empresarial, Curso Administração, da Escola de Negócios, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito para obtenção de nota parcial.
Professor: Armando Staudt Manfroi
TOLEDO
2014
1 INTRODUÇÃO
Com a expansão da cultura cafeeira no século XIX, somada aos incentivos governamentais para a construção de ferrovias, o modal ferroviário ocupou lugar de destaque no transporte de cargas do país. Nesse período a construção de ferrovias no Brasil contou com forte participação do capital privado internacional, com destaque para o capital Inglês, mas as linhas férreas paulistas por sua vez, foram financiadas pelo próprio capital cafeeiro.
Após passar por uma enorme crise no setor ferroviário, o governo decidiu criar órgãos responsáveis pelo desenvolvimento do setor, momento em que surgiram como forma de solução, as privatizações. Com elas, o modal ferroviário passou a crescer de forma significativa, porém ainda pequena. Hoje o transporte ferroviário brasileiro atravessa um período de revitalização em sua participação, e entre os outros modais utilizados no país.
No entanto, quando se trata da atividade ferroviária brasileira em relação com os outros países da América Latina, percebe-se ainda, uma participação reduzida. Um dos fatores que levam a isso é a falta de padronização das bitolas entre as malhas ferroviárias dos países que fazem fronteiras e também, dentro do próprio país.
As ferrovias vêm apontando grande importância no escoamento de grãos/commodities, porém, no mercado de carga geral de alto valor agregado como alimentos, bebidas, produtos industrializados e bens de consumo, as ferrovias ainda apresentam pequena participação, mas apesar de pequena, algumas empresas têm concentrado seus esforços para operar nesse mercado apostando na diversificação de seus investimentos. A construção de terminais intermodais e as parcerias com clientes, além dos investimentos em locomotivas e vagões, têm sido alguns movimentos observados nas ferrovias que visam melhorar o transporte de cargas.
As ferrovias possuem capacidade de carga e velocidade que se exploradas corretamente facilitariam a logística, beneficiando diretamente as empresas valer-se-ão deste modal.
2 MODAL FERROVIÁRIO
O surgimento do transporte ferroviário esteve estritamente relacionado com a Revolução Industrial, ao longo dos séculos XVIII e XIX. O modal ferroviário emergiu na Europa, mais precisamente na Inglaterra, onde surgiu a primeira ferrovia em 27 de setembro de 1825.
A implantação das ferrovias no Brasil foi iniciada em meados do século XIX pelo Barão de Mauá. O primeiro trecho ligava o Rio de Janeiro a Petrópolis, através de uma operação multimodal. A linha iniciava em Magé, cidade localizada nos fundos da baía da Guanabara e, portanto, alcançada pela navegação interior, predominante à época. Apesar de seu tamanho diminuto (apenas 16 km), o Barão de Mauá realizou uma grande mobilização de recursos nacionais e internacionais, que seriam garantidos com o sucesso do empreendimento, numa operação similar ao que hoje se convenciona chamar de project finance.
A expansão da atividade cafeeira esteve intimamente associada ao crescimento da malha ferroviária, o que explica o porquê de sua maior amplitude e capilaridade na região Sudeste, em especial no Estado de São Paulo.
Existiam quatro pontos de convergência na malha ferroviária brasileira, sendo três no Sul/Sudeste (São Paulo/Santos, Rio de Janeiro e Curitiba/Paranaguá) e um no Nordeste (Recife). Essa convergência não é fortuita. Ela revela o elevado grau de conhecimento da geografia e, principalmente, da economia regional brasileira do século XIX, o que permitiu aos concessionários privados otimizar rotas (Os concessionários necessitavam obter o máximo de capilaridade para suas redes, ao mesmo tempo em que buscavam minimizar os custos de construção e de operação).
Deve-se reconhecer que a geografia brasileira não é das mais propícias à implantação de redes de transportes, devido às inúmeras serras, vales e outros acidentes geográficos. Porém, da mesma forma que os portos foram locados nos melhores pontos do litoral (identificados há 500 anos pelos colonizadores portugueses), as ferrovias foram construídas aproveitando os tabuleiros de planaltos e de vales para assentamento das linhas.
2.1 IMPORTÂNCIA DO MODAL FERROVIÁRIO NO BRASIL
Para escoar a produção agrícola brasileira e transportar os produtos importados para o interior do território nacional, foram implantadas, no fim do século XIX e inicio do século XX, ferrovias com uma extensão expressiva de 30 mil quilômetros (dados de 1986).
O transporte ferroviário passou a ser utilizado principalmente no deslocamento de grandes massas de produtos homogêneos por longas distâncias, como minério de ferro, de manganês, carvão mineral, derivados de petróleo e cereais em grão
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